Corregedoria vai decidir o envio desses processos para o Conselho de Ética, onde o julgamento, nesses casos, é bem rápido
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), encaminhou ontem à Corregedoria da Casa pedidos de suspensão de mandato contra 14 deputados que ocuparam a Mesa dos trabalhos por 30 horas nesta semana. Vai caber ao corregedor, Diego Coronel (PSD-BA), decidir se os encaminha ao Conselho de Ética para julgamento.
Além dos nomes que constam nesse pedido, feito partidos de esquerda, há outros também. Esses parlamentares bolsonaristas “sequestraram” a mesa de direção e impediram não só a realização de sessões como também impediram que Motta ocupasse sua cadeira na presidência, o que só ocorreu graças à pressão de aliados do presidente, que enfrentou resistência de aliados de Jair Bolsonaro.
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Os envolvidos podem pegar até seis meses de suspensão do mandato e a decisão do conselho, nesses casos, são bem rápidas. O desfecho precisa ocorrer em três dias úteis.
Dos 14 nomes alvos de representação, 12 são do PL. Alguns tiveram atitudes mais gravosas que outros, mas a grande maioria obstaculizou os trabalhos, com “mordaça” na boca, sugerindo que são censurados. Saiba quem são todos;
1) Zé Trovão (PL-SC), que impediu Motta de chegar à Mesa obstaculizando com sua perna o acesso do presidente. 2) Marcel Van Hattem (Novo-RS), que se recusou a sair da cadeira na frente de Motta; 3) Marcos Pollon (PL-MS), outro que se recusou a deixar uma das cadeiras; 4) Zucco (PL-RS), um dos líderes desse movimento e que, de forma ostensiva, atuou para impedir as sessões; 5) Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do partido; 6) Nikolas Ferreira (PL-MG), 7) Allan Garces (PP-MA), 8)Domingos Sávio (PL-MG), 9) Bia Kicis (PL-DF), 10) Carlos Jordy (PL-RJ), 11) Paulo Bilynsky (PL-SP) , 12) Julia Zanatta (PL-SC), que levou seu bebê de quatro meses para o plenário; 13) Carol De Toni (PL-SC) e Marco Feliciano (PL-SP).