Assembleia da ONU

Lula e Trump: química, match e impacto digital; até agora

A Ativaweb analisou em tempo real a repercussão digital dos discursos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ex-presidente norte-americano Donald Trump. O estudo, baseado em dados coletados diretamente pelas APIs das principais plataformas (Facebook, Instagram, X e TikTok), revela como um gesto diplomático entre líderes de países distintos pode se transformar em […]

Em menos de duas horas após os pronunciamentos, foram registradas 12.435.676 menções relacionadas a Lula e Trump. O fluxo digital mostrou picos constantes de engajamento global, com destaque para a narrativa de afinidade diplomática entre os dois líderes.

Sentimento Digital

A análise de sentimento apontou níveis majoritariamente positivos:

Lula: 77,4% positivo | 14,8% neutro | 7,8% negativo
Trump: 72,2% positivo | 10,6% neutro | 17,2% negativo

O dado revela que, apesar da polarização interna, a recepção internacional foi mais calorosa do que crítica.

As palavras e expressões mais associadas aos discursos se dividiram em dois blocos principais:

Afinidade internacional: “parceira”, “clima”, “química”, “amigos”.
Polarização interna: “Eduardo Bolsonaro”, “Bolsonaro”, “chilique”, “triste Bolsonaro”, “direita”, “esquerda”.

Enquanto a primeira linha reforça a imagem de aproximação e química diplomática, a segunda reflete a disputa política brasileira, com menções recorrentes a figuras ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

De acordo com a análise da Ativaweb:

Lula projetou uma imagem de liderança conciliatória, reforçando seu papel como articulador diplomático.
Trump sustentou a narrativa de afinidade pessoal, alimentando a percepção de proximidade e química entre ambos.
A repercussão, no entanto, ativou de imediato a polarização interna no Brasil: a direita reagiu com críticas, enquanto a esquerda buscou capitalizar politicamente a aproximação

“Trump alimenta a narrativa de afinidade e Lula a traduz em liderança: juntos, transformaram um gesto em trending global”, diz Alek Maracajá, sócio da Ativaweb.

Segundo ele, esse cenário ainda é volátil. Um único movimento contrário, como Trump recorrer às redes sociais para negar a afinidade ou minimizar o gesto diplomático, teria potencial de reverter rapidamente o tom da repercussão, transformando a narrativa positiva em novo foco de tensão digital.