Com o voto da ministra Cármen Lúcia, Supremo forma maioria para considerar ex-presidente e aliados culpados pela tentativa de golpe em 2022
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria, na tarde desta quinta-feira (11), para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro como líder da organização criminosa que tentou aplicar um golpe de Estado em 2022.
Os três votos favoráveis à condenação foram proferidos pelos ministros Flávio Dino, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes, relator da ação penal. O ministro Luiz Fux, que votou por quase 12 horas na quarta-feira (10), foi, até o momento, o único voto divergente, pedindo a absolvição de Bolsonaro.
O ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma, será o último a votar. A manifestação é importante para a defesa do ex-presidente, pois, caso Zanin vote contra a condenação, as questões divergentes poderão ser levadas para análise no plenário da Suprema Corte.
Bolsonaro responde pelos crimes de pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado. A pena pode chegar a 30 anos de prisão.