Jornalista esportivo acredita que boicote dos atletas pode ser evento histórico e significaria derrota para Bolsonaro
por Redação em 04/06/21 20:28
Se os atletas da seleção não aceitarem disputar a Copa América no Brasil da pandemia de covid-19, podem mudar a relação da população com a Amarelinha. Essa é a avaliação do jornalista esportivo Eduardo Tironi em entrevista ao MyNews.
“O que está acontecendo me parece um movimento histórico que se mistura, também, com a fragilidade do [Rogério] Caboclo no comando da CBF”, diz Tironi.
Em coletiva de imprensa na quinta-feira (3), o técnico da seleção, Tite, afirmou que o posicionamento dos atletas e da comissão técnica será exposto no “momento oportuno”. Antes da Copa América, o Brasil enfrenta Equador e Paraguai pelas Eliminatórias da Copa do Mundo.
Também existem relatos de descontentamento entre atletas de outras seleções com a realização da Copa América no Brasil. Colômbia e Argentina, as sedes originalmente previstas para a competição, se recusaram a hospedar o torneio.
Além disso, o site Globoesporte publicou reportagem nesta sexta-feira (4) relatando que uma funcionária da CBF apresentou denúncias de assédio moral e sexual contra Caboclo.
“Eles não têm nem mais como recuar diante da repercussão e diante da ‘grita’ que está sendo nesse momento. Esses caras não podem chegar amanhã e dizer ‘não, pensamos bem e vamos jogar’. Isso vai pegar muito mal para eles. Então eu imagino que eles vão até o fim”, diz Tironi.
Se o boicote da seleção brasileira se confirmar, o jornalista esportivo avalia que isso significaria uma derrota para o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e suas “teses malucas”, além de poder “resgatar” a relação da Amarelinha com a torcida brasileira.
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