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                                Segurança Pública
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                                Segurança Pública
                                                    O governo de Benedita, segundo o ISP, foi o de maior letalidade na série histórica.
A segurança pública no Brasil enfrenta um impasse crítico. Soluções técnicas e eficazes se perdem em meio à intensa politização e à guerra de narrativas. O ex-capitão do BOPE e hoje um requisitado especialista em segurança, Rodrigo Pimentel, faz alertas urgentes sobre o tema nesta entrevista ao canal MyNews. Pimentel pede leis mais duras e cita o projeto de deputado petista contra expulsão de moradores como exemplo. Ele critica a politização da Segurança Pública que faz da verdade a principal vitima. Cita o discurso recente da deputada Benedita da Silva que deu informações erradas sobre a letalidade policial durante seu período no governo como exemplo.
A proposta do deputado Dimas de Paiva (PT-RJ) criminaliza a expulsão de morador de casa por criminosos está nas mãos do presidente da Câmara, deputado Hugo Motta. A proposta preve uma pena de 8 a 15 anos. Segundo ele, atualmente, bandidos que cometem essa extorsão respondem em liberdade se a pena mínima for inferior a 8 anos. O especialista chama o fenômeno de “êxodo urbano de guerra”, uma tragédia humanitária que tem afetado duramente cidades do Nordeste. “Mas duvido que o presidente Lula aprove”, diz.
Pimentel critica a politização da segurança. Segundo ele, a discussão deixou de ser técnica e baseada em números para se tornar ideológica. O especialista cita como exemplo o discurso da deputada Benedita da Silva (PT). Ela afirmou que líderes criminosos foram presos durante nove meses de seu governo no Rio sem disparos nas comunidades. Pimentel corrige, usando dados do Instituto de Segurança Pública (ISP): o governo de Benedita (2002) registrou 1.195 mortos pela polícia, a maior letalidade da série histórica. Ele diz que isso mostra mais compromisso com ativismo do que com a verdade.
A disputa política também leva à manipulação de dados. Pimentel aponta a hipocrisia de líderes que criticam a letalidade de operações recentes, mas tiveram números muito maiores em seus próprios governos. Além disso, o governo federal demonstra grande desconhecimento sobre a evolução do crime organizado. O foco ainda está em um cenário criminal de 2007.
O crime organizado evoluiu, mas o debate não acompanha. O Comando Vermelho e outras facções não dependem mais de maconha e cocaína, que representam apenas cerca de 15% de seus ganhos. Hoje, eles exploram o território. Cobram para fornecer gás, internet e vendem produtos contrabandeados. Políticos se orgulham de apreender drogas, mas Pimentel classifica isso como um “pinga-pinga” que não resolve o problema central.
A crise da segurança se liga diretamente ao combate à corrupção em altos níveis. Pimentel conclui que a falta de união e a insistência em soluções desatualizadas impedem o avanço. A eficácia de políticas de longo prazo depende da ação conjunta de prefeituras, estados e União.
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