Para ministros da Suprema Corte, os acusados colaboraram ativamente na tentativa do golpe de Estado ao propagar fake news e promover ataques virtuais
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por unanimidade, no final da tarde desta terça-feira (6), receber a denúncia do Procuradoria-Geral da República (PGR) contra os sete acusados do núcleo 4.
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O voto do ministro relator do caso, Alexandre de Moraes, foi acompanhando integralmente pelos ministros Flávio Dino, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Cristiano Zanin para reconhecer a presença de todos os requisitos necessários para tornar réus os cinco militares e dois civis acusados de serem os responsáveis pela propagação de informações falsas sobre o processo eleitoral e pela promoção de ataques virtuais contra autoridades e instituições que ameaçavam o plano golpista.
Durante o momento para sustentação dos votos, os ministros ressaltaram que embora os réus não estivessem presencialmente envolvidos nos ataques do dia de janeiro, o trabalho de disseminação de informações falsas nas redes sociais tinham como objetivo principal auxiliar a tentativa de golpe, o que caracterizaria os envolvidos como parte da organização criminosa.
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Assim, os majores da reserva do Exército Ailton Gonçalves Moraes Barros e Ângelo Martins Denicoli, o subtenente Giancarlo Gomes Rodrigues, o tenente-coronel Guilherme Marques de Almeida, o coronel Reginal Vieira de Abreu, o policial federal Marcelo Araújo Bormevet e engenheiro Carlos Cesar Moretzsohn, presidente do Instituto Voto Legal, se tornaram réus pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.