Foto: redes sociais Oruam
Redes Sociais
O rapper capitalizou o caos para reescrever as regras da influência digital no Brasil
Na guerra que se instalou nas comunidades da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, o palco não era apenas a favela sitiada, mas também a tela do celular. E, no papel principal, o rapper Oruam (Mauro Davi) não apenas narrou o conflito, como capitalizou o caos para reescrever as regras da influência digital no Brasil.
O movimento foi tão avassalante que um estudo da Ativaweb o classificou como o “maior movimento de influência orgânica e empatia social do Brasil em 2025”.
Filho de Marcinho VP, líder do Comando Vermelho que está preso, e ele próprio uma figura controversa que inspira projetos de lei como o “Anti-Oruam” em São Paulo, o artista transformou sua polêmica em poder de pauta. Enquanto a grande mídia debatia segurança pública e instituições, Oruam entregou a dor, o sangue e a perspectiva humanizada da favela.
O resultado? 56,4 milhões de visualizações combinadas e 2,14 milhões de curtidas em apenas quatro dias. O engajamento orgânico do artista, que tem mais de 10 milhões de seguidores, superou, sozinho, a soma de grandes influenciadores como MC Poze, Orochi e Bin Laden no mesmo tema, cimentando sua posição como a voz orgânica mais potente da periferia. A máxima “O favelado é o reflexo da sociedade” viralizou como um mantra de resistência, provando que, para milhões de jovens, a autenticidade crua de Oruam é a tradução mais fiel da realidade, transformando-o em um agente social que inverteu o fluxo do debate nacional.
Visualizações combinadas: 56,4 milhões.
Curtidas: 2,14 milhões.
Compartilhamentos: 105,6 mil.
Alcance médio por vídeo: 28,2 milhões.
Dois posts em particular impulsionaram o alcance. O vídeo “O favelado é o reflexo da sociedade” alcançou 28,2 milhões de visualizações e foi compartilhado 51,8 mil vezes, sendo responsável pela viralização nacional no Dia 3 da operação. Já a publicação “O poder de uma imagem” alcançou 28,3 milhões de visualizações e ampliou o debate para fora da favela.
A análise de sentimento (ISA) revelou um forte apoio à narrativa de Oruam. Cerca de 88,5 % das interações digitais foram classificadas com polaridade Positivo / Empatia. O ISA médio de Oruam atingiu 0,79, colocando suas publicações no Top 3% das publicações com maior engajamento positivo no Brasil em 2025.
A leitura semântica aponta que o sentimento predominante é de solidariedade e pertencimento, especialmente entre jovens de 18 a 34 anos e perfis de comunidades urbanas.
Em termos de dispersão geográfica (IDA), embora o Rio de Janeiro tenha concentrado 51,9% das menções, estados como São Paulo (18,4%) e Bahia (9,2%) demonstraram forte replicação do discurso. Hashtags como #FavelaÉResistência e #JustiçaSocial alcançaram milhões de impressões, conforme o estudo.
A potência da mensagem de Oruam confirma que as favelas se tornaram polos de opinião pública digital, capazes de pautar o debate nacional, segundo Alek Maracaja, CEO da Ativaweb, o episódio representa um marco.
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