Foto: © Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Em dia tumultuado na capital federal, ex-presidente pode sair vitorioso em projeto de aliados.
Em uma sessão marcada por forte tensão e reviravoltas políticas, o Plenário da Câmara dos Deputados aprovou o chamado projeto de dosimetria. A votação, realizada nesta quarta-feira, foi celebrada com euforia pela oposição, que enxerga na medida um caminho para a revisão de penas, com impacto direto na situação do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O impacto na pena do ex-presidente A aprovação do texto carrega um significado estratégico para os aliados do ex-presidente. Segundo as expectativas da oposição, o projeto permitiria que Bolsonaro, condenado a mais de 27 anos de prisão, cumpra no máximo dois anos e meio em regime fechado.
“Primeiro degrau” para a anistia O debate no Congresso revelou interpretações opostas sobre o significado da votação. Para a base governista, o texto aprovado já configura uma anistia. Já os líderes da direita e sócios do PL argumentam que, embora não se trate oficialmente de anistia, este foi o “primeiro degrau a ser subido” para que ela se concretize no futuro.
O “grande acordo” de bastidores A inclusão do projeto na pauta pegou muitos de surpresa, sendo uma articulação direta do presidente da Câmara, Hugo Mota. A manobra foi fruto de um “grande acordo” que envolveu parlamentares como Flávio Bolsonaro, Rogério Marinho e o relator Paulinho da Força. A fonte revela ainda que Jair Bolsonaro foi informado de todas as discussões enquanto estava preso na superintendência da Polícia Federal.
Clima tenso e referências históricas A sessão foi tumultuada, com a oposição fazendo transmissões ao vivo e a base governista demonstrando abatimento. Houve atrito direto entre Hugo Mota e a esquerda, citando o legado de Ulysses Guimarães e a Constituição de 1988, discussão acompanhada de perto por constituintes históricos como a deputada Benedita da Silva.
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