MP-RJ identifica tiros à curta distância em megaoperação no Rio Foto: © Tomaz Silva/Agência Brasil

MP-RJ identifica tiros à curta distância em megaoperação no Rio

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Em dois corpos, a equipe informou que aconteceu ‘lesões atípicas’ após acompanhar autópsias nos 121 corpos

Nesta quarta-feira (12), o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) identificou “lesões atípicas” em dois corpos entre os 121 mortos da megaoperação realizada pelas autoridades nos complexos da Penha e do Alemão, no dia 28 de outubro, no Rio de Janeiro. Os exames apontaram sinais de tiros à curta distância e uma decapitação.

Conforme o MP, técnicos do órgão acompanharam os exames de necropsia e registraram as ocorrências em um relatório encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Nesta semana, o ministro Alexandre de Moraes determinou que toda a documentação da polícia, principalmente as imagens das câmeras corporais usadas pelos agentes na operação, seja preservada.

O relatório destaca a identificação de “lesões ou situações atípicas”, descritas como “fora do contexto esperado para o confronto policial ocorrido”. Segundo o documento, um dos corpos apresentava marcas de disparo de arma de fogo à curta distância, enquanto o outro tinha lesão causada por tiro à distância e ferimento por decapitação, provocado por instrumento cortante ou corto-contundente. Os nomes das vítimas não foram divulgados.

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Ainda conforme o MP, a maioria dos mortos tinha múltiplas lesões de entrada e saída de projéteis, localizadas principalmente no tórax, abdômen e dorso, compatíveis com confronto armado. Em muitos casos, as vítimas usavam uniformes camuflados, além de botas, coletes e luvas de atiradores.

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