Segundo boletim Focus, a expectativa é de que a taxa básica de juros seja elevada em 0,5 ponto, chegando a 14,7% ao ano
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) se reunirá nesta quarta-feira (7) para definir a nova taxa básica de juros da economia, a Selic. Segundo a última edição do boletim Focus do BC – pesquisa semanal realizada com analistas de mercado -, a previsão é de que a taxa chegue a 14,75% ao ano, sofrendo aumento de 0,5 ponto percentual.
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Caso a elevação seja confirmada, este será o sexto aumento seguido da Selic, que alcançará a taxa juros mais alta do Brasil desde agosto de 2006. Atualmente, a taxa está em 14,25%, patamar equivalente ao registrado na crise econômica deflagrada durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
A taxa Selic é a taxa básica de juros da economia que serve de referência para os demais juros do país, influenciando taxas de empréstimos, financiamentos e aplicações financeiras. Ela também é a taxa de juros média utilizada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional registradas no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic).
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Devido ao seu amplo impacto na economia brasileira, a Selic é o principal instrumento do BC para manter a inflação sob controle. Uma vez que a taxa básica é definida, o BC atua diariamente, comprando e vendendo títulos públicos federais, para mantê-la dentro do valor estipulado na reunião do Copom.
De acordo com a Resolução BCB nº 61 de 31/1/2021, o Comitê de Política Monetária (Copom) é órgão do Banco Central responsável por estabelecer as orientações e diretrizes estratégicas para a execução da política monetárias, divulgar o relatório de inflação e definir, a cada 45 dias, a taxa básica de juros da economia.
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O comitê, composto pelo presidente do BC e seus diretores, funciona como um colegiado e é responsável por “assegurar a estabilidade de preços”, além de “zelar pela estabilidade e pela eficiência do sistema financeiro, suavizar as flutuações do nível de atividade econômica e fomentar o pleno emprego”, conforme previsto na Lei Complementar nº 179/2021.
Como parte do BC, O Copom também compõe o Sistema Financeiro Nacional (SFN), que é formado por instituições, conselhos e entidades encarregadas de intermediar as relações entre credores e tomadores de recursos monetários e financeiros.