Quando o algoritmo escolhe um inimigo: Moraes é o epicentro da fúria trumpista e bolsonarista
Entre ataques, memes e viralizações, Alexandre de Moraes consolidou-se como o “malvado favorito” da base bolsonarista e dos seguidores de Trump no Brasil. Ele aparece simultaneamente como figura de temor, resistência e obsessão simbólica, sendo citado mais do que os próprios políticos aliados da direita.
Sua imagem nas redes foi moldada como a de um “inimigo central” — alguém que representa o que essa base classifica como “censura”, “controle” e “ameaça à liberdade”. No entanto, esse antagonismo também reforça sua presença digital e sua centralidade no debate público, tornando-o uma das figuras mais mencionadas e engajadas do Brasil nas últimas semanas.
Leia mais: “Trump falou, mas Congresso segue apanhando nas redes ainda hoje”
Transformar Moraes em símbolo de combate ao Judiciário virou parte da estratégia de comunicação política da extrema-direita e os dados mostram que esse personagem digital já foi absorvido pelo imaginário coletivo.
________________
Alek Maracajá é empreendedor há mais de 22 anos, formado em Processamento de Dados e Publicidade, com pós-graduações em Gestão HSM, Big Data, especialização em andamento em Ética em Inteligência Artificial (UFPB) , Gestão e Geração de Valor na Nova Economia e Marketing Digital. Fundador da Ativaweb, é uma referência nacional em estudos de Big Data com foco em dados públicos na web, comportamento digital, marcas e personalidades políticas.
Autor do livro “Brasil Digital nas Entrelinhas da Polarização Política: Uma Análise de Big Data de 2017 a 2024” , uma obra que reúne mais de sete anos de estudos sobre o impacto do ambiente digital na sociedade brasileira. Leciona em cursos de pós-graduação na ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing, SP) e na Faculdade Republicana (Brasília).