Luizianne Lins considerou “abusivo” termo de deportação oferecido pelo governo de Israel e que continuará detida em solidariedade a outros
Retida pela Marinha de Israel e detida na prisão de Ktzi’ot, perto da fronteira com o Egito, a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE), que compõe o grupo de 18 brasileiros integrantes da missão humanitária da flotilha Global Summud, que levava alimentos e medicamentos para os que vivem na Faixa de Gaza, se recusou a assinar o termo de deportação oferecido pelo governo israelense.
Em comunicado de seu gabinete na tarde deste sábado, foi informado de que a parlamentar considerou “abusivo” o documento de deportação e que, por sua trajetória dos direitos humanos, “entendeu que sua responsabilidade ia aém de sua própria situação”. E a parlamentar também tomou essa posição “em solidariedade e unidade com os demais membros da delegação brasileira que não assinaram o documento”.
Na nota de seu gabinete, a deputada demonstra preocupação com relatos de que integrantes da flotilha estariam sendo “privado de água, alimentos e medicamentos, em violação a normas internacionais e de direitos humanos e ao direito humanitário que protege missões civis e de ajuda humanitária”.
Representantes diplomáticos da embaixada brasileira visitaram ontem, sexta-feira, os brasileiros detidos, e acompanharam os procedimentos de suas prisões, que duraram mais de oito horas. Foram realizados encontros separados com os homens e mulheres presos e todos estariam em condições de saúde estáveis.
Luizianne está em missão oficial pela Câmara, autorizada pelo presidente Hugo Motta, que prestou sua solidariedade durante uma sessão do plenário. A petista chegou a participar de algumas votações, mesmo à distância.