Estivemos presentes no prédio histórico do Rio de Janeiro e tivemos acesso à documentação do ex-deputado, retratado em filme indicado ao Oscar
por Leonardo Cardoso em 31/01/25 09:12
Arquivo Público RJ / Foto: Leonardo Cardoso/MyNews
O filme Ainda Estou Aqui, concorrente em três categorias no Oscar, despertou ao menos a curiosidade dos brasileiros sobre a história de Eunice Paiva, Rubens Paiva e sua família, além de outros acontecimentos da Ditadura Militar. Com isso, o MyNews esteve no Arquivo Público, em Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro, onde documentos do período ditatorial estão disponíveis para pesquisas.
Aliás, graças ao excelente trabalho do acervo, tivemos acesso a documentos que mencionam Rubens Paiva, retratado no filme pelo ator Selton Mello. Os arquivos mostram a cassação de seus direitos políticos, registros de viagens durante exílio e uma citação no Jornal do Brasil sete anos após seu desaparecimento, quando a família ainda mantinha esperança de encontrá-lo.
LEIA MAIS: Pri Helena, a Zezé de Ainda Estou Aqui, fala sobre expectativa do Oscar e sua carreira
No entanto, pedimos ao leitor que, seja no telefone ou no computador, utilize o zoom para melhorar a legibilidade. Todas as fotos têm crédito do Arquivo Público do Rio de Janeiro.
Discurso memorável de Rubens Paiva em 1º de abril de 1964, menos de 24 horas após o Golpe Militar
Rubens Paiva foi citado como o último da lista em 10 de abril de 1964, quando perdeu seus direitos políticos.
Um documento de junho de 1964 menciona a viagem de Rubens Paiva já exilado.
Uma carta de 17 de junho de 1964 menciona a chegada de Rubens Paiva ao Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro.
No número 88, Rubens Paiva é citado junto a outros políticos que perderam seus direitos.
Outra citação sobre a viagem de Rubens Paiva também é encontrada em documentos do período, destacando seu exílio forçado.
No filme, amigos de Rubens Paiva tentam convencê-lo, portanto, a viajar e retornar ao exílio, mas isso não acontece. Desse modo, o político desaparece em janeiro de 1971, no auge do temido AI-5. Abaixo, destacamos mais três arquivos sobre o ex-deputado, incluindo uma publicação do Jornal do Brasil de 1978, sete anos após seu desaparecimento.
No Diário Oficial de 24 de fevereiro de 1971, o advogado da família Paiva solicita uma cela especial para o deputado, quando ainda havia esperança de que Rubens estivesse vivo.
Um documento com pedido de habeas corpus foi registrado em nome de Rubens Paiva, em uma tentativa de garantir seus direitos durante o período de repressão.
A fuga de João Goulart, o Jango, presidente do Brasil durante o Golpe Militar de 31 de março a 1º de abril de 1964, é citada em documento, refletindo o contexto político da época.
O documento, aliás, também faz citação da perda dos direitos políticos de Juscelino Kubitschek, que faleceria, portanto, ainda durante o período da Ditadura Militar, em circunstâncias que até hoje não foram completamente esclarecidas. O ex-presidente aparece no número 36.
Livros em destaque no Arquivo Público
Entre no grupo e fique por dentro das noticias!
Grupo do WhatsApp
Utilizamos cookies para oferecer melhor experiência, melhorar o desempenho, analisar como você interage em nosso site e personalizar conteúdo.
ACEITAR