Crise do metanol preocupa país e alcança 135 milhões de citações Foto: Governo de SP/Divulgação ATIVAWEB/EXCLUSIVO

Crise do metanol preocupa país e alcança 135 milhões de citações

Esses 135 milhões incluem visualizações, curtidas, comentários, compartilhamentos e menções em portais de notícia.

A preocupação com as bebidas adulteradas, e suas consequências danosas à saúde, preocupa o brasileiro e virou caso de saúde pública. De imediato, o assunto virou um dos principais temas nas redes sociais e gerou até agora 135 milhões de impactos em apenas uma semana, desde o início dessa crise.

O levantamento exclusivo ao MyNews foi feita pela Ativaweb Inteligência Digital, especializada em análise das redes.  Esses 135 milhões incluem visualizações, curtidas, comentários, compartilhamentos e menções em portais de notícia.

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“O metanol não contaminou apenas garrafas: contaminou a confiança, virou combustível político e mostrou que no Brasil digital a crise começa nas redes antes de chegar ao governo”, afirma o publicitário Alek Maracajá, CEO da Ativaweb, analista digital.

Maracajá diz ainda que o monitoramento mostra que a tragédia sanitária rapidamente ganhou contornos políticos: o governo federal convocou coletiva de imprensa antes do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, assumindo o protagonismo da narrativa. Enquanto isso, nas redes, Tarcísio foi alvo de críticas ligadas à fiscalização em São Paulo e até a menções ao PCC, mas também recebeu apoio de sua base, com usuários projetando sua candidatura presidencial em 2026, destaca o publicitário.

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Na análise de sentimento, 74% foi negativa, com referências a medo, críticas à fiscalização e indignação pelas mortes. Outros 16% se limitaram a compartilhamento de notícias e dados científicos. E 10% de positivo – mas não ao episódio, claro -, mas promoveram  alertas de médicos, prevenção e campanhas educativas.

Entre os termos mais citados, estão: bebida clandestina, morte, cegueira, fiscalização, Anvisa e Urgente.

Especialistas

A Polícia Federal e a Perícia Criminal também entraram no debate. O presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF), Marcos Camargo, explicou que o metanol se mistura ao etanol e não pode ser detectado a olho nu ou pelo cheiro, reforçando a importância da compra em canais oficiais e fiscalizados.

A indústria de bebidas reagiu rápido para proteger sua reputação: grupos empresariais e grandes marcas divulgaram comunicados destacando que seus produtos são adquiridos exclusivamente de fornecedores oficiais e homologados, sempre com nota fiscal, lacre de fábrica e selo de autenticidade.

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