Prisão de Bolsonaro transforma redes em campo de batalha

O Brasil acompanhou no último sábado (22) a prisão do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, que tentou retirar sua tornozeleira eletrônica em casa. Rapidamente, as redes sociais mergulharam no debate, com grupos que apoiaram e outros que criticaram o militar, condenado a 27 anos de prisão pela tentativa de golpe de Estado após perder as eleições de 2022.

Nesta segunda-feira (24), o STF manteve a prisão. Em números, a Ativaweb DataLab registrou 29.098.145 menções nas redes sociais entre sábado, às 6h, e segunda-feira, às 9h. O levantamento da plataforma usa captura direta via APIs do Facebook, Instagram, X e TikTok, com servidores dedicados de alta performance e algoritmos próprios de leitura semântica, emocional e comportamental.

Confira os números:

35,8% de menções favoráveis à prisão

22,3% de menções neutras

41,9% de menções contrárias à prisão

“O ambiente digital brasileiro já não funciona mais como espaço de debate, mas como um campo de guerra narrativa contínua, onde a polarização deixou de ser um fenômeno ocasional e se transformou em estrutura permanente do comportamento político e social”, afirma Alek Maracajá, CEO da Ativaweb.

O estudo comprova que o debate saiu do campo informativo e entrou no campo simbólico, transformando as redes sociais em um verdadeiro campo de batalha narrativa nacional. Além disso, expõe mais um episódio de confronto entre apoiadores de Jair Bolsonaro e petistas ou simplesmente opositores do militar,  algo presente nas ruas e nas mídias digitais há pelo menos sete anos.

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