Arquivos Lohana Ribeiro - Canal MyNews – Jornalismo Independente https://canalmynews.com.br/post_autor/lohana-ribeiro/ Nosso papel como veículo de jornalismo é ampliar o debate, dar contexto e informação de qualidade para você tomar sempre a melhor decisão. MyNews, jornalismo independente. Wed, 29 Sep 2021 20:24:55 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 Investimentos para mulheres: nada nos define; somente as nossas escolhas https://canalmynews.com.br/voce-colunista/investimentos-para-mulheres-nada-nos-define-somente-nossas-escolhas/ Wed, 29 Sep 2021 20:24:55 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/investimentos-para-mulheres-nada-nos-define-somente-nossas-escolhas/ Segundo o último estudo da B3, as brasileiras buscam investimentos de longo prazo e são mais empreendedoras que os homens; perfil que se assemelha ao público dos ativos alternativos

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Mulheres, quero falar somente com vocês – com as que já investem e com as que estão dando os primeiros passos nos investimentos. No último levantamento da B3, notou-se a entrada de 825 mil mulheres na Bolsa de Valores, ou seja, passamos a representar 26% da Bolsa, volume ainda considerado baixo quando comparado com o percentual de mulheres existentes do país, que é de 51,8%.

O fato é que, em 2020, a participação das mulheres no mercado de ações saltou para 118,1%, superior ao de homens, que ficou em 84,3%. No entanto, sabemos que esse número não nos define, o que nos define são as nossas escolhas que, no que diz respeito aos investimentos, é a qualidade do nosso portfólio, a cautela ao realizar uma aplicação e os investimentos de longo prazo. Isso também foi identificado no estudo da B3.

Os dados mostram uma tendência feminina pela rentabilidade, mas com volatilidade controlada e pensando no futuro. Eu, enquanto investidora, concordo, sem querer generalizar, porque sei que existem inúmeras investidoras com perfil arrojado e isso é o que nos torna investidores interessantes para o mercado de capitais: a nossa capacidade de assumir riscos quando preciso.

Investimentos para mulheres
Pesquisa aponta que brasileiras são mais empreendedoras que os homens e procuram investimentos de longo prazo/Imagem: Pixabay

Talvez vocês nunca tenham ouvido falar nos investimentos alternativos, talvez nunca tenham obtido informações suficientes para começar a investir nessa classe de ativos, ou até tenham um pé atrás com o termo “alternativos”.

Me permita ter um momento “Marisa” com vocês para falar sobre os investimentos alternativos (Alternative assets), uma modalidade de investimento pouco conhecida entre os brasileiros, mas que nos Estados Unidos está presente na carteira de grandes investidores.

Diferente do que muitos possam imaginar, esse tipo de ativo não tem qualquer relação com o mercado financeiro. Pelo contrário, é lastreado na economia real. Ou seja, ele é ideal para quem precisa minimizar os impactos dos ativos de risco.

Antes de fazer o meu primeiro aporte em ativos reais (nome dado aos investimentos com lastro na economia real) fui cética, pois havia acabado de perder dinheiro com um fundo. Ciente dos riscos do fundo, perdi, mas logo comecei a buscar um tipo de investimento que conseguisse atender o máximo de itens da tríade de investimento: rentabilidade, risco e liquidez.

Sabia que não seria fácil, no entanto, consegui me encontrar nos investimentos alternativos que me ofereciam, além de diversificação, rentabilidade e baixo risco. Mas para isso precisei abrir mão da liquidez. Outra grande vantagem foi que os ativos reais me permitiam participar de projetos estruturados por grandes empresários, sem que eu precisasse me preocupar com operacionalização, treinamento, funcionários e todas as atribuições inerentes a quem precisa começar um negócio do zero.

Entrando nos investimentos alternativos, caberia a mim: escolher uma plataforma de crowdfunding regulada pela CVM, buscar um projeto que atendesse as minhas necessidades de diversificar meu portfólio, saber quem é o responsável pelo projeto, avaliar o cenário do setor da economia do projeto escolhido e pronto. Vale lembrar que esse foi o meu processo. Cada um tem o seu, inclusive, existem plataformas (como a que investi) que oferecem consultores que podem te ajudar em cada uma das etapas.

Após receber o meu primeiro provento, pensei por que não conheci esse investimento antes? E a resposta é fácil: nunca havia encontrado uma pessoa que me explicasse que existia rentabilidade além da Bolsa. Isso porque esses investimentos eram reservados a family offices, fundos de investimento e detentores de grandes fortunas. Imagina se os grandes afortunados iriam dividir com qualquer pessoa o segredo do seu sucesso.

E é esse tipo de disrupção que me sinto na obrigação de compartilhar com outras mulheres que, assim como eu, buscam fortalecer outras potencialidades femininas e suas carteiras de investimento também. Espero ter dado o pontapé necessário para dar início a essa missão.


Quem é Lohana Ribeiro?

Entusiasta das inovações disruptivas. É graduada em Jornalismo e especialista em estratégia de marketing digital e SEO.

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O crowdfunding e suas contribuições para a economia brasileira https://canalmynews.com.br/voce-colunista/crowdfunding-contribuicoes-economia-brasileira/ Thu, 26 Aug 2021 14:43:18 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/crowdfunding-contribuicoes-economia-brasileira/ Também chamado de financiamento coletivo, o crowdfunding é uma modalidade de investimento que captou R$ 84,4 milhões em 2020 e beneficiou diversos setores da economia durante a pandemia

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É interessante observar quantas transformações vivemos no mercado financeiro no último ano. Enquanto a bolsa de valores brasileira atingia a marca de 3.229.318 mil novos entrantes em 2020, uma nova classe de ativos crescia em 43% no ano passado, o crowdfunding (financiamento coletivo).

Nesse mesmo período, enquanto os novos investidores da bolsa brasileira viviam o sobe e desce do mercado de ações, o crowdfunding captava R$ 84,4 milhões.

Crowdfunding é uma forma de financiamento coletivo para ideias e projetos.
Crowdfunding é uma forma de financiamento coletivo para ideias e projetos. Foto: Reprodução (Pixabay)

Essa modalidade de investimento já é muito comum nos Estados Unidos – sendo restrita a grandes investidores, porém passou a ser regulada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em 2017 – através da ICVM 588, e se tornou acessível a qualquer investidor brasileiro.

Estamos diante de um mercado em franca expansão, em especial, por ser lastreado na economia real, o que permite que os investidores possam proteger o seu patrimônio e, ao mesmo tempo, diversificar os seus investimentos.

Outro fator primordial para o crescimento do crowdfunding é a possibilidade de impulsionar setores da economia que precisam de incentivo financeiro.

No financiamento participativo, ao invés do empreendedor bater na porta dos bancos pedindo um empréstimo, ele busca uma plataforma de investimentos alternativos, regulada pela CVM, para captar recursos para sua empresa.

O que ele ganha? Maior agilidade para ter dinheiro em caixa, e o melhor, abre as portas da sua empresa para o mercado de capitais.

O crowdfunding ajuda a resolver problemas de importantes setores da economia. Entre eles:

Escassez de crédito para produtor rural

Quando se fala em agronegócio, logo vem à mente o faturamento de US$ 100,8 bilhões em exportações e sua participação que ultrapassa 30% no PIB brasileiro. Mas o que muita gente não sabe é que por trás do lado tech e pop do agro, existe um setor que precisa, e muito, de ações de incentivo.

O setor que não para de bater recordes, em especial, com a exportação de commodities, precisou se modernizar para continuar se mantendo como o maior produtor de carne bovina do planeta, por exemplo. Ocorre que em muitos casos falta capital para impulsionar a sua produção, a aquisição de equipamentos e a modernização do campo.

Sabemos que existem inúmeras linhas de crédito no mercado, concedidas por bancos, cooperativas, fintechs e afins, no entanto, quem é produtor rural no Brasil sabe a burocracia que é conseguir os recursos necessários para desenvolver o seu projeto.

A criação de programas como Pronamp e Pronaf não foi suficiente para suprir a necessidade do agronegócio brasileiro, que é responsável por mais de um quarto do PIB brasileiro e emprega 20% da população nacional.

Para continuar crescendo pujante, o agronegócio precisava de dinheiro em caixa e a solução veio daqueles que queriam participar do agro, mas fora da bolsa e sem ter um pedaço de terra sequer.

É justamente neste momento que entra o crowdfunding, com investidores ávidos por diversificação que se unem para levantar recursos para financiar um projeto por acreditar no seu potencial de mercado.

Os investidores poderia simplesmente optar por uma LCA, por exemplo, mas aqueles que sabem do potencial do agronegócio brasileiro, queriam mais, queriam ter ativos lastreados na economia real, que os permitissem uma rentabilidade maior que a renda fixa e sem qualquer relação com o mercado financeiro, tendo como únicos riscos o de crédito (operações de dívida) ou a performance (equity).

Crise hídrica e o aumento na conta de luz

Estamos diante de uma crise hídrica sem precedentes. Para entender o tamanho do problema, basta falar que isso não ocorre há 90 anos.

E o motivo de todo esse transtorno é a nossa dependência das hidrelétricas, que encontra-se com reservatórios em níveis baixíssimos. Para suprir a alta demanda de energia elétrica do país foi preciso acionar as termelétricas. Resultado: a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou um reajuste de 52,1% na conta de luz.

Em meio a uma das maiores crises sanitárias que o planeta já viveu, o povo brasileiro teve que se deparar com a inflação, que reduziu o nosso poder de compra, e ainda enfrentar, bravamente, constantes aumentos na conta de energia.

A solução para o problema é a renovação da nossa matriz energética, aumentando o incentivo de fontes renováveis, como eólica e a energia solar.

Aí você pode me perguntar: “como a ICVM 588 pode resolver o problema?” Explico. Isso porque existem muitos empreendedores que possuem a expertise necessária para desenvolver energia a partir de energia limpa, no entanto, eles precisam de recursos para tocar os seus projetos e, em muitos casos, não dispõem de incentivo fiscal ou fontes de financiamento.

Um dos setores da economia que se beneficia do crowdfunding é a geração distribuída solar fotovoltaica, que vem recebendo constantes aportes de investidores que se atraem pela possibilidade de rentabilizar seu capital com perspectiva do “boom” das energias renováveis.

Déficit habitacional brasileiro

Outra lacuna que os investidores de financiamento coletivo ajudam a preencher é o déficit habitacional que, segundo último levantamento da Fundação João Pinheiro (FJP), é de 5,877 milhões de moradias.

Ocorre que o segmento imobiliário, mesmo sendo resiliente, precisa de recursos para suprir uma demanda reprimida. Em outras palavras, ele precisa de grana para conseguir construir. A necessidade de crédito é o que justifica o grande número de IPOs das incorporadoras em 2020.

Segundo pesquisa do Sebrae, apenas 14% dos pequenos empresários conseguiram empréstimo durante a pandemia. Ainda de acordo a entidade, 50% dos empreendedores nem chegaram a pedir empréstimo.

Ora, se os empreendedores precisam de dinheiro, por que será que não vão em busca desses recursos? Segundo o presidente do Sebrae, Carlos Melles, o motivo é a burocracia.

A alternativa foi recorrer ao crowdfunding imobiliário, que ajudou a garantir a tão sonhada casa própria de muitas famílias Brasil afora.

Após essas contribuições, ainda tem como duvidar dos ativos lastreados na economia real? E anote aí, esse é um segmento que deve crescer ainda mais nos próximos anos.

Obrigada por ler até aqui. Fico feliz por compartilhar um pouco do meu conhecimento com os membros e não membros do MyNews. Até a próxima!


Quem é Lohana Ribeiro?

Entusiasta das inovações disruptivas. É graduada em Jornalismo e especialista em estratégia de marketing digital e SEO.

* As opiniões das colunas são de responsabilidade do autor e não refletem necessariamente a visão do Canal MyNews


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