Sessão plenária desta sexta (1º) é a primeira desde a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes
O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), abriu a sessão plenária desta sexta-feira (1º) com discurso em defesa à Suprema Corte e à institucionalidade.
Em referência às acusações de que o Brasil vive, hoje, uma ditadura do STF, Barroso afirmou que ele e os outros ministros viveram uma ditadura entre 1964 e 1985.
“Conhecemos pessoas que foram torturadas, conhecemos jornalistas que foram censurados e compositores que tiveram suas músicas proibidas […]. Muitos de nós ficamos sabendo, de fontes seguras, de pessoas que desapareceram, ou melhor, foram desaparecidas”, relembrou o presidente do STF. “Nós vivemos uma ditadura, ninguém me contou, eu estava lá. E, por isso, pra mim, para muitos de nós, para a nossa geração, o constitucionalismo e a democracia são tão importantes. Eles são o antídoto contra tudo isso que eu descrevi.”
Segundo Barroso, os eventos que se sucederam desde 2019, como atentado à bomba no aeroporto de Brasília e no STF, tentativa de invasão à sede da Polícia Federal, resultaram na depredação das sede dos Três Poderes no dia 8 de janeiro e em um plano para matar o presidente e o vice-presidente eleitos e “um ministro do Supremo Tribunal Federal”.
Em defesa à Moraes, o presidente da Suprema Corte afirmou que, “sem qualquer tipo de interferência, venha de onde vier”, o processo que julga a trama golpista continuará seguindo todos os tramites legais, assegurando o direito dos réus à ampla defesa e sendo acompanhando por toda a sociedade.