O presidente da CPMI, Carlos Viana, e o relator, Alfredo Gaspar, em entrevista ao lado de parlamentares bolsonaristas, alguns da comissão | Foto: Evandro Éboli/MyNews
Frei Chico se livrou de ser convocado na comissão após atuação da base do governo, que derrubou requerimento por 19 a 11
Após se ver livre da convocação na CPMI do INSS, no Congresso Nacional, Frei Chico, irmão do presidente Lula, se manifestou a acusou a comissão de ter virado um “palco político”, e disse que está sendo vítima de julgamento antecipado. Ontem, os governistas barraram sua presença na CPMI por 19 a 11, uma margem folgada.
Além dessa rejeição, os governistas evitaram a quebra do sigilo do ex-ministro Carlos Lupi (Previdência) e também a prisão de Milton Cavalo, presidente do Sindinapi, entidade da qual Frei Chico é vice-presidente.
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O irmão do presidente está evitando falar com os jornalistas, mas divulgou uma nota após o conhecimento do resultado. E criticou o comportamento de alguns integrantes da comissão.
“É lamentável que parte da CPMI do INSS use esse processo como palco político, em vez de buscar a verdade. Aos 83 anos, já enfrentei perseguições, prisão e tortura, mas sigo com respeito, serenidade e fé na justiça”, afirmou Frei Chico.
Ele afirmou também que está sendo alvo de “um julgamento antecipado”, antes mesmo de os fatos serem apurados. E negou que há interferência do Palácio do Planalto no processo na CPMI, onde a oposição tem tentado desgastar o governo com a convocação do irmão de Lula.
“O Brasil vive um Estado de Direito, onde a Presidência da República não interfere – e não deve interferir – nas investigações, e os órgãos de controle devem atuar com independência e isenção. Julgar sem provas é negar a democracia. Sigo de cabeça erguida e consciência tranquila, confiante na verdade e na força das instituições”, afirmou Frei Chico, que é vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindinapi).