Gabriel Escobar esteve na manhã desta sexta no ministério e ouviu que ameaças aos ministros do STF e “aliados” não são aceitas
O chefe da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, Gabriel Escobar, foi convocado e esteve na manhã desta sexta-feira no Itamaraty se explicando sobre a postagem feita ontem ameaçando os “aliados” de Alexandre de Moraes, para “não apoiar nem facilitar a conduta” do ministro do STF.
Na mensagem, nas redes da embaixada, o governo dos Estados Unidos diz que Moraes é o “principal arquiteto da censura e perseguição contra Bolsonaro e seus apoiadores”.
E diz também que “suas flagrantes violações de direitos humanos resultaram em sanções pela Lei Magnitsky, determinadas pelo presidente Trump. Os aliados de Moraes no Judiciário e em outras esferas estão avisados para não apoiar nem facilitar a conduta de Moraes. Estamos monitorando a situação de perto”.
Escobar foi recebido pelo embaixador Flavio Goldman, que ocupa interinamente a secretaria de Europa e América do Norte do Itamaraty. O ministro Mauro Vieira estaria em viagem ao Rio. Goldman expressou ao encarregado americano a indignação do governo brasileiro com a manifestação de ontem.
A embaixada dos Estados Unidos confirmou a ida de Escobar ao Itamaraty, mas não revelou o teor da conversa. Informou o governo americano:
“O encarregado de Negócios da Embaixada e Consulados dos EUA, Gabriel Escobar, se reuniu hoje com representantes do Ministério da Relações Exteriores. A Embaixada não divulga conteúdo de reuniões privadas”.