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Presidente do STF, Ministro Luís Roberto Barroso, preside sessão plenária do STF | Foto: Rosinei Coutinho/STF
Ministro fez o anúncio durante sessão da Corte e afirmou não ter apego a cargos; começa a corrida para sua vaga no tribunal
De advogado do terrorista italiano Cesare Battisti à presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) durante a parte principal do julgamento da tentativa de golpe no Brasil, liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. O ministro Luís Roberto Barroso deixou o ensaio de lado e anunciou hoje, quinta-feira, sua aposentadoria antecipada da Corte.
Nos seus planos, um sabático curto de descanso e vai ministrar aulas na Europa. No médio prazo, seu nome é citado para cargos no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, de quem é muito próximo.
O anúncio foi feito pelo próprio no final da sessão do STF desta tarde. Ele foi indicado ao tribunal pela então presidente Dilma Rousseff, há 12 anos, em 2013.
“Sinto que é hora de seguir outros rumos, que nem sequer os tenho bem definidos, mas não tenho apego ao poder. Quero viver um pouco mais da vida que me resta (e se emociona). Olha que me preparei muito tempo para esse momento”, disse Barroso, no final de sua fala.
“Enfrentei e superei com discrição dificuldades e perdas pessoais. Nada disso me afastou da missão que assumi perante o país e minha consciência de dar o melhor de mim na prestação da Justiça, na presidência desse tribunal e do CNJ. Percorri o país, do Oiapoque ao Chuí, literalmente, em contato com magistrados e cidadãos, procurando aproximar o Judiciário do povo. Estive com indígenas e produtores rurais, patrões e empregados, situação e oposição. Não discriminei ninguém”, afirmou.
Ainda na presidência do STF, Barroso, que foi “sancionado” pela Lei Magnitsky, deu uma dura resposta a Donald Trump, quando começaram as sanções ao país e às autoridades brasileiras, em julho deste ano. E listou, em detalhes, a tentativa de golpe no Brasil:
“Nos últimos anos, a partir de 2019, vivemos episódios que incluíram: tentativa de atentado terrorista a bomba no aeroporto de Brasília; tentativa de invasão da sede da Polícia Federal; tentativa de explosão de bomba no Supremo Tribunal Federal (STF); acusações falsas de fraude eleitoral na eleição presidencial; mudança de relatório das Forças Armadas que havia concluído pela ausência de qualquer tipo de fraude nas urnas eletrônicas; ameaças à vida e à integridade física de Ministros do STF, inclusive com pedido de impeachment; acampamentos de milhares de pessoas em portas de quartéis pedindo a deposição do presidente eleito”.
Confira abaixo quando Barroso falou com o MyNews em sua trajetória no STF
