Desigualdade de renda entre negros e brancos diminui no Rio de Janeiro, afirma estudo Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Desigualdade de renda entre negros e brancos diminui no Rio de Janeiro, afirma estudo

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A renda mensal dos negros teve um crescimento notável entre os anos de 2021 e 2024, mas diferença para os brancos diversos assuntos segue em alta; confira os números

Nesta quarta-feira (19), um dia antes do feriado da Consciência Negra, a Prefeitura do Rio de Janeiro publicou uma amostra da situação socioeconômica da cidade que mostra a redução da desigualdade entre negros e brancos. De acordo com dados do IBGE usados no estudo, a renda domiciliar per capita da população negra cresceu 17,2% entre 2021 e 2024, em ritmo maior que o registrado entre os brancos, cuja alta ficou em 10,5%.

No mesmo período, o número de pessoas pretas empregadas aumentou 27,2%, acima do crescimento entre trabalhadores brancos, que foi de 17,4%. Mesmo assim, a renda média da população negra está em R$ 2,3 mil, valor equivalente a 85,8% da renda dos brancos, que chega a R$ 4,4 mil. O desempenho do Rio coloca o município acima da média nacional de renda domiciliar per capita de pessoas negras, hoje em R$ 1,8 mil.

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Segundo o levantamento, pessoas negras formam a maioria da população da cidade: 54,3% dos moradores, cerca de 3,4 milhões de pessoas. Desse total, 71,3% se declaram pardas e 28,7% pretas. A proporção de pessoas pretas na capital fluminense supera a média nacional, sendo de 10,2%.

Desemprego entre pessoas negras diminuiu

O estudo demonstra ainda que a população negra é majoritariamente feminina, com 52,4%, e mais jovem: 39,7% têm até 29 anos. No ensino superior, 25,5% dos negros concluíram a graduação, mais que o dobro da média nacional, as quais são de 13%, mas ainda abaixo do índice entre brancos, que chega a 49%.

No mercado de trabalho, entre 2021 e 2024, 133,9 mil pessoas negras saíram do desemprego, queda de 45,2%, superior à registrada entre brancos, que foi de 41%. Hoje, a taxa de desemprego está em 8,9% entre negros e 7,1% entre brancos.

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