Ex-presidente não participou dos protestos em função de medidas cautelares impostas pelo ministro do STF Alexandre de Moraes
Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltaram a fazer manifestações neste domingo, 3, nas principais cidades do Brasil. Os discursos e cartazes giraram em torno de ataques ao ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moras e ao governo Lula e da defesa do ex-mandatário e da anistia aos golpistas de 8 de janeiro.
Bolsonaro não participou dos protestos em função de medidas cautelares impostas por Moraes, em especial a de se recolher em casa no período noturno, à partir das 19h até 6h de segunda a sexta e integral nos fins de semana, feriados e dias de folga. Ele também está de tornozeleira eletrônica por determinação do magistrado.
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Em São Paulo, o ato foi na Avenida Paulista. Sem a família Bolsonaro e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) a manifestação teve como destaque o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que pediu a prisão de Moraes e ligou para o ex-presidente por videochamada.
No Rio de Janeiro, o protesto foi em Copacabana. Um dos organizadores foi o senador Flávio Bolsonaro (PL/RJ), que chegou a colocar brevemente o pai no viva-voz do telefone para falar para o público. O governador Cláudio Castro (PL) participou e discursou para os militantes no carro de som.
Em Brasília, a manifestação aconteceu na Asa Sul, área central da capital. Com em outros locais, bandeiras do Brasil, dos Estados Unidos e de Israel foram erguidas pelos apoiadores de Bolsonaro. Entre os parlamentares presentes, estavam a deputada Bia Kicis (PL/DF) e o senador Izalci Lucas (PL/DF).
Em Belém, o destaque foi a presença da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que já estava na cidade para um evento do PL Mulher. Ao discursar, ela subiu o tom contra o governo federal, xingou o presidente Lula de “cachaceiro sem-vergonha” e direcionou parte das críticas ao Supremo.