Hugo Motta nega acordo com direita para pautar anistia Hugo Motta (Republicanos-PB) retoma Presidência da Câmara dos Deputados | Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados

Hugo Motta nega acordo com direita para pautar anistia

Presidente da Câmara disse que não negocia prerrogativas nem com oposicionistas, nem com base governista

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), negou que tenha feito acordo com parlamentares oposicionistas para pautar a anistia e o fim do foro privilegiado em troca da desocupação do plenário. A informação divulgada pela oposição foi rebatida nesta quinta-feira (7).

“A Presidência da Câmara é inegociável, quero que isso fique bem claro. As matérias que estão saindo sobre a negociação feita por esta Presidência para que os trabalhos fossem retomados não está vinculado a nenhuma pauta”, afirmou Motta a jornalistas. “O presidente da Câmara não negocia as suas prerrogativas, nem com a oposição, nem com o governo, nem com absolutamente ninguém.”

Na noite de quarta-feira (6), logo após Motta retomar sua cadeira, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), disse à imprensa que a Presidência da Casa se comprometeu a pautar os temas da direita já próxima semana.

“Na próxima semana, abriremos os trabalhos dessa Casa pautando a mudança do foro privilegiado para tirar a chantagem que muitos parlamentares, deputados e senadores, vêm sofrendo por parte de alguns ministros do STF. Junto com o fim do foro, pautaremos a anistia dos presos políticos”, afirmou Sóstenes.

Ainda naquela noite, aliados de Motta negaram as afirmações. Segundo eles, o presidente da Casa apenas se comprometeu a não segurar propostas que tenham maioria dos líderes.

Hugo Motta retomou a Presidência da Câmara por volta das 22h20 de quarta-feira (6), após quase duas horas de negociação com os oposicionistas. Os trabalhos legislativos estavam obstruídos por deputados do PL e do Novo desde terça-feira (5). O ato também foi considerado “legítimo” pela Federação União Progressista em nota assinada por Antônio Rueda, presidente do União Brasil, e Ciro Nogueira, presidente do PP.

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