Arquivos Evandro Éboli - Canal MyNews – Jornalismo Independente https://canalmynews.com.br/post_autor/evandro-eboli/ Nosso papel como veículo de jornalismo é ampliar o debate, dar contexto e informação de qualidade para você tomar sempre a melhor decisão. MyNews, jornalismo independente. Wed, 19 Feb 2025 14:24:54 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 Com denúncia, bolsonaristas querem Múcio testemunha https://canalmynews.com.br/coluna-evandro-eboli/apos-denuncia-bolsonaristas-citam-mucio-e-o-querem-testemunha/ Wed, 19 Feb 2025 13:56:37 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=52061 Deputados aliados do ex-presidente lembram declaração do ministro da Defesa de que Bolsonaro facilitou transição nos três comandos das Forças Armadas

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Logo após o conhecimento da denúncia do procurador-geral da República, Paulo Gonet, contra Jair Bolsonaro e outros 33 acusados, o clima no Congresso Nacional se acirrou na noite de ontem. No plenário, coube ao deputado Rogério Correia (PT-MG) anunciar em discurso a peça do PGR e iniciar palavras de ordem a favor da prisão do ex-presidente, “uh, vai ser preso”. Os deputados bolsonaristas presentes reagiram: “Lula, ladrão, seu lugar é na prisão”.

Na sequência, parlamentares aliados de Bolsonaro também usaram a palavra. Rodrigo Valadares (União-SE), relator do projeto de anistia  aos golpistas, chegou a dizer que o 8 de janeiro foi um movimento de “velhinhas com Bíblias” na praça dos Três Poderes.

Após a denúncia, deputados do PL começaram a pregar que a defesa de Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) devia arrolar o ministro da Defesa, José Múcio, como testemunha a favor do ex-presidente. Em entrevista recente ao programa Roda Viva, Múcio minimizou os atos de 8 de janeiro, disse que só a Justiça definirá se houve tentativa de golpe ou não e afirmou que Bolsonaro facilitou uma “transição tranquila” dos três comandantes das Forças Armadas. O ministro tratou o ex-presidente como “um colega de muitos anos”, de Câmara, e com quem “teve uma relação muito boa”.

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O deputado Hélio Lopes (PL-RJ), talvez o mais próximo de Bolsonaro, defendeu Múcio como testemunha.

“É só pegar a entrevista doo ministro José Múcio, que fala que com os comandantes das forças houve uma passagem tranquila. Ou seja, já tinham sido realizadas as trocas (dos três comandos). Não existe crime sem emprego das Forças Armadas. É só se atentar à declaração do ministro Múcio. E que a defesa do meu irmão Bolsonaro chame o Múcio”, disse Hélio Lopes.

Outro aliado de Bolsonaro, Zé Trovão (PL-SC) foi na mesma linha e recorreu aos argumentos de Múcio para defender Bolsonaro.

“O próprio ministro do Lula (Múcio) diz que não houve tentativa de golpe. Se ele mesmo disse isso por que estão falando que o Bolsonaro tentou dar um golpe?”, declarou Trovão.

 

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CPI da Transparência investiga meio ambiente, IRM e água/esgoto https://canalmynews.com.br/noticias/cpi-da-transparencia-mira-no-meio-ambiente-irm-e-concessionaria-de-agua-e-esgoto/ Tue, 18 Feb 2025 21:06:27 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=52046 A CPI da Transparência retomou os trabalhos nesta terça-feira (18) na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e vai mirar as fiscalizações, inicialmente, na Secretaria de Estado do Meio Ambiente, no Instituto Rio Metrópole (IRM) e no serviço de água e esgoto prestado pela Águas do Rio e Cedae. Os deputados irão convocar representantes desses órgãos […]

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A CPI da Transparência retomou os trabalhos nesta terça-feira (18) na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e vai mirar as fiscalizações, inicialmente, na Secretaria de Estado do Meio Ambiente, no Instituto Rio Metrópole (IRM) e no serviço de água e esgoto prestado pela Águas do Rio e Cedae. Os deputados irão convocar representantes desses órgãos para esclarecimentos, além de enviarem requerimentos de informações.

“Infelizmente, o Rio de Janeiro é um estado com problema crônico de corrupção. Diversas são as denúncias, e irregularidades já verificadas. Iremos avançar para cobrar respostas e buscar consertar o que está errado”, anunciou o presidente da CPI, deputado Alan Lopes (PL).

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Vice-presidente da comissão, o deputado Filippe Poubel (PL) lembrou que a atuação da CPI fortalece os mandatos pautados por fiscalizações, enumerou publicações milionárias do IRM, cuja atuação com obras de infraestrutura em municípios está sendo questionada por suspeita de favorecimento político.

Além da falta de transparência, o relator do colegiado, Rodrigo Amorim (União), reiterou a importância de cobrarem das autoridades competentes as respostas aos ofícios e requerimentos da CPI.

Os deputados também aprovaram a prorrogação dos trabalhos por mais 60 dias, assim como a realização de audiência em conjunto com a CPI dos Serviços Delegados, comissões de Saneamento e Minas e Energia, no qual serão convocados a prestar esclarecimentos representantes da Cedae, Águas do Rio e Aegea, diante da ineficiência na prestação dos serviços.

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O presidente da CPI, deputado Alan Lopes (PL), agradeceu ainda a participação de parlamentares que não são membros efetivos, ressaltando a importância de somarem forças. Também participaram da reunião os deputados Val Ceasa (PRD), Giovani Ratinho (SDD), Marcelo Dino (União), Alexandre Knoploch (PL) e Renan Jordy (PL), além do vereador Poubel (PL).

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Assista abaixo ao Segunda Chamada de segunda-feira (17):

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Assessor afastado por Dino dividia o apartamento com o deputado  https://canalmynews.com.br/noticias/assessor-afastado-por-dino-dividia-o-apartamento-com-o-deputado/ Thu, 13 Feb 2025 22:25:59 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=50876 Afonso Motta (PDT-RS) recebeu ligação de solidariedade de Arthur Lira e se reuniu com Hugo Motta; o pedetista negou seu envolvimento no caso

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O deputado Afonso Motta (PDT-RS) se manifestou na tarde desta quinta-feira sobre a operação da Polícia Federal que atingiu seu chefe de gabinete, Lino Rogério, apontado como partícipe de um esquema de desvio de verba de emenda parlamentar, de recurso destinado ao hospital Ana Néri, no Rio Grande do Sul. Motta, que é o autor da emenda, negou qualquer envolvimento seu no caso e se disse surpreso com a investigação.

Lino mora no mesmo apartamento funcional de Motta, algo muito comum em Brasília, imóvel que foi  alvo de busca e apreensão dos agentes da PF. O secretário parlamentar trabalha junto com o deputado em Brasília há quinze anos. O parlamentar está no seu quarto mandato. Motta afirmou que Lino não vai seguir dividindo mais o imóvel com ele e irá pedir para que deixe o apartamento a partir desta quinta ou amanhã, sexta-feira.

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Afonso Motta afirmou que acompanha diretamente o trâmite das emendas de sua autoria e contou que iria ainda conversar com Lino. O deputado afirmou que o chefe do gabinete não tinha autonomia para liderar o processo de envio e pagamentos das emendas.

“Eu tenho o acompanhamento da quase totalidade das emendas parlamentares que saem do meu gabinete. Ele (Lino) não tem essa autonomia”, afirmou Motta aos jornalistas, após seu encontro com o presidente da Câmara.

O deputado gaúcho estava no estado, na sua base eleitoral, e passou o dia viajando para Brasília, após o caso ter sido divulgado pela imprensa. Motta demonstrou abalo com a situação e afirmou que seu mandato é atingido por essa acusação contra seu servidor.

Motta afirmou acreditar na inocência do subordinado, e que irá aguardar a investigação, mas disse que irá desligá-lo do gabinete, apesar de Lino ter sido afastado por ordem judicial.

“Vai demiti-lo? É uma palavra dura, mas provavelmente vou desligá-lo do gabinete. Mas respeito o fato de ele estar sendo investigado, como qualquer cidadão”

O deputado disse que nunca se envolveu com esse tipo de situação.

“Nunca tive nenhuma relação que tivesse essa natureza ou esse tipo de envolvimento”, afirmou o deputado, ao lembrar que a rede de hospitais também recebe emendas de outros gabinetes.

Para Motta, a relação de prestação de serviços analisada pela PF é restrita entre o intermediário e o Ana Nery:
“Não tem nada que envolva o nosso gabinete”.

A ação que atingiu o gabinete de Motta foi autorizada pelo ministro ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), que foi colega pedetista na Câmara, ambos deputados.

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Otoni de Paula: “O Anticristo virá do conservadorismo, da direita” https://canalmynews.com.br/coluna-evandro-eboli/otoni-de-paula-o-anticristo-vira-do-conservadorismo-da-direita/ Tue, 11 Feb 2025 19:03:40 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=50791 Candidato a presidir a Frente Parlamentar Evangélica do Congresso, o deputado é criticado por parte desse grupo por ter ido ao Planalto e orado por Lula, e reagiu: "Só se pode rezar por Bolsonaro? Lula é o quê? O capeta?"

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O deputado federal e pastor evangélico Otoni de Paula (MDB-RJ) comprou uma briga no seu próprio segmento quando esteve no Palácio do Planalto, em outubro do ano passado, e fez uma oração com a imposição de mãos sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Até hoje, quatro meses depois, Otoni é´cobrado por essa visita a Lula. Candidato a presidente da Frente Parlamentar Evangélica, que ocorre essa semana, o parlamentar tem sido apontado e chamado de “novo comunista gospel do Brasil”, como ele conta ao MyNews.

Otoni de Paula rechaça as críticas de seus pares, diz que o evangelho prega que se ore por todos, sem distinção. Sua ida ao Planalto tem sido usada contra ele nessa disputa pelo comando da bancada evangélica. Na ocasião, ele participou da cerimônia de sanção do Dia Nacional da Música Gospel.

“Não vou me submeter a uma caixinha política, que me tutela e me im​pede como cristão de orar pelo presidente da República. Só posso orar pelo Bolsonaro? Só pedir a Deus por Bolsonaro? O Lula é o quê? O capeta? O satanás? Somente o Bolsonaro é homem de Deus? O que é isso? Estão reduzindo a nossa Igreja. Nosso papel é orar pelas autoridades”, disse Otoni nessa entrevista.

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Para o parlamentar fluminense, condenar sua ida até o presidente é uma espécie de idolatria política que está se vivendo hoje nas igrejas. E ouve que, caso vença a disputa para liderar a bancada, haverá uma debandada de bolsonaristas na frente.

“Tenho divergências incuráveis com o PT, tenho divergências com o Lula, muitas, mas preciso orar pelas autoridades. Os que me condenam porque estive no Palácio do Planalto orando por uma autoridade precisa rever o cristianismo que ele prega, a Bíblia que ela lê. Ela manda orarmos pelas autoridades. E os colegas que não têm interesse na minha vitória, na frente, estão até ameaçando, se o Otoni ganhar, que vai ter uma debandada de bolsonaristas. Coisa feia. Se eu perder, vou continuar no grupo. Sou um evangélico. Questiúnculas de Bolsonaro e Lula e PL e PT são maiores que nossas causas de fé, nossos princípios e valores?”

Todavia, ainda por conta dessa sua ida ao Planalto, Otoni foi batizado de “novo comunista gospel” do Brasil. O deputado e pastor dispensa essa alcunha, mas deixa registrado que ora também pelos comunistas. Aproveitou para dizer que pede nas suas orações também pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou busca e apreensão na sua casa.

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“Querem colar em mim a imagem de que sou o novo comunista gospel do Brasil. Não tenho tendência a ser comunista, mas oro pelos comunistas também. Assim como oro pelo Alexandre de Moraes, que mandou a Polícia Federal na minha casa e suspendeu minhas redes sociais por dois anos”.

Mas, garante Otoni, que se eleito for para presidir a bancada evangélica, essa frente não será “nem um puxadinho do bolsonarismo nem subserviente ao atual governo do presidente Lula”. Entende, porém, que a pauta dos evangélicos não pode se restringir a diretriz conservadora. Que precisa ser ampliada.

“Não pode ser apenas restrita há um movimento do conservadorismo, as pautas morais que são muito importantes para a gente. Mas, e as pautas sociais? São caras para nós, somos cristãos. Quando falta o pão, o alimento do órfão, da viúva, do necessitado, tudo isso,  implica na nossa causa como membro da frente. Estamos discutindo pouco essas questões e nos prendendo muito apenas nas pautas morais e conservadoras, que são importantes, mas temos mais que contribuir para a nação”.

“O Anticristo virá do conservadorismo, possivelmente da direita”

Nesse universo no qual política e religião são práticas juntas e misturadas, há décadas, Otoni de Paula diz que os antigos pastores, profeticamente, projetaram o que ocorreria quando esse encontro – entre política e religião – se desse. Para o deputado, de 2018 para cá, porém, surgiu o que chama de novo fenômeno, que é o ódio político que dividiu a Igreja.

Otoni admite voto em Lula

O pastor-deputado puxou o raciocínio que, desde Lula, o PT sempre teve candidatos em todas eleições presidenciais e que, até 2018, quando Jair Bolsonaro foi eleito, nunca um evangélico que votou no Lula, na Dilma Rousseff ou no PT foi expulso ou chamado de falso irmão.

“É um fenômeno de 2018 para cá. Antes, todo mundo se respeitava. ‘Você votou no Lula, meu irmão? Aquele sapo barbudo. Votou no PT? Pelo amor do senhor Jesus’, dizia um ao outro, mas tinha cordialidade. Esse ódio, essa negação do direito do outro votar em quem ele quiser começou agora. E isso dividu muito a igreja”, declarou Otoni de Paula, que complementou com o raciocíonio de que o conservadorismo não é o evangelho. E que o evangelho não pode ser substituído pelo conservadorismo.

“O evangelho do senhor Jesus Cristo exige mudança de vida, transformação de comportamento a partir do arrependimeto. O conservador se acha uma pessoa tão pura, tão pura que ele não necessita do evangelho. Então, o que tá acontecendo e esse é um fenômeno. Muitos, em nome do conservadorismo, estão entrando na nossas igrejas e pegando os votos desses deputados genuinamente evangélicos. O cara chega lá e se diz bolsonarista e basta dizer assim: ‘sou a favor da vida desde  a concepção’, mas já mandou a namorada abortar três. ‘Sou contra as drogas’, mas é um cheirador de cocaína”.

Deputado afirma ser conservador

E encerra sua estrutura de pensamento com uma declaração que reconhece e admite ser um pouco polêmica. Otoni diz que é conservador, mas que, antes, vive o evangelho de Cristo, que não permite que veja a vida sob o prisma da ideologia. E que onde percebe o Cristo ali estará, seja ideia da direita ou da esquerda.

“Mas não se espante porque o Anticristo, de acordo com a Bíblia, não será alguém vindo do progressismo. Esquece, esquece. O Anticristo, de acordo com os detalhes que a Bíblia dá, ele virá do conservadorismo, possivelmente virá da própria direita. Porque a Bíblia diz que ele será uma figura tão convincente que se possível for vai engana até os salvos, os escolhidos. Ora, diz que vai enganar Israel. Portanto, o Anticristo é alguém pró-família, pró-Israel, alguém pró-valores alguém e que defende nossos princípios. E, lá na frente, diz a Bíblia, vai se revelar o Anticristo. Então, o Anticristo não pode vir da esquerda, porque senão vai me enganar, não dos ares progressistas. Mas se virá com capa protetora de Deus, Pátria e Família, aí posso me enganar porque veio com uma capa que me agrada”.

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Filho de Jango reage à fala de Motta: “Foi tentativa real de golpe” https://canalmynews.com.br/coluna-evandro-eboli/filho-de-jango-reage-a-fala-de-motta-foi-tentativa-real-de-golpe/ Mon, 10 Feb 2025 14:03:50 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=50765 João Vicente Goulart, ao MyNews, rebate declaração do presidente da Câmara de que atos não representaram uma ação golpista, mas uma revolta de baderneiros

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Segue repercutindo, majoritariamente negativamente, a declaração do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), de que os atos violentos do 8 de janeiro não caracterizaram uma tentativa de golpe, mas uma ação de baderneiros inconformados com o resultado da eleição.

Ao MyNews, João Vicente Goulart criticou a colocação do novo comandante da Casa e classificou o ocorrido como real tentativa de golpe. João é filho do ex-presidente João Goulart, deposto pelos militares em 1964, após um golpe que jogou o país numa ditadura de 21 anos.

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Em entrevista a uma rádio da Paraíba, semana passada, Motta declarou que o 8 de janeiro foi uma agressão inimaginável às instituições, mas “agora, querer dizer que foi um golpe…Golpe tem que ter um líder, tem que ter pessoa estimulando, apoio de outras instituições interessadas, como as Forças Armadas, e não teve isso”.

Relatório de 884 páginas da Polícia Federal apontou Jair Bolsonaro como o líder da organização criminosa que tentou desestabilizar o país e dar um golpe de Estado.

Confira o que falou Jango

João Vicente afirmou que Motta está sendo “inocente”, no sentido de ingênuo,  ao dissociar o vandalismo daquele 8 de janeiro como uma tentativa de golpe de Estado.

“Não sabia que o Hugo Motta era tão inocente ao colocar que o 8 de janeiro não foi uma tentativa de golpe de Estado. Não sei o que ele entende como golpe de Estado. Qualquer desestabilização social conduz a uma tentativa de golpe. Essa tentativa de golpe foi real”, disse João Vicente, que fez uma comparação com 1964, quando seu pai foi deposto da Presidência da República.

“Digo que 1964 começou com bagunça. Uma bagunça da direita, com marcha pela liberdade, por Deus e com a família”, lembrou.

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O filho de Jango comparou o entendimento de Motta a uma cena de uma assalto ao banco.

“É como pensar que, num assalto a banco, os meliantes chegam ao banco, atiram e quebram as vidraças e aí chega a polícia. Não houve assalto, por isso são inocentes? Ora”.

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Idealizador da Ficha Limpa rebate Bolsonaro: “A lei é para todos” https://canalmynews.com.br/coluna-evandro-eboli/idealizador-da-ficha-limpa-rebate-bolsonaro-a-lei-e-para-todos/ Sat, 08 Feb 2025 15:03:22 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=50732 O advogado Márlon Reis reage às declarações do ex-presidente de que a lei foi criada para perseguir a direita, argumenta que a lei se tornou uma marca mundial e que agora é alvo de seu mais duro e acintoso ataque nestes 15 anos de sua existência

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Um dos idealizadores da Lei da Ficha Limpa, aprovada pelo Congresso Nacional em 2010 após uma mobilização popular, o advogado Márlon Reis rebateu a declaração do ex-presidente Jair Bolsonaro de que a legislação foi criada para atingir a direita. Em ofensiva explícita para mudar a lei para se beneficiar e viabilizar sua candidatura presidencial em 2026, Bolsonaro prega até a sua revogação. O juiz negou perseguição a esse grupo político e diz que a lei é para todos.

Márlon conta com orgulho de seu envolvimento e protagonismo na criação da lei. “Com muita vaidade mesmo, não nego”. O nome Ficha Limpa é de sua autoria e virou, nas suas palavras, uma “marca mundial”.  Ele atuou também como juiz auxiliar da presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE),

“A lei se tornou um ‘brand’, uma marca brasileira. Eu mesmo rodei o mundo falando sobre ela. O lugar mais longe que fui foi  a Malásia. O Bono Vox, do U2, quando esteve no Brasil, entrou em contato conosco. Queria aprender a falar ficha limpa em português, e ensinei para ele. É uma marca brasileira no mundo. Uma marca que sempre enfrentou inimigos poderosos, só que nunca foram declarados, como agora”, afirmou Márlon Reis, em entrevista ao programa Segunda Chamada, do MyNews.

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Essa lei volta a enfrentar a oposição daqueles que querem se beneficiar de uma eventual alteração nos  seus disposivitos. À frente desse movimento está Bolsonaro.

“A Lei da Ficha Limpa é um símbolo que está sob ataque, e não é a primeira vez. Mas este é o ataque mais acintoso, mais direto, com as pessoas assumindo autoria desse ataque. É o maior desafio histórico da lei. Já passamos por vários momentos como esse. Agora, os inimigos saíram dos bastidores e vieram a público”, afirmou o autor da lei, se referindo basicamente a Bolsonaro.

Nas suas redes, o ex-presidente afirmou que a lei foi criada, em 2010, para perseguir a direita e defendeu uma posição até “radical”, a favor de sua revogação. “Assim, eu poderia disputar as eleições e você vai decidir se vai votar em mim ou não”, postou. A reação do advogado:

“Não é verdade que a Lei da Ficha Limpa foi criada para atingir a direita. Já atingiu muita gente da esquerda. Inclusive o Lula. A eleição de Bolsonaro, em 2018, foi possível porque o Lula estava inelegível pela Lei da Ficha Limpa. A lei é para todos que se enquadrem em seus dispositivos”.

Para viabilizar seu desejo de voltar a concorrer com Lula em 2026, o ex-presidente escalou o deputado Bibo Nunes (PL-RS), um parlamentar do baixo clero da direita, que usa os microfones do plenário mais para gritar e atacar os adversários. Sua proposta visa exclusivamente alterar de oito para dois anos o prazo de inelegibilidade. Tudo para atender seu líder político, tão somente. Márlon a contesta.

“É uma proposta que defende uma mudança pontual e no dispositivo que atingiu o ex-presidente. A lei traz inelegibilidade em mais de 27 campos, atinge muita gente. Mas uma dela só é objeto do projeto de lei, o que demonstra ter uma carga dirigida, uma artilharia dirigida a um ponto específico, que é a inelegibilidade de uma pessoa. O projeto do deputado Bibo Nunes prevê inelegibilidade de dois anos. Isso não corresponde a uma inelegibilidade porque, esse período, vai permitir que quem foi alvo da lei, nessa versão do projeto, concorra na próxima eleição”, analisou Márlon.

Outra proposta, do bolsonarista Hélio Lopes (PL-RJ), prevê que primeiro ocorra a condenação criminal. E, diz Márlon, se isso é aprovado, vai tirar da lei um de seus principais méritos, que é a possibilidade de processar também derrotados nas eleições que cometeram abusos, caso de Bolsonaro, inelegível pelo TSE por uma reunião com embaixadores e por atos no 7 de Setembro de 2022.

“Esse projeto mata a Lei da Ficha Limpa. Subverte uma das principais conquistas da lei, que é de condenar quem compra votos, quem ameaça outro candidato, quem usa a máquina pública. A inelegibilidade que incomoda o Bolsonaro só existe por causa da Lei da Ficha Limpa. Antes, não se podia processar derrotados nas eleições. Antes o impacto era restrito ao resultado do pleito, o que, obviamente, só atingia o vitorioso, sem impacto para o derrotado. É um grande mérito da lei. Tem que se olhar a conduta e não o resultado da eleição”, afirmou Márlon.

O advogado e juiz afirma que a lei prevê várias inelegibilidades, não só para a área criminal, e cita caso de gente envolvida com o narcotráfico, com o terrorismo ou o crime sexual, que não podem estar na política.

“Mas trata de outras pessoas, que tiveram suas contas rejeitadas, que foram condenadas por compra de votos, pelo uso indevido da máquina. Não é verdade que a lei foi criada para prejudicar a direita. É abstrata. Quem se enquadra nela, é alcançado. Não importa de que partido seja”, afirmou.

Márlon alerta que a revogação da lei é tudo que o crime organizado quer.

“Essa declaração do Bolsonaro de acabar com a lei e deixar o eleitor decidir é tudo que o narcotráfico e a milícia que usa arma  querem. É a facilitação do suborno na compra de votos. Nenhuma nação democrática vive sem normas sobre inelegibilidade. Sem a lei, proposta por Bolsonaro, até o Lula vai agradecer porque, sem ela, não há limite para reeleição, que é um tipo de inelegibilidade”.

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Integrante das comissões de vítimas da ditadura cotado para STM https://canalmynews.com.br/noticias/integrante-das-comissoes-de-vitimas-da-ditadura-cotado-para-stm/ Fri, 07 Feb 2025 14:03:31 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=50711 O advogado da União Rafaelo Abritta tem o apoio do ministro José Múcio (Defesa), de Frei Chico, irmão de Lula, e de Vera Paiva; atuou em vários áreas e fez a defesa de Dilma Rousseff no processo de impeachment

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O advogado da União Rafaelo Abritta é o primeiro civil indicado pelo Ministério da Defesa para ser o representante das Forças Armadas nas comissões de Anistia e de Mortos e Desaparecidos Políticos. Desde a redemocratização, quando foram criados esses dois colegiados que revisam e julgam as violações da ditadura, a pasta sempre destacou militares para integrá-las, e que quase sempre minimizavam os atos do regime e batiam de frente com familiares e vítimas da violência dos anos de chumbo.

Abritta é cotado para a vaga civil no Superior Tribunal Militar (STM) que será aberta em abril, com a aposentadoria do ministro José Coêlho Ferreira. A colocação de seu nome já está posta no Palácio do Planalto e sua “candidatura” tem um leque de apoio diverso, que vão do ministro da Defesa, José Múcio, de setores militares, de Frei Chico – irmão de Lula –  a até familiares de alvos da  perseguição da ditadura, como Vera Paiva, filha de Eunice e Rubens Paiva, morto e desaparecido até hoje.

As presidentes das duas comissões nas quais atua também endossam seu nome: Eugênia Gonzaga (Mortos e Desaparecidos) e Ana Maria Oliveira (Anistia). Eneá Stutz, até recentemente presidente da Comissão de Anistia, também o apoia.

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Entre os conselheiros da comissão, Abritta é tido como um representante dos militares que atua com imparcialidade e ponderação. Seus votos nesses julgamentos não são em defesa do golpe de 1964. Ao contrário, é comum se posicionar a favor dos anistiados. A indicação para o STM é uma prerrogativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O indicado é submetido a uma sabatina no Senado e precisa ser aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e pelo plenário da casa.

Abritta hoje é chefe das Relações Institucionais do Ministério da Defesa. Como advogado da União, fez a defesa da ex-presidente Dilma Rousseff no processo de impeachment. Ele era  responsável por cuidar das questões do governo junto ao Tribunal de Contas da União (TCU ), que concluiu que a petista cometeu “pedaladas fiscais”. Sua atuação foi até o afastamento de Dilma pelos senadores.

No Executivo, foi cedido para algumas missões na carreira. Atuou nos grupos que formalizaram a reestruturação do setor elétrico e também na discussão do pré-sal. Abritta trabalhou ainda no governo de Michel Temer, onde foi secretário-executivo adjunto da Casa Civil, então comandada por Eliseu Padilha. Na gestão de Jair Bolsonaro, o advogado foi cedido ao Ministério da Economia.

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Filiação de Silvinei Vasques no PSD gera desconforto no partido https://canalmynews.com.br/noticias/filiacao-de-silvinei-vasques-no-psd-gera-desconforto-no-partido/ Thu, 06 Feb 2025 20:11:37 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=50702 Ex-diretor da PRF de Bolsonaro chegou a ficar um ano preso, acusado de uso da máquina pública para interferir na eleição de 2022, impedindo o trânsito de eleitores

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Ex-chefe da Polícia Rodoviária Federal no governo de Bolsonaro, Silvinei Vasques se filiou nesta semana ao PSD, partido de sustentação e apoio ao Palácio do Planalto, que ocupa três ministérios na Esplanada. A entrada do diretor da PRF no PSD gerou desconforto no partido. Vasques é acusado de bloquear as estradas para impedir o trânsito de eleitores nas eleições de 2022 e, por essa razão, chegou a ficar um ano preso até agosto de 2024.

Um dos vice-presidentes do partido, o senador Otto Alencar (PSD-BA) criticou a filiação de Vasques no PSD e afirmou ao MyNews que se sente “desconfortável” com a presença do ex-dirigente da PRF na legenda.

“Sem dúvida gera um desconforto. Alguns senadores ficamos muito desconfortável. O senador Omar Aziz , eu. Ele (Vasques) patrocinou, agiu claramente na eleição. Aqui na Bahia eu mesmo fui parado numa blitz. É um celerado, que usou a instituição para fazer política de forma incorreta, de forma errada. Prevaricou”, disse Otto Alencar, que também é presidente do PSD na Bahia.

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Silvinei Vasques é investigado pelo suposto uso irregular da máquina pública para interferir no processo eleitoral de 2022, impedindo e dificultando o trânsito de eleitores do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva. Ele ficou preso durante um ano, até agosto do ano passado, e o ministro Alexandre de Moraes autorizou sua soltura, a condicionando ao uso de tornozeleira eletrônica.

A deputada federal Laura Carneiro (PSD-RJ) também afirmou se sentir desconfortável.

“Não sei o partido, mas eu me senti desconfortável com essa filiação”, disse Carneiro.

O PSD em Santa Catarina é um braço bolsonarista. Vasques se filiou ao partido na presença do prefeito de Chapecó, João Rodrigues, que também é desse partido, e que já chegou também a ser preso pela Polícia Federal, em 2018, quando era deputado federal, por fraude e dispensa de licitação quando era prefeito de Pinhalzinho (SC). Rodrigues é apontado como candidato a governador de Santa Catarina e pode concorrer contra o atual ocupante do cargo, Jorginho Mello, do PL, outro aliado de Bolsonaro.

A coluna tenta contato com Silvinei Vasques e o espaço está aberto para sua manifestação.

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Zé Trovão se aproxima do governo e troca telefone com Padilha https://canalmynews.com.br/coluna-evandro-eboli/ze-trovao-se-aproxima-do-governo-e-troca-telefone-com-padilha/ Tue, 04 Feb 2025 21:22:19 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=50659 Deputado contou que está preocupado com o aumento do diesel e que deseja ser um interlocutor dos caminhoneiros junto ao Palácio do Planalto

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Uma cena no Salão Verde da Câmara, ontem, logo após a solenidade de abertura dos trabalhos legislativos, quase passou à margem. Causou certa perplexidade uma inusitada conversa entre o deputado Zé Trovão (PL-SC) e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

O encontro foi testemunhado pelo MyNews e durou poucos minutos. Zé Trovão e Padilha, no final, trocaram seus números de telefone, o que foi feito também com um assessor do ministro. O tema da conversa foi o aumento do óleo diesel, promovido há poucos dias pela Petrobras e que elevou em mais de 6% o preço médio do litro nas distribuidoras, atingindo a média de R$ 3,72.

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Na tarde desta terça, o deputado bolsonarista contou que sua intenção é ser um interlocutor junto ao governo desse assunto, ele que é uma das liderança dos caminhoneiros no país e tem sua votação atrelada a essa mobilização.

“Falei sim com o Padilha e o objetivo é ser um interlocutor junto ao governo nessa questão do óleo diesel. Encaminhei também um ofício, mas até agora não obtive resposta alguma”, afirmou Zé Trovão.

Este não foi o primeiro gesto de aproximação do parlamentar com o Planalto, que chegou a ser preso e a usar tornozeleira eletrônica e que defende os golpistas do 8 de janeiro, a quem se refere como “presos políticos”. Em março de 2023, o líder dos caminhoneiros foi ao Palácio do Planalto, onde participou com o próprio Padilha e o vice-presidente, Geraldo Alckmin, de um café da manhã para os deputados das bancadas das regiões Sul e Centro-Oeste.

Na época, Trovão afirmou que sua presença foi uma maneira de “mostrar diplomacia entre os Poderes”.

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Vice-líder do governo confronta bancada da bala e quer imposto para armas https://canalmynews.com.br/noticias/vice-lider-do-governo-confronta-bancada-da-bala-e-quer-imposto-para-armas/ Tue, 04 Feb 2025 18:17:13 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=50636 Alencar Santana (PT-SP) é autor de proposta que cria o Imposto Sobre a Propriedade de Arma de Fogo, o Ipaf, com alíquota que chega a 20% para uso de armamento de uso exclusivo das Forças Armadas

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No voto, o governo perdeu a disputa a favor da taxação de armas e munições, como ocorreu no Senado, no final do ano passado, quando esse tipo de produto não foi incluído da lista do “imposto do pecado”, na regulamentação da reforma tributária. Mas não jogou a toalha. O deputado Alencar Santana (PT-SP), um dos vice-líderes do governo na Câmara, protocolou projeto nesse sentido, que cria o Imposto Sobre a Propriedade de Arma de Fogo, o Ipaf.

Com essa iniciativa, o parlamentar petista abre uma linha de confronto e enfrentamento com a poderosa “bancada da bala” do Congresso Nacional, que se mobilizou e conseguiu impedir a taxação de de armas e munições no Imposto Seletivo, aplicado, por exemplo, a itens que possam causar mal à saúde e ao meio ambiente.

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São vários os argumentos usados pelo deputado para que seja instituído no país a cobrança pela Receita Federal de impostos na compra desses produtos: há um  excesso de armas de fogo em circulação no Brasil, cerca de quatro milhões; as repetidas e recorrentes tragédias envolvendo armas armazenadas dentro da casa das pessoas, com crianças e adolescentes vítimas de disparos acidentais; o feminicídio, ganhou uma escala no país e que cerca de 60% desse tipo de crime é cometido por arma de fogo.

“Menos armas em circulação no país. Não tem sentido o Brasil, que é um país de paz, ter tanta arma em circulação, que cai nas mãos de bandidos e depois as pessoas são vítimas da violência urbana, do crime organizado e tantos outros tipos de agressões, caso das mulheres vítimas do feminicídio dentro de casa. Pensando nisso, apresento esse projeto, que cria o Ipaf. Quem tem arma de fogo tem que pagar imposto, e tem gente que tem entre 20 a 40 armas de fogo em casa. Precisam pagar tal qual quem é proprietário de carro, com o IPVA, quem paga o IPTU de sua casa. A arma também é um bem, um bem valioso e que tem situação controlada. Não faz sentido as pessoas querem esse bem, da arma de fogo, que só tem um sentido de existir, que é causar a morte, a violência”, justifica Alencar Santana, num vídeo no qual divulga sua proposta.

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Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2024, apontam que, hoje, o Brasil conta com mais de quatro milhões de armas de fogo em circulação. Se chegou a esse volume após as políticas de flexibilização do acesso a armas implementadas durante o governo de Jair Bolsonaro, que facilitaram a posse e o porte de armas para civis.

As alíquotas de imposto previstas no Ipaf do vice-líder do governo são de 20% para armas de fogo de uso restrito, como o armamento das Forças Armadas, e 10% para outros modelos autorizados pelas leis brasileiras. Estão isentas do pagamento desse imposto essas armas de uso dos militares do Exército, Marinha e Aeronáutica e de outros setores do Sistema de Segurança Pública, como a Polícia Militar dos estados e armas de valor histórico ou de coleção com no mínimo trinta  anos de fabricação, desde que não tenham utilidade para uso em caça ou treinamentos em clubes de tiro, como as dos chamados CACs (Colecionadores, Atiradores, Caçadores).

Veja abaixo o vídeo exclusivo do deputado Alencar Santana, sobre o seu projeto:

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Motta incrementa redes, busca ficar conhecido e atrai seguidores https://canalmynews.com.br/noticias/motta-incrementa-redes-busca-ficar-conhecido-e-atrai-seguidores/ Mon, 03 Feb 2025 19:20:18 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=50589 Do dia de sua eleição até às 15h desta segunda-feira, o número de seguidores de Motta deu um salto de 90.984 para 117.004 seguidores, um aumento de 26.020

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Logo que venceu a eleição para a presidência da Câmara, no início da noite de sábado, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) divulgou um vídeo nas redes, de dois minutos de duração, com uma roupagem moderna, estilo rápido e ágil,  buscando naturalidade para explicar o sucesso de sua conquista. Todo protagonizado por ele, que foi o locutor e apresentador da peça, Motta se dividiu na tela e buscou ser descontraído para explicar como obteve os votos de colegas da esquerda, da direita e do centro.

“Querem saber como a esquerda e a direita caminharam juntas na Câmara? Assiste aí que te conto como foi”, introduz Motta no vídeo.

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O presidente iniciou reconhecendo que não era dos mais conhecidos e populares na Casa: “Você também foi no Google ver quem é Hugo Motta. Olhe, nada contra o Google, pode ir lá pesquisar”, disse e aproveitou para anunciar suas redes e que irá explorar bastante esses canais.

“Mas, como agora, nós vamos nos encontrar aqui nas redes todos os dias, então eu resolvi fazer o meu próprio buscador. Bem-vindo ao ‘Hoogle’. Prazer, eu sou Hugo Motta, o novo presidente da Câmara”, completou.

Dessa forma informal, tratou da virulenta polarização política do país. Com música de fundo, lembrando um ritmo nordestino, embalado por uma sanfona.

“Você que vive reclamando que a polarização atrapalha o país, olha aqui para a Câmara. É claro que todo processo tem polêmica, mas polemizar, polarizar, sem paralisar, é possível”. Na curta mensagem, exibiu imagens de Ulysses Guimarães e de Fernando Henrique Cardoso.

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Especialista em análise de redes sociais, Alek Maracajá, da Ativaweb, avaliou que o estilo do vídeo do novo presidente da Câmara aponta estratégia de implementar uma “gestão moderna”. Do dia de sua eleição até às 15h desta segunda-feira o número de seguidores de Motta deu um salto de 90.984 para 117.004 seguidores, um aumento de 26.020, numa taxa de engajamento de 2,26%, índice considerado “excelente” para figuras públicas no ambiente, segundo o analista.

Para o universo da internet e das redes, Motta, porém, está longe do desempenho de um ‘influencer’, mas tem potencial para crescer, acredita Maracajá, que projeta até uma possível superação de Arhur Lira (PP-AL), seu antecessor, que contabiliza 311 mil seguidores.

“Com esse crescimento exponencial, a tendência é que sua presença digital se amplifique rapidamente, impulsionada pela relevância do cargo. Se o ritmo de crescimento continuar, Hugo Motta poderá ultrapassar em poucos dias os 311 mil seguidores de Arthur Lira, consolidando uma forte base digital e ampliando seu alcance político”, acredita o especialista em análise de redes sociais.

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Outro ponto de destaque, diz Maracajá, é a estratégia de comunicação adotada pelo novo presidente da Câmara. Motta demonstrou, para ele,  um “domínio sólido do marketing político digital, com uma abordagem ampla e nacional, utilizando linguagem clara, materiais visuais de alta qualidade e postagens estrategicamente elaboradas”.

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Veja como foram as eleições para a Presidência da Câmara dos Deputados e do Senado Federal:

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Hugo Motta é confirmado presidente da Câmara, mas Lira mantém recorde https://canalmynews.com.br/coluna-evandro-eboli/hugo-motta-e-confirmado-presidente-da-camara-mas-lira-mantem-recorde/ Sat, 01 Feb 2025 22:16:21 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=50564 Deputado do Republicanos foi eleito com 444 votos, 20 a menos do que Arthur Lira

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O deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) confirmou seu favoritismo, garantido por um apoio amplo da esquerda à direita, e foi eleito neste sábado o novo presidente da Câmara. O parlamentar obteve 444 votos, 20 a menos que a performance de Arthur Lira (PP-AL) na sua reeleição, há dois anos, quando o alagoano obteve 464. Marcel Van Hattem (Novo-RS) foi o segundo colocado, com 31 votos e o Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ) terminou em terceiro, com 22 votos.

A vitória de Motta, associada ao êxito de Davi Alcolumbre (União-AP) no Senado, representa a força do Centrão no Congresso Nacional, que segue comandando as duas casas por mais dois anos. Ambos tiveram o apoio do Palácio do Planalto, que tem a expectativa de um ambiente menos ruidoso para aprovar suas matérias. Na gestão de Arthur Lira, o clima foi tenso várias vezes, a ponto de se tornar pública a insatisfação do agora ex-presidente com o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

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Abordado pela coluna do MyNews sobre suposto compromisso de colocar a anistia aos golpistas do 8 de janeiro, reivindicação dos bolsonaristas, Motta respondeu: “Isso ainda será discutido”. Depois, no primeiro discurso após a vitória, ele repetiu uma frase história de Ulysses Guimarães: “Temos ódio à ditadura. Ódio e nojo.”

No seu discurso, Hugo Motta defendeu a autonomia do parlamento e, mesmo sem citar a divergência com o Supremo Tribunal Federal (STF) referente a emenda parlamentar, disse que a Câmara tem suas prerrogativas. O novo presidente recorreu a expressões de lugar-comum e fez construções como “H de Hugo, H de harmonia, mas também h de humildade”.

Motta lembrou da desistência dos três deputados que abriram mão de disputar a eleição, o que garantiu e facilitou sua eleição. Ele citou nominalmente Antônio Britto (PSD-BA), Isnaldo Bulhões (MDB-AL) e Elmar Nascimento (União-BA).

“Somos capazes de constuir ponte que nos une. Os três que desistiram e que têm extrema competência e experiência política e que com altivez e humildade abriram mão de suas pretensões e nos respaldaram”, disse Hugo Motta.

O novo presidente da Câmara assegurou que dará espaço para deputados menos experientes e que tem pouca visibiidade, um aceno ao chamado baixo clero.

Antes de Motta, Marcel Van Hattem discursou e desafiou o concorrente do Republicanos a responder se, eleito fosse, se iria pautar o impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a anistia para os bolsonaristas condenados e presos no 8 de janeiro. Motta não tocou nesses assuntos na sua fala.

O candidato do Psol, Pastor Henrique Vieira, direcionou seu discurso na defesa da democracia, das minorias e repudiou a defesa da ditadura e o avanço da extrema-direita no país.

“A extrema-direita adota uma política de ódio, da violência, da glorificação deliberada da tortura e da ditadura. Banaliza o mal, faz uma espetacularização do medo e despreza a dignidade humana. A extrema-direita é a negação da ciência e da pesquisa, manipula a religião para transformá-la em lucro morte. Sem anistia e ditadura nunca mais”.

*Colaborou Afonso Marangoni

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Alcolumbre é eleito presidente do Senado: ‘Não estou em busca de protagonismo’ https://canalmynews.com.br/politica/alcolumbre-e-eleito-presidente-do-senado-nao-estou-em-busca-de-protagonismo/ Sat, 01 Feb 2025 18:57:58 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=50548 Senador do Amapá volta a presidir a Casa pelos próximos dois anos; ele substitui Rodrigo Pacheco, que ficou quatro anos no posto

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Com 73 votos, o senador Davi Alcolumbre (União Brasil/AP) confirmou o favoritismo e foi eleito neste sábado, 1º, presidente do Senado Federal e ficará  à frente da Casa pelos próximos dois anos. O senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) teve 4 votos e o senador Eduardo Girão (Novo-CE), 4.

No primeiro discurso após a vitória, Alcolumbre disse que não está “em busca de protagonismo” e que deseja ser um catalisado do desejo do plenário e ajudar a construir os consensos que forem necessários para melhor a vida da população brasileira. Ele afirmou que nem sempre o Congresso Nacional agradará a todos.

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“O Congresso Nacional deverá ser o porta-voz do sentimento dos brasileiros que nos colocaram aqui. Pensar e agir no sentido de facilitar a vida do cidadão, dando mais oportunidades, mais liberdades, mais sonhos, por vezes isso nos exigirá um posicionamento corajoso perante o governo, o Judiciário, a mídia ou o mercado”, afirmou.

Alcolumbre continuou: “Nem sempre agradaremos a todos, mas é importante que seja dito hoje: este Senado, este Congresso Nacional não vai se omitir, nem vai vacilar para todas as decisões que melhorem as vidas das pessoas. Antes de cada enfrentamento, de cada votação sensível, uma pergunta deverá ecoar em nossas mentes: esse projeto ajuda ou atrapalha o povo?”.

O novo presidente do Senado chorou quando agradeceu ao apoio da família, sobretudo dos filhos. Esta é a segunda vez que Davi ocupa a Presidência do Senado. Ele comandou a Casa pela primeira vez entre 2019 e 2021.

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Ministros de Lula usam boné azul em contraponto a bolsonaristas https://canalmynews.com.br/coluna-evandro-eboli/ministros-de-lula-usam-bone-azul-em-contraponto-a-bolsonaristas/ Sat, 01 Feb 2025 14:52:26 +0000 https://localhost:8000/?p=50529 Alexandre Padilha, Wellington Dias, Carlos Fávaro e Camilo Santana transitaram nos corredores do Senado com o assessório com os dizeres "O Brasil É dos Brasileiros"

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Ministros do governo Lula, que estão temporariamente exonerados para votar na eleição para as Presidências do Senado e da Câmara, usaram neste sábado, 1º, um boné para se contrapor ao acessório usado bolsonaristas em apoio ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Após a vitória do republicano, o governador de São Paulo, por exemplo, fez um vídeo usando um boné vermelho com a frase “Make America Great Again”, ou seja, “Faça a América Grande Novamente”.

Já os parlamentares-ministros de Lula estavam percorrendo os corredores do Congresso usando um boné azul com os dizeres: “O Brasil É dos Brasileiros”, entre eles, Alexandre Padilha, das Relações Institucionais; Wellington Dias, do Desenvolvimento e Assistência Social; Carlos Fávaro, da Agricultura; e Camilo Santana, da Educação.

Leia mais: Candidatura de bolsonarista deve garantir recorde de votação a Lira

“Aqui é orgulho do Brasil, soberania do Brasil. A gente usa o boné do Brasil. Soberania brasileira, ninguém bate continência para bandeira de outro país não”, disse Padilha, ao ser questionado por Evandro Éboli, colunista do MyNews. Veja vídeo abaixo:

Quando o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), estava dando uma entrevista coletiva fazendo um balanço dos quatros anos em que esteve à frente da Casa, ministros chegaram no meio e ficaram ao lado dele usando o boné. Padilha afirmou que a escolha do azul representa o “Brasil”.

Outros ministros foram exonerados para participar das votações no Congresso. Apenas Marina Silva, do Meio Ambiente; Sônia Guajajara, dos Povos Indígenas; e Renan Filho, dos Transportes, ficaram no cargo.

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Candidatura de bolsonarista deve garantir recorde de votação a Lira https://canalmynews.com.br/coluna-evandro-eboli/candidatura-de-bolsonarista-deve-garantir-recorde-de-votacao-a-lira/ Fri, 31 Jan 2025 20:15:35 +0000 https://localhost:8000/?p=50514 Presença de Marcel Van Hattem (Novo-RS) na corrida para presidência da Casa pode evitar que Hugo Motta (Republicanos-PB) supere os 464 votos do atual presidente 

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A candidatura do bolsonarista Marcel Van Hattem (Novo-RS) à presidência da Câmara dificilmente sairá vitoriosa, mas pode cumprir uma missão, de impedir que o favorito Hugo Motta (Republicanos-PB) ultrapasse os 464 votos obtidos por Arthur Lira (PP-AL) há dois anos. Esse número foi recorde na história para a corrida da presidência da Câmara.

Naquele pleito, Hattem até concorreu e obteve 19 votos. E terminou em terceiro lugar, perdendo ainda para Chico Alencar (Psol-RJ), que alcançou o apoio de 21 deputados.

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O cenário para o bolsonarista agora, porém, é diferente. Pouco mais favorável que na tentativa anterior. Van Hattem se aproximou bastante dos aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro nos últimos dois anos e os banners de sua campanha espalhados pelos corredores do Congresso Nacional elenca suas bandeiras. O primeiro de seus “compromissos” é a defesa do “impeachment de Lula”, ou seja, se chegar ao comanda da Casa, não hesitará em pautar uma proposta dessa natureza.

Sua segunda prioridade no seu material de campanha é “anistia a todos os os perseguidos políticos”, se referindo aos bolsonaristas que participaram dos atos de vandalismo no 8 de janeiro de 2023 e que estão presos e condenados até hoje. Até o início deste mês, o Supremo Tribunal Federal (STF) havia responsabilizado 898 pessoas. Desses golpistas, a Corte condenou 371 pessoas e outras 527 admitiram a prática de crime menos graves e fizeram acordo com o Ministério Público Federal.

Do total dos condenados, a maioria, 225 deles, foi condenada a 17 anos e seis meses de prisão. Os crimes pelos quais foram condenados são cinco: tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa e deterioração de patrimônio público.

O terceiro compromisso de Van Hattem também soa como música aos ouvidos de parte dos parlamentares e é uma ameaça ao STF. O parlamentar prega a “defesa do Parlamento e o combate ao abuso de autoridades. Uma referência clara a acusação de que o tribunal interfere nas ações do Congresso.

Van Hattem apoia a anistia também de Jair Bolsonaro. Com essas propostas, o bolsonarista espera obter votos de alguns dissidentes, em especial do PL, que não conseguiram de Motta a garantia pública de que irá tocar adiante a anistia aos golpistas do 8 de janeiro, por exemplo.

Assim como há dois anos, o Psol também tem um candidato neste pleito, se trata do Pastor Henrique Vieira, do Rio de Janeiro. Os candidatos dessa legenda sempre alcançam uma votação superior ao número de representantes de sua bancada. Hoje, o Psol conta com 13 deputados.

Arthur Lira, em 2023, venceu no primeiro turno. Depois de Lira, os mais votados nessa disputa foram Ibsen Pinheiro (MDB-RS), com 434 votos, no início da década de 1990; João Paulo Cunha (PT-SP), que também alcançou os mesmos 434 votos, em 2003; em quarto nesse ‘ranking’ aparece Michel Temer (MDB-SP), que foi eleito com 422 votos em 1999.

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“Ainda Estou Aqui” estimula novas revelações de quem viveu a ditadura https://canalmynews.com.br/coluna-evandro-eboli/ainda-estou-aqui-estimula-novas-revelacoes-de-quem-viveu-a-ditadura/ Thu, 30 Jan 2025 23:17:15 +0000 https://localhost:8000/?p=50477 A presidente da Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos, Eugênia Gonzaga, tem sido procurada por pessoas que desejam contar fatos do passado: "Com toda essa repercussão, está voltando a acontecer esse tipo de manifestação, de pessoas que querem trazer seus documentos, que querem falar, que querem contar coisas"

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O alcance do sucesso do filme “Ainda estou aqui” vai além de lotar as telas dos cinemas com quase quatro milhões de espectadores, de jogar luz e levar ao conhecimento de parte da sociedade que o país viveu um período totalitário e arbitrário de prisões, mortes e desaparecimentos e ainda pode possibilitar ao Brasil a conquista de um inédito Oscar, ou mais. A repercussão do filme que conta a vida de Eunice Paiva, do marido Rubens Paiva, alvo do regime militar da época, e de seus filhos já parece ir além e está encorajando quem viveu de perto aquele período a fazer revelações sobre as violações de direitos humanos contra os opositores do regime.

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A procuradora Eugênia Gonzaga, que preside a Comissão de Mortos e Desaparecidos, em entrevista ao Canal MyNews, contou que já foi procurado por pelo menos duas pessoas que querem fazer revelações daquele período. A dirigente do colegiado disse que este é um tipo de fenômeno comum na Justiça de transição e que, por isso, esse tipo de crime não pode jamais prescrever. E mesmo familiares de vítimas, que tinham receio de revelar detalhes, estão com esse estímulo. Veja esse trecho da entrevista:

“Era muito tensa essa relação interna vítimas e suas famílias e vítimas e seus algozes. As pessoas trabalham com esse sentimento, de que estavam cumprindo uma ordem. E temos que pensar com essa cabeça. É preciso que se passe anos para essas pessoas irem assimilando o fato de que devem contribuir e contar a verdade, para fins humanitários, para a localização dos corpos (ela cita as revelações feitas por Cláudio Guerra e Paulo Malhães). Esses dois, que resolveram falar em algum momento, não carregar mais esse tipo de coisa. E agora, com esse distanciamento desse fato, com a repercussão do filme, os próprios familiares dizem: ‘olha, tenho documento sobre isso’. E quem decide divulgar mais para a frente, que as famílias entreguem, porque, por mais que certa parte do Exército diga que o que tinha para abrir já abriu, em 2011 e 2012, houve uma transferência para o Arquivo Nacional. Muita coisa foi liberada, mas muita coisa foi destruída. Mas sabemos que não é da cultura das Forças Armadas essa destruição. E a gente sabe que documentos foram encontrados em poder e mãos de ex-militares, nas mãos do Manhães, por exemplo. que ajudaram a desvendar a morte de Rubens Paiva e ajudou no caso do Riocentro. Então, hoje, com toda essa repercussão, está voltando a acontecer esse tipo de manifestação, de pessoas que querem trazer seus documentos, que querem falar, que querem contar as coisas. A gente não sabe ainda até que ponto será uma contribuição positiva, mas temos que ouvir”.

A presidente da comissão contou ao MyNews que foi procurada por duas pessoas. Perguntada se era eram só familiares ou se tinha também “gente do outro lado”, Eugênia Gonzaga respondeu uma se tratar de um familiar e outra de “pessoa que estava naquele período, sim”.

Sobre o efeito de Ainda Estou Aqui no seu trabalho na comissão, Gonzaga diz que “Ainda estou aqui” poupou sua missão à frente do colegiado.

“Dois meses depois (da reinstalação da Comissão de Mortos e Desaparecidos, em julho de 2024) o filme estourou. E nos poupou um trabalho imenso, que é explicar para as famílias, uma sensibilização que só a arte é capaz de fazer. O filme entrou na casa das pessoas, que não era a história  de um suposto terrorista. Pessoas que nem eram solidárias com essa causa da ditadura do Estado passaram a se identificar com essa luta…Outro ponto que o filme ajudou foi no campo jurídico. Duas ações que estavam paradas no STF há anos foram movimentadas. E não é coincidência. É a repercussão do filme. Tanto que o ministro Flávio Dino citou o como justificativa (na sua decisão de que a Lei de Anistia não é óbice para investigar crimes continuados, como desaparecimento). Quem sabe vamos mudar esse posicionamento no STF, chega de Lei de Anistia na aplicação a graves violações de direitos humanos”.

Eugênio Gonzaga ocupa pela segunda vez a presidência da comissão. Sua primeira passagem pelo comando do colegiado foi no período entre 2014 a 2019. Ela foi exonerada pelo então presidente Jair Bolsonaro, que teve como um dos últimos atos de sua gestão a extinção da Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos.

A entrega da certidão de óbito dos desaparecidos aos familiares foi uma tônica no seu trabalho. Sempre deu ênfase que esses documentos fossem retificados com a inclusão da real causa das mortes desses militantes que lutaram contra a ditadura, e que deixasse claro que foram assassinados pelo Estado. A presidente, e sua equipe, preparam um grande ato para a entrega dessas certidões retificadas a 414 vítimas do regime de exceção, incluída a família do ex-deputado Rubens Paiva. Nessas cerimônias haverá o pedido de desculpa oficial a esses familiares.

Eugênia Gonzaga falou também sobre o paradoxo de o filme que trata de um tema da ditadura militar, que completou 60 anos em 2024, faça esse sucesso em meio a uma escalada da extrema-direita no Brasil e no mundo.

“Pois é, o poder da sutileza do filme. Muitas pessoas saíram do cinema dizendo ‘nossa, mas esse filme dourou a pílula, não mostrou cena de tortura, tinha que ter exibido o que Rubens Paiva passou. Há uma tendência dos novos diretores e diretoras de não mostrar uma cena de tortura. A tortura é algo tão abjeta, tão indigna que não merece nem ser representada, não ser espetacularizada. Nenhum ator merece encenar esse tipo de situação. Esse foi o grande poder do filme, deixou aquele drama subentendido e focou na família. As pessoas se identificaram com aquela mãe.

Veja a íntegra da entrevista:

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A minuciosa denúncia da PGR contra o primo dos Bolsonaro https://canalmynews.com.br/coluna-evandro-eboli/a-minuciosa-denuncia-da-pgr-contra-o-primo-dos-bolsonaro/ Wed, 22 Jan 2025 20:47:12 +0000 https://localhost:8000/?p=50318 Vídeo exclusivo mostra Léo Índio, primo dos filhos de Jair Bolsonaro, no 8 de janeiro de 2023; ele foi denunciado a partir de suas próprias postagens nas redes sociais e conversas de aplicativo, atacando a democracia, o STF e pregando intervenção das Forças Armadas

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A denúncia oferecida pela Procuradoria Geral da República contra o Léo Índio tem 13 páginas, 250 linhas e uma riqueza de detalhes e minúcias nas acusações que comprometem o primo dos filhos de Jair Bolsonaro. No material enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) ele é acusado de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, com uso de violência e grave ameaça e deterioração do patrimônio.

O parente dos Bolsonaro, que não tem o sobrenome famoso na sua identidade (Leonardo Rodrigo de Jesus é seu nome) é acusado ainda pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, de ter atuado de maneira consciente, livre e voluntária na ação que ficou caracterizada como uma tentativa de um golpe de Estado.

Leia mais: PF indicia ex-diretores da PRF por bloqueios nas eleições de 2022

A peça encaminhada por Gonet ao STF relembra que aquele movimento que eclodiu no 8 de janeiro de 2023, na Praça dos Três Poderes, arregimentou, organizou e insuflou parte da população, “visando a prática de atos violentos e antidemocráticos. O movimento tinha por objetivo arregimentar, organizar e insuflar a população, visando à prática de atos violentos e antidemocráticos”.

Completou o PGR:

“A proclamação do resultado das urnas, em 30.11.2022 (a vitória de Lula), deu força ao movimento antidemocrático, atiçando a convocação, por meio de redes sociais, de um levante contra o Estado de Direito e o governo eleito. Os grupos iniciaram ações de fechamento de rodovias por todo o país e de instalação de acampamentos às portas de unidades militares, como, por exemplo, em Brasília. Os procedimentos se mostravam coordenados e articulados contra a democracia”, fez questão de registrar o procurador.

Léo Índio deixou muitas impressões de sua participação. Nas suas redes sociais, postou presença no acampamento em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, principal concentração que pregava o golpe e palavras de ordem para impedir Lula de subir a rampa. Na mesma rede que amealhou centenas de seguidores, ele publicou sua presença no 8 de janeiro, com sua imagem na cúpula do Congresso Nacional, onde faixas pregando a “intervenção militar” eram exibidas em toda extensão dos prédios do Senado e da Câmara.

Vídeos mostram ainda o apoiador de Bolsonaro circulando pela Praça dos Três Poderes, em direção ao quebra-quebra do Palácio do Planalto, filmando, ou transmitindo, pelo celular os atos violentos de seus aliados políticos. Numa dessas imagens, exclusiva do Canal MyNews, Índio aparece caminhando com o aparelho celular em punho, registrando tudo, usando uma camisa verde, com inscrição da FEB (Força Expedicionária Brasileira). Veja o vídeo.

Nas imagens monitoradas pela investigação, é identificada em uma de suas mãos uma cápsula de munição de gás lacrimogênio, “o que reforça sua participação nos atos violentos”, registrou o PGR.

A denúncia lista ainda vários grupos de WhatsApp que Léo Índio integrava, espaço onde se conspirava contra o vitorioso na eleição de 2022. Em 14 de novembro, na sua conta no Instagram, o parente dos Bolsonaro incitou novamente a prática de atos antidemocráticos ao afirmar: “Quer intimidar quem com esse papo furado, vire homem. As FFAA (Forças Armadas) já falaram que os atos não são antidemocráticos. Piadista? O GAME OVER (fim do jogo) está próximo. Aproveite seus últimos momentos de fama”, escreveu Léo Índio.

Numa conversa de “zap”, quando falava sobre o STF com seu interlocutor, disparou: “uma bomba cairia bem” ou “um raio dos céus”.

Na postagem que fez no dia 8 de janeiro de 2023, com a repercussão ruim de sua presença na tentativa de golpe, Léo Índio se defendeu: “Não sou a favor do vandalismo. O acampamento da direita estava instalada no QG há 70 dias, sem alterações. Por que iriam estragar tudo? Quem tem histórico de destruir patrimônio público é a esquerda. Focarão no vandalismo, certamente. Busquem os verdadeiros vândalos e também os covardes mascarados e fantasiados de patriotas”.

O Canal MyNews não obteve contato nem com a defesa nem com Léo Índio. E o espaço está aberto para qualquer manifestação.

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Após desgaste do Pix, PT e novo ministro fazem curso contra as fake news https://canalmynews.com.br/coluna-evandro-eboli/apos-desgaste-do-pix-pt-e-novo-ministro-fazem-curso-contra-as-fake-news/ Tue, 21 Jan 2025 17:12:36 +0000 https://localhost:8000/?p=50281 Presidente da legenda, Gleisi Hoffmann, convoca parlamentares federais e estaduais, vereadores e dirigentes do partido país afora para encontro 'essencial'

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Começou a chegar nos gabinetes das bancadas do PT na Câmara e no Senado, dos deputados estaduais e vereadores do partido de todo o país uma convocação urgente do diretório nacional chamando para uma plenária virtual “essencial”, com o ensinamento de uma estratégia de comunicação e enfrentamento às fake news.

A estrela desse evento escalado de última hora pelas instâncias da legenda, com todo interesse do governo, será o novo ministro da Secretaria de Comunicação Social, o marqueteiro e publicitário Sidônio Palmeira, que assumiu o cargo semana passada. A cerimônia de sua posse no Palácio do Planalto se dava ao mesmo tempo em que um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) destruindo nas redes uma  instrução normativa da Receita Federal sobre o Pix se avolumava e conquistava milhares de seguidores por minuto nas plataformas da internet.

Leia mais: “Ainda estou aqui” foi usado por filha de Rubens Paiva contra Bolsonaro

Esse episódio, Nikolas/Pix, é a razão desse seminário do PT. Ainda que não esteja explícito no card-convite aos petistas, mas está mais que entendido que esse é o motivo de juntar os cacos e tentar reagir, na linguagem que a extrema-direita domina.

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, é a autora do convite da plenária virtual batizada de “Estratégia de comunicação e combate às fake news”. As cinco linhas de conteúdo motivacional do convite diz:

“Vamos debater estratégias e ações concretas para combater fake news e fortalecer nossas mobilizações nas redes sociais. Sua participação é essencial para ampliarmos a luta pela verdade. Juntos, comprometidos e fortes na construção de uma comunicação transformadora”, diz o card-convite.

A plenária será na próxima quinta (23), às 18:30h.

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Assista abaixo edição do Segunda Chamada que comentou a polêmica envolvendo o Pix:

 

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Dirceu descarta assumir presidência do PT: “Já fiz o dever de casa” https://canalmynews.com.br/coluna-evandro-eboli/dirceu-descarta-assumir-presidencia-do-pt-ja-fiz-o-dever-de-casa/ Mon, 13 Jan 2025 23:15:19 +0000 https://localhost:8000/?p=50079 Ao MyNews, ex-ministro da Casa Civil informou que irá apoiar o ex-ministro Edinho Silva e que seu papel será de trabalhar pela reeleição de Lula; aliados articulam seu nome para suceder Gleisi Hoffmann no comando da legenda

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Uma referência ainda dentro do PT, o ex-ministro José  Dirceu descartou qualquer possibilidade de voltar à presidência da legenda. Informações que circularam durante o dia tratavam de um movimento de setores do PT que desejam o seu retorno ao comando do partido, cargo que ocupou durante sete anos, entre 1995 a 2002, ano em que Luiz Inácio Lula da Silva chegou à Presidência da República pela primeira vez.

Ao Canal MyNews, Dirceu descartou essa possibilidade, confirmou que irá apoiar o nome do ex-ministro Edinho Silva (Secretaria de Comunicação Social) para suceder a deputada federal Gleisi Hoffmann no posto e que seu papel hoje é ajudar o PT e a reeleição de Lula em 2026.

Leia mais: Quem, afinal, manda na defesa brasileira?

“Não serei (presidente do PT). Apoio Edinho. Já fiz o dever de casa. Fui presidente e ministro da Casa Civil (no primeiro governo petista). Meu papel hoje é ajudar o PT e o governo Lula e sua reeleição”, informou Dirceu ao MyNews.

Na manhã desta segunda-feira, a coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, noticiou que lideranças do partido e movimentos sindicais já o procuraram para tentar convencê-lo e viabilizar seu nome. A primeira vitória de Lula é atribuída em grande parte à sua condução à frente do PT.

Aos amigos que o procuraram logo cedo nesta segunda, Dirceu respondeu “grato” e que tem imenso orgulho de ter servido ao PT. “Agora é ajudar na  retaguarda”, afirmou Dirceu em mensagens aos  que o procuraram. A sucessão no PT ocorre em julho deste ano.

Todas as condenações de Dirceu na Lava-Jato foram anuladas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em novembro do ano passado. O petista já admitiu que pretende concorrer a novo mandato de deputado federal, agora que reconquistou seus direitos políticos. Edinho Silva é favorito na disputa. Ele foi duas vezes prefeito de Araraquara (SP) e teria o apoio de Lula.

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“Ainda estou aqui” foi usado por filha de Rubens Paiva contra Bolsonaro https://canalmynews.com.br/coluna-evandro-eboli/ainda-estou-aqui-foi-usado-por-filha-de-rubens-paiva-contra-bolsonaro/ Sat, 11 Jan 2025 18:30:12 +0000 https://localhost:8000/?p=50020 Vera Paiva usou trechos do livro que conta história de sua família em voto proferido contra fechamento da Comissão de Mortos e Desaparecidos no final do governo passado

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Em 30 de agosto de 2023, pleno governo Lula, um grupo de familiares e perseguidos pela ditadura foram para a frente do Palácio do Planalto cobrar do presidente uma de suas promessas de campanha: a reinstalação da Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos, fechada e extinta num último ato do governo de Jair Bolsonaro, um admirador confesso do regime de opressão e que cultua torturadores.

Neste grupo, estava a professora de psicologia da USP Vera Paiva, filha mais velha do casal Eunice e Rubens Paiva, morto e desaparecido pelos militares em janeiro de 1971. Naquele dia, uma cena insólita. Enquanto protestavam contra a letargia do governo, na Praça dos Três Poderes, ao lado uma banda de fuzileiros navais ensaiava para o desfile 7 de Setembro que se avizinhava. Jovens militares  que passavam ao lado de cartazes com fotos de desaparecidos políticos tocando hinos e marchas das Forças Armadas.  Nesta cena, Vera foi uma dos familiares que improvisavam na melodia o canto e grito de “pela vida, pela paz, ditadura nunca mais”.

Leia mais: Destituída, presidente da Comissão de Anistia diz que pegou ‘terra arrasada’

Esta foi uma das circunstâncias que cruzei com Vera numa cobertura jornalística. Uma outra ocorreu nove anos antes, em 1º de abril de 2014, na inauguração do busto de Rubens Paiva num ponto central e de muita visibilidade na Câmara dos Deputados. “Defensor da liberdade e da democracia” é a inscrição no pequeno monumento em homenagem ao ex-deputado alvo da ditadura.

Quem apareceu no evento, num deliberado propósito de provocação, foi o então deputado Jair Bolsonaro,  filiado ao PP à época. Passou rápido, cercado por dois asseclas, vaiou e simulou uma cusparada em direção ao busto. Não ficou para enfrentar os protestos que seguiram.

“O Bolsonaro passar aqui e vaiar o busto de meu pai é um escândalo. Na democracia ele pode fazer isso, mas na ditadura iríamos presos”, disse Vera naquele dia, sobre um episódio que relembra até hoje com a indignação do tamanho da repulsa que o episódio provoca.

Uma terceira pauta com Vera foi em outra ‘página infeliz da nossa história’, quando  Bolsonaro, agora presidente da República, fechou, encerrou o trabalho da Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos, que tinha entre suas missões levantar informações e tentar localizar o paradeiro das quase duas centenas de brasileiros que nunca mais foram vistos. Foi em 15 de dezembro de 2022 que a comissão, da qual Vera integrava e que estava  repleta de aliados daquele governo, sepultou esse colegiado, por 4 votos a 3.

A filha de Eunice e Rubens Paiva leu um voto histórico e memorável. Votou depois que os bolsonaristas já tinham formado maioria para sepultar a comissão. Para conseguir alguma atenção desse grupo, que olhava o celular de forma dissimulada, a professora da USP soltou um sonoro “Me escutem”. Cobrou ela atenção dos bolsonaristas, recorrendo, nas suas palavras, a uma “entonação psicodramática”, adquirida no ofício de professora. Na véspera dessa fatídica sessão,Vera dormiu 12 horas e disse que, nesses momentos, recorre a “elegância combativa” de sua mãe.

“Ainda estou aqui”

O voto de Vera naquela sessão é memorável, denso e extenso, com com 185 linhas, 3.266 palavras e 19.942 caracteres. Disse para aqueles interlocutores: “Assumam, sem nossa cumplicidade, o modo como querem entrar para a história”. E pediu para que sua assinatura fosse retirada do relatório final.

Na sequência, Vera Paiva fez a primeira citação ao livro do irmão, Marcelo Rubens Paiva – “Ainda estou aqui” – obra que lembrou o tempo inteiro na sua manifestação.

“Não nos peçam para esquecer, sempre estaremos aqui. Cito entre aspas trechos do livro de Marcelo Rubens Paiva, meu irmão, Ainda estou aqui”. O livro deu base para o filme do mesmo nome e que alcança estrondoso sucesso no exterior e tem levado milhões de brasileiros aos cinemas para conhecerem a história da família de Vera, de seus pais e irmãos. Parte desses expectadores tomam ciência agora da obscura ditadura que atingiu o Brasil durante 21 anos.

“Não nos peçam para esquecer os motivos da luta daqueles que foram presos, torturados e assassinados em tempos de ditadura militar, que nesse caso da tortura, desaparecimento e assassinatos políticos nunca acabaram”, introduziu na sua fala.

Em suma, Vera, há dois anos, recorreu à obra do irmão para rejeitar e confrontar a medida sem adjetivo de Bolsonaro em dar cabo da comissão.

“Minha mãe Eunice Paiva foi das primeiras pessoas indicadas por essa Comissão. Não aguentou, pediu para sair depois de um tempo, para se dedicar ao trabalho como advogada no campo dos Direitos Humanos. Dizia que os depoimentos a assombravam noite e dia, desequilibrando a difícil sanidade mental que a permitiu criar sozinha 5 filhos”, relatou Vera.

Vera Paiva profere seu voto na sessão que pôs fim a Comissão de Mortos e Desaparecidos no governo Bolsonaro | Foto: Clarice Castro/Divulgação

“Em outro trecho Marcelo conta o que sabemos de testemunhas do assassinato de nosso pai: 20 de janeiro de 1971. Meu pai apanhou por dois dias seguidos. Apanhou assim que chegou na 3ª Zona Aérea, interrogado pelo próprio brigadeiro João Paulo Burnier. Apanhou no DOI-Codi, no quartel do 1º Exército no RJ. Meu pai era um homem calmo, bom, engraçado, frágil fisicamente. E vaidoso”.

Eunice Paiva também foi presa, e libertada. E Vera lê em seu voto novo trecho do livro-filme de Marcelo, diante dos indicados por Bolsonaro para tão-somente lacrarem a Comissão de Mortos e Desaparecidos, mas que tiveram que ouvir um relato de dor, perseguição, tortura e morte promovidas pelo regime de exceção.

“Continua Marcelo, nossa mãe tinha perdido vinte quilos. Ficou presa numa cela de fundo, em que quase ninguém aparecia. Sem sol. Ela não viu meu pai, apenas sua foto no álbum de presos, o que a deixou contraditoriamente aliviada, pois então ele estava ali, nas mesmas dependências, vivo, e ao mesmo tempo angustiada, pois seu rosto fazia companhia ao de centenas de presos, suspeitos, guerrilheiros, terroristas, inimigos do sistema, procurados, mortos em combate, torturados, subversivos”.

Em nova referência ao livro, a conquista da certidão de óbito responsabilizando o Estado pela morte de seu pai.

“Segue o Marcelo: vinte e cinco anos depois da prisão, meu pai, um dos homens mais simpáticos e risonhos que Antônio Callado conheceu, morria por decreto, graças à Lei dos Desaparecidos, vinte e cinco anos depois de ter morrido por tortura”. O que ocorreu em 1996.

“Ela (Eunice) então ergueu o atestado de óbito para a imprensa, como um troféu. Na capa de todos os jornais no dia seguinte, com o atestado de óbito erguido, alegre. Uma batalha foi vencida. V de vitória”. Essa foi uma das passagens também marcantes retratadas no filme.

Uma outra passagem, talvez a mais reverberada na propaganda de “Ainda estou aqui”, foi contada assim por Marcelo e citada por Vera em seu voto.

“Ela (Eunice) que jurou que nunca faria uma cara triste. Sorria. Bem que tentaram. Por anos, fotógrafos nos queriam tristes nas fotos. Sim éramos ‘A família vítima da ditadura’. Apesar de preferirmos a legenda ‘Uma das muitas famílias vítimas’. A família Rubens Paiva não é a vítima da ditadura, o país que é. O crime foi contra a humanidade, não contra Rubens Paiva”.

Se cabe um termo do futebol, e de outros esportes, Vera “vendeu caro” a derrota.

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Ex-preso político da ditadura fala sobre a importância de recriar comissão:

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Destituída, presidente da Comissão de Anistia diz que pegou ‘terra arrasada’ https://canalmynews.com.br/coluna-evandro-eboli/destituida-presidente-da-comissao-de-anistia-diz-que-pegou-terra-arrasada/ Fri, 10 Jan 2025 01:10:39 +0000 https://localhost:8000/?p=49980 Professora Eneá Stutz afirma que os dois anos que esteve no cargo foram positivos e cita a concessão de anistia coletiva como sua principal contribuição

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Dois dias depois de ter sido comunicada pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania que seria substituída na presidência da Comissão de Anistia, informação revelada pelo Canal MyNews, a professora e pesquisadora Eneá Stutz de Almeida fez um balanço dos seus dois anos de gestão. A conselheira diz que, quando assumiu, no início de 2023, pegou uma situação de “terra arrasada” no colegiado.

“Foi um período de muito, muito trabalho. Havia uma situação de terra arrasada, muito que organizar e com poucos recursos humanos e orçamentário. Tive a felicidade de contar com um conselho que trabalhou bastante e, no início, de forma virtual” – disse Eneá Stutz, que apontou sua principal conquista à frente da comissão. Ela falou ao MyNews.

Leia mais: ‘Sensação de impunidade por parte de agentes do Estado é legado da ditadura’, diz ex-preso político

“Fizemos um novo regimento interno da comissão e consegui aprovar a concessão de anistias coletivas, que foi uma grande contribuição democrática ao Brasil. Foi a grande novidade e contribuição”, afirmou a professora, que citou como destaque o caso dos indígenas Krenak, de Minas Gerais, perseguidos durante a ditadura e que perderam parte de suas terras.

“Tive grande honra de presidir os primeiros requerimentos de anistia coletiva, o primeiro particularmente me emocionou muito, que foi da comunidade krenak, em 2 de abril de 2024. Espero ter contribuído e, a princípio, acho que seguirei no conselho e cumprirei minhas obrigações, como sempre”, afirmou.

O volume de processos que inseriu na pauta, muitos de duas décadas atrás, também foi uma de suas ações. Ao todo, 1.600 processos foram julgados durante a gestão de Stutz e restam aproximadamente 4 mil para o encerramento dos trabalhos da comissão. Outra medida adotada por Stutz foi a redução do valor da prestação mensal de anistia política para o teto de R$ 2 mil, medida que enfrentou resistências de alguns integrantes da comissão e de associações de anistiandos.

Leia mais: O STF, as emendas parlamentares e o desafio da transparência

Em 2024, a presidente da Comissão de Anistia fez críticas à decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por ele não ter promovido atos em memória aos 60 anos do golpe militar e das violações dos direitos humanos ocorridos no período.

Stutz foi afastada do comando da Comissão de Anistia sob o argumento de que agora será feito um “rodízio” no cargo. A conselheira Ana Maria de Oliveira foi escolhida para sucedê-la.

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Ex-preso político da ditadura fala sobre a importância de recriar comissão:

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Governo decide destituir Eneá Stutz da presidência da Comissão de Anistia https://canalmynews.com.br/coluna-evandro-eboli/governo-decide-destituir-enea-stutz-da-presidencia-da-comissao-de-anistia/ Wed, 08 Jan 2025 20:25:42 +0000 https://localhost:8000/?p=49901 Professora e pesquisadora já foi comunicada de que será substituída no cargo; argumento é que haverá um 'rodízio' no comando do colegiado

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O governo federal decidiu destituir a professora e pesquisadora Eneá Stutz de Almeida do cargo de presidente da Comissão de Anistia. O órgão é vinculado ao Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, que, há mais de duas décadas, julga processos de perseguição  e concede reparação às vítimas da  ditadura militar.

Coube ao ex-deputado e ex-ministro da área Nilmário Miranda, hoje assessor especial de Defesa da Democracia, Memória e Verdade do ministério, comunicar Stutz da substituição. O propósito é fazer um “rodízio” no comando do colegiado. A conselheira Ana Maria de Oliveira foi escolhida para ocupar o cargo.

Leia mais: ‘Sensação de impunidade por parte de agentes do Estado é legado da ditadura’, diz ex-preso político

Ao todo, 1.600 processos foram julgados durante a gestão de Stutz — restam aproximadamente 4 mil para o encerramento dos trabalhos da comissão. No período, ela implementou a apreciação de julgamento de anistias coletivas, como etnias indígenas, descendentes de japoneses, comunidade de camponeses, ex-funcionários da Panair e também da Federação de Favelas do Rio de Janeiro.

Outra medida adotada por Stutz foi a redução do valor da prestação mensal de anistia política para o teto de R$ 2 mil, medida que enfrentou resistências de alguns integrantes da comissão e de associações de anistiandos.

Em 2024, a presidente da Comissão de Anistia fez críticas à decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por ele não ter promovido atos em memória aos 60 anos do golpe militar e das violações dos direitos humanos ocorridos no período.

Procurado pelo MyNews, o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania informou que a informação sobre a troca deve ser confirmada com a Comissão de Anistia, “colegiado que tem autonomia em seus posicionamentos”. A comissão foi procurada, mas não se manifestou até a publicação deste texto. Stutz, por sua vez, afirmou que não iria se manifestar e que cabe apenas cumprir a decisão da pasta.

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Ex-preso político da ditadura fala sobre a importância de recriar comissão:

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Ataque terrorista de bolsonarista é citado como alerta pelo governo britânico https://canalmynews.com.br/coluna-evandro-eboli/ataque-terrorista-de-bolsonarista-e-citado-como-alerta-pelo-governo-britanico/ Tue, 07 Jan 2025 18:41:31 +0000 https://localhost:8000/?p=49861 Em orientações emitidas pelo Reino Unido para quem viajar ao Brasil a partir desta terça-feira (7), consta que 'atentados terroristas não podem ser descartados'

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Em suas orientações para quem viajar ao Brasil, a partir desta terça-feira (7), o Reino Unido inseriu o risco de que “atentados terroristas no Brasil não podem ser descartados” (veja abaixo). E cita as explosões provocadas por Francisco Wanderley Luiz, um seguidor de Jair Bolsonaro, na Praça dos Três Poderes. “Em 13 de novembro de 2024, ocorreram duas explosões na Praça dos Três Poderes, no centro de Brasília. Você deve ter cautela perto dos principais locais das grandes cidades brasileiras.”.

Conhecido por “Tiu França”, o admirador do ex-presidente se matou com um explosivo próximo da cabeça em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF).

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