Colegiado arquivou processo contra filho de Jair Bolsonaro, acusado de conspirar contra o país dos Estados Unidos; o placar foi 11 a 7
O Conselho de Ética arquivou a ação contra o deputado Eduardo Bolsonaro o (PL-SP) por quebra de decoro parlamentar, por 11 votos a favor e 7 contrários. A maioria acompanhou o parecer do relator, Delegado Marcelo Freitas (União-MG), que entendeu que a atuação do parlamentar nos Estados Unidos contra o Brasil foi apenas liberdade de manifestação e não vê qualquer responsabilidade do filho de Jair Bolsonaro nas sanções aplicadas por Donald Trump aos brasileiros.
Entre os 11 votantes a favor de Eduardo, estão dois parlamentares de partidos da base do governo, com ministérios na Esplanada, e que fizeram a diferença no resultado final. São eles: Albuquerque (Republicanos-RR) e Gutemberg Reis (MDB-RJ).
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O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), anunciou antes mesmo de se conhecer o resultado que o governo irá LrLLecorrer no plenário contra a decisão do conselho a favor de Eduardo. O presidente do colegiado, Fabio Schiochet (União-SC), chegou a enviar um link ao filho de Bolsonaro para ele se defender durante a sessão, mas ele não apareceu.
“Se acovardou, como é sua característica”, disse Chico Alencar (PSol-RJ).
“O que esse conselho está fazendo hoje aqui é uma vergonha. Em qualquer pesquisa, Eduardo Bolsonaro aparece com 65% de rejeição. É o político campeão nesse quesito”, disse Lindbergh.
Os sete deputados que votaram pela admissibilidade da ação, cujo autor é o PT, foram: Castro Neto (PSD-PI), Chico Alencar (PSol-RJ), Dimas Gadelha (PT-RJ), João Daniel (PT-SE), Josenildo (PDT-AP), Maria do Rosário (PT-RS) e Ricardo Maia (MDB-BA).