Oposto a Trump, veja quem é o socialista que assume a Prefeitura de Nova York Foto: divulgação X

Oposto a Trump, veja quem é o socialista que assume a Prefeitura de Nova York

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Zohran Mamdani vai assumir a maior cidade dos Estados Unidos após vencer eleições

A cidade de Nova York, nos Estados Unidos, tem um novo prefeito: Zohran Mamdani. Ele foi eleito e, indiretamente, venceu um embate contra o presidente Donald Trump, com quem mantém divergências de ideias e posicionamentos. Aos 34 anos, o socialista se comunica de forma direta com a população e encara inúmeros desafios.

O MyNews buscou respostas, e Mara Luquet e Vadson Lima conversaram com Claudio Garcia, professor da New York University, que detalhou como aconteceu a campanha e os desafios do novo prefeito da maior cidade dos Estados Unidos.

Declaradamente socialista, Mamdani se elegeu com a bandeira de reduzir o custo de vida dos moradores e ainda acumula outras pautas. Ele também criticou a condução da situação em Gaza envolvendo Palestina e Israel. O novo prefeito venceu a disputa contra o independente Andrew Cuomo e contra Curtis Sliwa, do Partido Republicano.

Entre suas propostas estão:

Congelar o valor do aluguel que chegou ao pico de cerca de R$ 20 mil mensais para aproximadamente 1 milhão de pessoas;

Criar creches públicas;

Criação de supermercados financiados pelo governo com produtos mais baratos.

No canal do MyNews, Claudio Garcia explicou se Mamdani teria sido eleito em um ambiente sem Donald Trump, já que os dois se posicionam em extremos opostos. Aliás, durante a campanha, republicanos chamaram o novo prefeito de radical e comunista.

“Eu acho que a população americana  não só em Nova York, mas em todos os Estados Unidos  procura alternativas já há algum tempo. Ele foi muito habilidoso, e a campanha dele foi exemplar. Ele, por exemplo, participou de um debate recente em que todos discutiam e tentavam armar aquelas ciladas sobre a guerra em Israel: Hamas, muçulmanos, palestinos de um lado; do outro, judeus. Cada um tentava mostrar quem apoiava quem, como se fosse uma disputa ideológica. O Mamdani foi direto ao ponto. Ele disse: ‘Eu não quero discutir guerra, eu quero discutir os problemas da minha população aqui’”, disse Claudio.

“As pessoas muitas vezes escolhem reagir a alguém de quem não gostam e acabam indo pelo caminho oposto, em vez de fazer uma escolha racional. A gente viu isso no Brasil: quando votaram no Bolsonaro na primeira candidatura dele e, depois, quando votaram no Lula. Houve muito mais rejeição ao status que não agradava à população  do que uma escolha deliberada por alguém que realmente desejavam”, concluiu.

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