Risco de votação de anistia faz Motta ser rejeitado nas redes Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) | Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

Risco de votação de anistia faz Motta ser rejeitado nas redes

Pesquisa divulgada pela Ativaweb aponta que, entre os dias 6 e 9 de setembro, presidente da Câmara atingiu uma visibilidade inédita nas redes

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), se tornou um “trending topic de rejeição” entre os dias 6 e 9 de setembro. Foi o que apontou a pesquisa da Alivaweb, que identificou mais de 5,6 milhões de citações ao deputado no Facebook, Instagram, X (Twitter) e TikTok, das quais 71% foram negativas.

Segundo o levantamento, o aumento de menções a Motta está diretamente ligado ao avanço do projeto de anistia, que pode beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro e apoiadores, mostrando que sua figura deixou de ser restrita à política institucional para se tornar alvo direto da opinião pública.

No entanto, entre o período analisados, apenas 29% das publicações sobre o parlamentar foram de apoio. A pesquisa apontou que a maior parte das manifestações online associavam o nome de Motta a termos como “traidor”, “inimigo do povo” e “devastador”.

A pesquisa também apontou que a rejeição do presidente da Câmara não se limitou a Brasília (13,6%), ecoando nas capitais do Sudeste – São Paulo (22,4%) e Rio de Janeiro (15,8%) – e do Nordeste, Recife (6,9%) e João Pessoa (5,7%), onde está a base política de Motta.

Para Alek Maracajá, analista de dados que liderou o levantamento, a reação da opinião pública durante o feriado de 7 de setembro, dia da Independência do Brasil, “evidencia que o episódio da Anistia se tornou um ponto de inflexão para a imagem digital de Hugo Motta”.

“Os índices da Ativaweb confirmam que o episódio não foi apenas uma crise pontual”, concluiu. “Na votação da Anistia, Hugo Motta não saiu fortalecido: saiu ressignificado como símbolo de rejeição – um rótulo que, se não for combatido, pode acompanhá-lo em todo o seu futuro político.”

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