Lula após assinar PL Antifacção, no Planalto, ao lado de seus ministros | Foto: Ricardo Stuckert/Planalto
Depois de ter ficado em silêncio, presidente se manifestou falando pela primeira vez sobre o tema, e anunciou envio do projeto
Depois de uma reunião com vários ministros, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou em sua rede que envia hoje ainda ao Congresso Nacional o projeto de lei de combate às organizações criminosas, o chamado “PL Antifacção”, elaborado pelo Ministério da Justiça.
A proposta cria num novo tipo penal e prevê pena de 30 anos de cadeia para quem participar dessas facções. O anúncio do presidente ocorre três dias após a operação letal ocorrida no Rio de Janeiro, nos complexos da Penha e do Alemão, e que deixou 121 pessoas mortas, entre elas quatro policiais.
Em um vídeo, Lula disse que envia o projeto em caráter de “urgência urgêntíssima”
“Nós vamos mostrar como se enfrenta as facções criminosas nesse país, como se enfrenta o crime organizado, como se enfrenta aquele que vive da exploração do povo mais humilde desse país”, disse Lula.
Na sequência, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, parabenizou Lula e e afirmou que o projeto irá modernizar o combate “a esse flagelo nacional que são as facções criminosas”. O ministro disse que a proposta prevê a descapitalização das facções, o aumento de penas, o perdimento dos bens arrecadados e outras medidas como a permissão para infiltração de agentes públicos dentro desses grupos criminosos.
Na sua postagem, Lula diz que projeto cria mecanismos que aumentam o poder do Estado e das forças policiais para investigar e asfixiar financeiramente as facções. E diz que aposta na unidade do Congresso para aprovar essa proposta e a PEC da Segurança Pública. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-DF), anunciou que votará esses dois textos no início de dezembro.
“Diferenças políticas não podem ser pretexto para que deixemos de avançar. Por isso, confio no empenho dos parlamentares para a rápida tramitação e aprovação destes nossos projetos. As famílias brasileiras merecem essa dedicação”, disse Lula.
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