Governo do Estado faz balanço da operação na zona norte carioca.
Nesta quarta-feira (24) após o término da maior operação conjunta das Polícias Civil e Militar no Rio de Janeiro, o secretário Felipe Cury apresentou o balanço de mortos, presos e armas apreendidas.
A ação policial durou cerca de **17 horas** e foi realizada nos **complexos do Alemão e da Penha**, com o objetivo de prender criminosos do Rio e de outros estados, além de conter a expansão do **Comando Vermelho** na capital.
“Foi o maior baque que o Comando Vermelho já sofreu desde a sua fundação. Nunca houve uma perda tão grande de drogas, armas e lideranças. Hoje em dia, todo mundo é vítima: o ladrão é vítima da sociedade, o traficante virou filho do usuário”, declarou Felipe Cury.
Estratégia da Polícia na mata
“Incluímos a incursão de tropas do Bope na parte mais alta da mata da Misericórdia, criando um ‘muro do Bope’ e empurrando os marginais para essa região, a partir de outras frentes de incursão. Nosso principal objetivo era proteger os moradores de bem da comunidade. A maior parte do confronto ocorreu na área de mata, onde nossas tropas estavam posicionadas foi uma escolha dos próprios criminosos”, explicou Marcelo Menezes, secretário da Polícia Militar.
“Optamos por deslocar o confronto com os criminosos para a mata, onde eles costumam se esconder e atacar os policiais. Essa decisão foi tomada para preservar a vida dos moradores. Tivemos um dano colateral pequeno: quatro pessoas inocentes ficaram feridas, mas sem gravidade”, acrescentou Victor Santos, secretário de Segurança Pública.
Números da operação
119 mortos, 58 durante a operação e outros 61 corpos encontrados na mata
113 presos, sendo 33 de outros estados
10 menores apreendidos
118 armas apreendidas, 91 fuzis, 26 pistolas e 1 revólver
14 artefatos explosivos