Nas redes, bolsonaristas largaram na frente contra a prisão Ex-presidente Jair Bolsonaro durante declaração a imprensa após virar Réu no STF | Foto: Lula Marques/Agência Brasil

Nas redes, bolsonaristas largaram na frente contra a prisão

Mobilização dos seguidores do ex-presidente foi superior à dos favoráveis à medida adotada por Alexandre de Moraes

Nas redes sociais, os bolsonaristas seguem à frente de seus opositores na política. Não foi diferente na repercussão da prisão domiciliar de Jair Bolsonaro determinada por Alexandre de Moraes ontem, segunda (04/08). Levantamento da Ativaweb revela que os seguidores do ex-presidente seguem mais reativos e rápidos no gatilho no universo digital.

Do total de 6,1 milhões de menções capturadas no Facebook, no Instagram e o TikTok, 4,2 milhões foram favoráveis a Bolsonaro, pouco mais de 1 milhão a Moraes e 815 mil foram consideradas neutras.

Para entender com clareza o sentimento da sociedade hiperconectada, a Ativaweb aplicou um filtro: foram analisadas apenas as postagens com posicionamento explícito a favor de Bolsonaro ou de Moraes. Isso resultou em 5.312.900 menções consideradas válidas para esta análise de sentimento.

O publicitário e analista digital Alek Maracajá, CEO da Ativaweb, aponta algumas conclusões do estudo: o apoio a Bolsonaro dominou o ambiente digital: a cada 10 postagens polarizadas, 8 foram em sua defesa;  a base bolsonarista segue ativa, emocionalmente engajada e com alta capacidade de mobilização espontânea; as manifestações pró-Moraes mantêm uma presença institucional, mas sem força de massa nas redes; a exclusão das menções neutras permitiu capturar com precisão a real temperatura do debate digital.

É preciso considerar no estudo que não se trata de um duelo de Bolsonaro contra Lula, mas contra um ministro do STF, que não tem voto e nem uma claque política a seu favor, ainda que tenha a admiração dos que defendem a democracia e rechaçam a tentativa de golpe de Estado pelos bolsonaristas.

“O episódio confirma que a militância digital bolsonarista continua sendo o maior fenômeno político das redes sociais brasileiras. Mesmo diante de decisões judiciais, a narrativa da perseguição é imediatamente absorvida e distribuída de forma viral. Reforçamos que entender o sentimento nas redes não é apenas contar menções, mas interpretar o que move os polos emocionais do país”, disse Maracajá.

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