PSB indica Alckmin para vice de Lula e sela aliança com o PT

O Partido Socialista Brasileiro (PSB) oficializou, nesta sexta-feira (8), a indicação do nome do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin para compor uma chapa encabeçada pelo ex-presidente Lula (PT) na disputa pelo Palácio do Planalto. A indicação foi feita em evento realizado em um hotel na Zona Sul de São Paulo e contou com a presença de lideranças dos dois partidos.

LEIA TAMBÉM:

• Sem Moro, Lula tem 45% e Bolsonaro chega a 31% nas intenções de voto para presidência
• Bolsonaro tem maior rejeição entre candidatos à pré-presidência, diz pesquisa
• Bolsonaro tem crescimento de três pontos percentuais, mas Lula mantém liderança nas intenções de voto à presidência

Ao lado de Alckmin, da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e do presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, Lula destacou a “relação histórica” entre as siglas e disse que “duas forças que têm projetos diferentes, mas princípios iguais podem se juntar em um momento de interesse do povo brasileiro”.

Lula também afirmou que “o Brasil era feliz quando a polarização se dava entre o PT e o PSDB”. “Hoje nós temos uma política de ódio pré-estabelecida em que o adversário é inimigo”.

Em tom descontraído, o ex-presidente brincou com o recém-filiado ao PSB sobre as formas de tratamento entre os dois. “Daqui pra frente você não pode ser mais tratado por ex-governador, eu não posso mais ser tratado por ex-presidente. Você me chama de ‘companheiro Lula’, eu lhe chamo de ‘companheiro Alckmin’ e fica selado que nós estamos mudando”, disse Lula.

Em sua fala, Alckmin criticou o governo Bolsonaro, teceu elogios às gestões de Lula e falou em “somar esforços para a reconstrução do país”. “Vivemos um momento grave. Não é hora de egoísmo, é hora de generosidade, grandeza política, desprendimento e união”, afirmou o ex-tucano.

Com a indicação do PSB, o PT avaliará internamente a formação da chapa. No dia 14 de abril, o diretório nacional do PT deve deliberar sobre o assunto em uma reunião virtual.