Apenas 77 de 215 policiais do Bope usaram câmeras em megaoperação no Alemão e Penha

O ministro do STF, Alexandre de Moraes, determinou nesta semana a preservação das câmeras utilizadas pelos policiais na megaoperação nos Complexos da Penha e do Alemão, no dia 28 de outubro, que resultou em 121 mortes. No entanto, segundo informações das polícias Militar e Civil, somente 77 dos 215 agentes do Bope estavam equipados com o aparelho e o utilizaram na ação.

Conforme o tenente-coronel Marcelo Corbage falou em depoimento ao Ministério Público do Rio (MP-RJ) na última segunda-feira (10), havia 77 câmeras disponíveis para aproximadamente 215 policiais da corporação. Ele afirmou que não foi prevista a necessidade de baterias reservas, já que antes da operação não se discutia a possibilidade de o horário se estender. A ação durou mais de 17 horas nas áreas dos complexos.

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Ainda em relação ao Bope (Batalhão de Operações Especiais), Corbage informou que a unidade contava com 18 baterias sobressalentes e reafirmou que a Operação Contenção fugiu da rotina policial. Outro ponto que chamou atenção em seu depoimento foi que testes já realizados mostraram que as baterias das câmeras corporais não têm autonomia efetiva de 12 horas. O tempo de ação superou o previsto em mais de cinco horas.

No total, cerca de 1.800 agentes participaram da megaoperação, sendo 570 das Forças do Comando de Operações Especiais (Coe), além de integrantes de 18 unidades convencionais e quatro especializadas. Os policiais das unidades convencionais utilizaram câmeras corporais durante a operação. Já na Core, nem todos os agentes estavam com o equipamento.

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