STF deve manter prisão e PF não quer virar QG de acampamento

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Até agora, 2 votos a 0 turma; as primeiras 48h da prisão de Bolsonaro foram marcadas pela presença de poucos apoiadores do ex-presidente

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) deve confirmar por unanimidade hoje, segunda-feira, a prisão preventiva de Jair Bolsonaro, expedida por Alexandre de Moraes na última sexta-feira. Os quatro integrantes dessa turma têm votado em uníssono, como no julgamento da ação penal do golpe. Até agora, sáo dois votos a favor – de Alexandre de Moraes e Flávio Dino – e nenhum contrário.

Moraes, a propósito, foi o primeiro a já se manifestar, hoje, pela manutenção de sua própria decisão. A apreciação do mandado contra Bolsonaro é votado por meio do plenário virtual, ou seja, não há necessidade de se reunirem. Os ministros têm até às 20h para se manifestarem.

A juíza auxiliar de Moraes, Luciana Sorretino, realizou ontem a audiência de custódia, ouviu Bolsonaro e decidiu pela manutenção de sua prisão na Polícia Federal, em Brasília. Às 06h de hoje, completaram 48 horas que ele está detido, após Moraes detectar risco de fuga do ex-presidente.

Até agora, a Polícia Federal, com apoio da Polícia Militar, tem evitado maiores aglomerações de bolsonaristas em frente à Superintendência. Grupos de apoiadores do ex-presidente compareceram nesse final de semana, gritaram palavras de ordem, rezaram, levaram faixas, mas não houve maior tumulto. Ocorreu uma ou outra troca de insulto com manifestantes a favor da prisão, mas contornado pelos PMs.

A Polícia Federal não quer que a frente do local vire novo QG de acampamento de bolsonaristas, como se viu por todo o país, especialmente em Brasília, após a derrota de Bolsonaro para Lula em 2022.