Governador escalou em relação ao ministro do STF e, pela primeira vez, subiu o tom contra o relator da ação do golpe
Numa jogada arriscada, Tarcísio de Freitas, do Republicanos, elevou o tom contra o ministro Alexandre de Moraes neste domingo durante ato de apoio a Jair Bolsonaro, na Avenida Paulista, em São Paulo. Na busca de apoio dos bolsonaristas, o governador de São Paulo chamou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) de “tirano” e de “ditador”, algo bem fora de seu tom.
Tarcísio ainda atacou a delação do tenente-coronel Mauro Cid, base de boa parte das acusações contra os réus, e cobrou do Congresso Nacional a aprovação da anistia, que tem sido articulada por ele em Brasília. E falou até em Bolsonaro como possível candidato em 2026.
“Não vamos aceitar a ditadura de um Poder sobre o outro. Chega. Não vamos aceitar que nenhum ditador diga o que temos que fazer”, disse o governador de cima de um caminhão de som, para estimadas 42 mil pessoas.
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No embalo do público gritando “Fora, Moraes”, Tarcísio associou o ministro do STF a um tirano.
“Por que é que vocês estão gritando isso? Talvez porque ninguém aguente mais. Ninguém aguenta mais a tirania de um ministro como Moraes. Ninguém aguenta mais o que está acontecendo neste país”.
Cotado como presidenciável da direita ao Planalto, Tarcísio defendeu o nome de Bolsonaro nas urnas, buscando apoio desse grupo político.
“Deixa o Bolsonaro ir para a urna, qual é o problema?”, declarou, e depois chamou o ex-presidente de maior liderança da direita e que o país irá se reencontrar com ele.