Alcolumbre e Motta avançam contra parlamentar que ofendeu Gleisi Hoffmann.
Os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), respectivamente, devem utilizar o caso Gustavo Gayer (PL-GO) como exemplo de limites que o Congresso deve determinar.
Na tarde de quinta-feira (13), houve a primeira ofensiva contra o bolsonarista, quando Alcolumbre declarou que vai pedir abertura de processo por quebra de decoro contra ele, o que pode levar à cassação do seu mandato.
Já na noite de ontem, Motta ligou para Gayer e demonstrou insatisfação com as falas do deputado. A bronca foi dura e o presidente da Câmara não deve parar por aí.
A aliados, tanto Motta, quanto Alcolumbre, já falaram que não vão permitir casos de quebra de decoro parlamentar no Congresso. Os dois não querem repetir cenas vistas durante os mandatos de Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG) como presidentes da Câmara e do Senado.
Principalmente na Câmara, episódios de deputados partindo para briga, usando xingamentos e ameaças, além de cenas grotescas de transfobia foram registrados ao longo dos últimos dois anos.
PL deve abandonar deputado
A exemplo do caso Carla Zambelli (PL-SP), o Partido Liberal deve deixar que o Gustavo Gayer se defenda por si só, sem o apoio institucional da sigla. No entanto, dirigentes do PL acreditam que o deputado não deve ser cassado, mesmo com a gravidade de suas falas.
Gayer fez uma postagem ofensiva ao aproveitar a fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que referiu-se à ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) como “mulher bonita”.
O deputado postou em suas redes sociais que o presidente estava “oferecendo” a ministra a Alcolumbre e a Motta, “como um cafetão oferece uma GP (garota de programa)”.
Hoje (14), mais cedo, o Partido dos Trabalhadores protocolou representação contra o bolsonarista para que ele responda no Conselho de Ética por quebra de decoro parlamentar. O partido quer a cassação de seu mandato.