MORAES DETERMINA PRISÃO DOMICILIAR DE BOLSONARO Captura de tela adicionada a decisão do ministro Alexandre de Moraes do STF para fundamentar prisão domiciliar de Bolsonaro | Foto: Reprodução

MORAES DETERMINA PRISÃO DOMICILIAR DE BOLSONARO

Segundo ministro, ex-presidente descumpriu a proibição de usar as redes sociais ao produzir material a ser publicado nas contas de seus filhos e apoiadores

O ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF) decretou, nesta segunda-feira (4) a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro por descumprimento das medidas cautelares impostas no dia 18 de julho.

Segundo o ministro, mesmo estando proibido de usar as redes sociais, Bolsonaro produziu material para os perfis de seus filhos e apoiadores nas plataforma digitais. Moraes utilizou uma série de registros de jornais e postagens feitas pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) para fundamentar a decisão.

“Não há dúvidas de que houve o descumprimento da medida cautelar importa a Jair Messias Bolsonaro, pois o réu produziu material para publicação nas redes sociais de seus três filhos e de todos os seus seguidores e apoiadores políticos, com claro conteúdo de incentivo e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal e apoio ostensivo à intervenção estrangeira no Poder Judiciário brasileiro”, escreveu Moraes.

Trecho da decisão do ministro Alexandre de Moraes do STF que decretou a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro | Foto: Reprodução

Para ele, Bolsonaro “reiterou sua conduta delitiva” não só produzindo imagens para as redes, mas realizando ligações de áudio e vídeo para demonstrar o desrespeito às decisões da Suprema Corte e reforçar os ataques ao STF durante as manifestações de domingo (3).

Durante o evento na Avenida Paulista, em São Paulo, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) afirmou que o ex-presidente “não pode falar, mas pode ver” e mostrou, ao público, que Bolsonaro acompanhava a mobilização por meio de uma videochamada no celular. Parlamentar também afirmou que STF “não está acima do Brasil”.

Além da proibição do uso das redes sociais, Bolsonaro também estava proibido de receber visitas, salvo de seus advogados e até outras pessoas, desde que autorizadas pelo STF, de se reunir com diplomadas e embaixadores estrangeiros, de se aproximar de embaixadas estrangeiras, além de estar proibido de se reunir e se comunicar com qualquer outro réu ou investigado.

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