PGR denunciou Bolsonaro e mais 33 pessoas ao STF por golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa
A Procuradoria-Geral da República (PGR) não apresentou denúncias contra dez pessoas que haviam sido originalmente indiciadas pela Polícia Federal (PF) em novembro de 2024, na investigação que apurou a tentativa de golpe de Estado e a abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Entre os indiciados, estão o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o ex-assessor da Presidência, Tércio Arnaud.
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Por outro lado, cinco nomes que não apareceram no documento da PF, divulgado em novembro, agora foram denunciados pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, entre eles, o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques.
Na noite desta terça-feira (18), a PGR denunciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 33 pessoas ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelos crimes de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. A acusação também envolve outros militares, entre eles, o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa Braga Netto e Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
1. Alexandre Castilho Bitencourt da Silva
2. Amauri Feres Saad
3. Anderson Lima de Moura
4. Aparecido Portela
5. Carlos Giovani Delevati Pasini
6. Fernando Cerimedo
7. José Eduardo de Oliveira e Silva
8. Laercio Vergilio
9. Tércio Arnaud
10. Valdemar Costa Neto
1. Fernando de Sousa Oliveira
2. Márcio Nunes de Resende Júnior
3. Marília Ferreira de Alencar
4. Rodrigo Bezerra de Azevedo
5. Silvinei Vasques
Na denúncia apresentada ao Supremo, Paulo Gonet detalha a participação de Bolsonaro e dos demais acusados e afirma que o grupo agiu com violência e grave ameaça para impedir o funcionamento dos Poderes da República e para tentar depor o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ainda de acordo com a denúncia, Bolsonaro contou com o auxílio de aliados, assessores e generais para “deflagrar o plano criminoso”, que teria ocorrido por meio de ataques às urnas eletrônicas, afronta às decisões do Supremo e incentivo ao plano golpista, entre outras acusações.