Arquivos Alesp - Canal MyNews – Jornalismo Independente https://canalmynews.com.br/tag/alesp/ Nosso papel como veículo de jornalismo é ampliar o debate, dar contexto e informação de qualidade para você tomar sempre a melhor decisão. MyNews, jornalismo independente. Thu, 07 Dec 2023 09:26:43 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 Sob protestos, deputados paulistas autorizam venda da Sabesp https://canalmynews.com.br/brasil/sob-protestos-deputados-paulistas-autorizam-venda-da-sabesp/ Thu, 07 Dec 2023 09:26:43 +0000 https://localhost:8000/?p=41672 Com cenas de violência, votação chegou a ser suspensa e a galeria do plenário foi esvaziada

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Foi aprovado nesta quarta-feira (6), na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), o Projeto de Lei 1.501/2023 que autoriza o governo do estado a negociar a participação acionária do Executivo na Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Foram 62 votos favoráveis e um voto contrário. Todos os deputados de oposição se retiraram do plenário e não participaram da votação. O parlamento paulista tem 94 membros.

A votação foi marcada por protestos de trabalhadores da companhia e organizações da sociedade civil que são contrários à privatização da empresa. A votação chegou a ser suspensa e a galeria do plenário foi esvaziada. De acordo com a assessoria de comunicação da Alesp, isso ocorreu “após uma parte dos manifestantes comprometer a segurança e entrar em confronto com a Polícia Militar”. A discussão da proposta foi retomada em seguida.

O deputado estadual Maurici informou à Agência Brasil que quatro manifestantes foram detidos e levados ao 26º Distrito Policial (DP), no Campo Belo, onde apoiadores protestam em frente ao local com palavras de ordem que questionam a detenção como uma prisão política. Cinco manifestantes tiveram ferimentos na cabeça, foram atendidos pelo serviço de saúde e liberados.

“Estamos em vigília em frente ao DP e ficaremos aqui, convocando a população, até que todos sejam soltos. Afinal, lutar contra a privatização da água não é crime”, declarou Marcelo Viola, diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do estado de São Paulo (Sintaema) e membro do Movimento Luta de Classes.

Em nota, publicada no site do governo do estado, Tarcísio de Freitas disse que a privatização é um grande avanço para o estado. “Ele ajudará a construir um legado de universalização do saneamento, de despoluição de mananciais, de aumento da disponibilidade hídrica e de saúde para todos”, afirmou. Após a aprovação, o documento vai à sanção do governador e será publicado no Diário Oficial do Estado.

Sobre a autorização para a venda da estatal, Viola aponta que o movimento seguirá mobilizado e pede que a população seja ouvida. “Segundo a última pesquisa da Datafolha, mais de 50% da população é contra as privatizações no estado de São Paulo. Nós seguiremos lutando pelo interesse da maioria do povo, que é numa sociedade democrática, quem deveria ter direito de escolher os rumos do patrimônio publico. Vamos seguir diálogo com a população nos bairros, postos de trabalho, para denunciar esse crime que foi cometido hoje e lutar pelo direito de ter acesso a água e saneamento básico de qualidade.”

Justiça
Uma Ação Civil Pública, movida por deputados e vereadores do PT em São Paulo, questiona na Justiça o parecer que autoriza a venda da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). O processo pede a nulidade do contrato firmado entre o governo estadual e a International Finance Corporation (IFC), instituição membro do Grupo Banco Mundial, que foi responsável pelo estudo técnico que deu parecer favorável à privatização da companhia.

Os autores da denúncia na Justiça são o deputado federal Kiko Celeguim, o deputado estadual Maurici e o vereador da capital paulista Hélio Rodrigues. Maurici explica que, entre os pontos questionados, está a inexigibilidade de licitação por notória especialização, tendo em vista que a IFC terceirizou uma das etapas do estudo.

A ação questiona ainda o fato de que as demais fases para avançar no contrato dependem de uma constatação do benefício da privatização. “A IFC recebe cerca R$ 8 milhões se concluir pela desnecessidade de privatização na ‘Fase 0’ dos trabalhos, mas poderá receber R$ 45 milhões se for favorável à medida, prosseguindo com os trabalhos das Fases 1 e 2. Ou seja, pelo modelo do contrato firmado, é mais vantajoso economicamente para a consultora concluir pela vantagem da desestatização da Sabesp”, diz o texto.

O processo trata ainda de um possível conflito de interesse entre a IFC e a Sabesp, tendo em vista que a consultora é também credora da estatal. A Agência Brasil solicitou posicionamento à IFC, à Sabesp e ao governo do estado e aguarda manifestação.

Entenda:

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Alesp suspende Fernando Cury após importunação sexual https://canalmynews.com.br/mais/alesp-suspende-fernando-cury-apos-importunacao-sexual/ Fri, 02 Apr 2021 16:41:25 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/alesp-suspende-fernando-cury-apos-importunacao-sexual/ Deputado Cury perdeu o mandato por seis meses por passar a mão no seio da deputada Isa Penna

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A Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou a perda de mandato temporária do deputado Fernando Cury (Cidadania). A suspensão vale por 180 dias e foi aprovada no processo por importunação sexual contra a deputada Isa Penna (PSOL).

A deputada estadual Isa Penna (PSOL-SP)
A deputada estadual Isa Penna (PSOL-SP), durante discurso na Alesp. Foto: Carol Jacob (Alesp)

A decisão é inédita na Alesp e Cury é o primeiro deputado estadual a ser suspenso do cargo. A medida foi tomada após um consenso dos líderes dos partidos e a votação foi unânime, com 86 votos a favor da punição contra Cury.

Em dezembro do ano passado, Cury abraçou Isa Penna e passou a mão no seio dela sem consentimento durante uma sessão da Alesp.

Momento em que Fernando Cury assedia Isa Penna no plenário da Alesp
Momento em que Fernando Cury assedia Isa Penna no plenário da Alesp.
(Foto: Reprodução)

A punição do plenário da Alesp é mais dura que a sugerida pelo Conselho de Ética da Casa, que previa 119 dias de afastamento. Pelas regras da Alesp, o afastamento com menos de 120 dias manteria os trabalhos do gabinete, além da manutenção das verbas do deputado.

Com a punição de seis meses, o mandato é paralisado, o gabinete de Cury é desfeito e o suplente é convocado. No período, quem assume é o ex-deputado Padre Afonso (PV).

A deputada Isa Penna comemorou a punição:

Fernando Cury não participou da sessão e, por nota, disse que recebe a decisão com serenidade e de forma respeitosa.

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Isa Penna: os direitos das mulheres não têm ideologia, são universais https://canalmynews.com.br/dialogos/isa-penna-os-direitos-das-mulheres-nao-tem-ideologia-sao-universais/ Wed, 20 Jan 2021 19:59:50 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/isa-penna-os-direitos-das-mulheres-nao-tem-ideologia-sao-universais/ Um caso televisionado e explícito como o que sofri faz parte da cultura machista e de violação dos direitos das mulheres no país todo

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Meu nome é Isa Penna, sou advogada, e desde 2019 atuo como deputada na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). Antes disso já servi à população como assessora parlamentar e vereadora na cidade de São Paulo, quando fui alvo de assédio moral e sexual em meio ao exercício das minhas atividades, mas nada comparável a violência que viria sofrer em dezembro do ano passado. 

Ao final de todo ano as deputadas e deputados da Alesp se reúnem para votar o orçamento do Estado em sessões que muitas vezes se estendem por longas horas e até mesmo avançam a madrugada. Esse foi o caso da 65a Sessão Plenária Extraordinária que ocorreu no dia 16 de dezembro de 2020, em que ficamos no plenário até depois da meia-noite. Em meio à votação, eu estava debruçada na mesa diretora perguntando ao presidente da Câmara, Cauê Macris, sobre o cronograma de votação de outros projetos de lei quando senti que outro deputado começou a apalpar meu corpo por trás na altura dos meus seios.

Na hora minha reação foi repeli-lo imediatamente e avisar Macris, que presenciou a cena, que tal comportamento é inadmissível. Pouco tempo depois confirmei a gravidade do que havia ocorrido ao assistir a gravação da sessão disponível publicamente no YouTube. Fernando Cury, um deputado do Cidadania que eu desconhecia completamente, havia apalpado meu seio em meio à sessão plenária na frente do presidente da Câmara, e, ao que parece, o fez de forma intencional, dado que outro colega, momentos antes, tentou impedi-lo de se aproximar de mim.

A deputada estadual Isa Penna (PSOL-SP)
A deputada estadual Isa Penna (PSOL-SP), durante discurso na Alesp.
(Foto: Carol Jacob/Alesp)

No dia seguinte, ainda em choque por conta da situação, ingressei com uma representação no Conselho de Ética da Alesp e registrei um Boletim de Ocorrência eletrônico por ‘importunação sexual’, e na sexta-feira, 18, minhas advogadas de defesa, Mariana Serrano e Danyelle Galvão foram ao Ministério Público para que eu fosse ouvida.

Por conta de sua gravidade, o caso logo alcançou repercussão nacional e para que que pudesse ser julgado o quanto antes o Conselho de Ética da Alesp, prontamente obteve quórum para realizar sua abertura excepcionalmente no início de janeiro, período de recesso parlamentar. Três dos nove membros do Conselho requisitaram a abertura dos trabalhos em caráter urgente dos trabalhos: os deputados Emídio de Souza, Prof. Carlos Giannazi e Campos Machado, sendo que Giannazi cedeu seu lugar para a deputada Érica Malunguinho, dado que havia apenas uma mulher no Conselho, a deputada Maria Lúcia Amary, que também o preside.

Contudo, no dia 28 de dezembro, a Procuradoria da Alesp emitiu um parecer informando que o Conselho de Ética não poderia se reunir em janeiro para julgar meu caso. Isso só poderá ocorrer se a maioria absoluta dos deputados e deputadas da Casa, bem como seu atual presidente, Cauê Macris, compreendam que o julgamento da violência sexual que sofri no plenário é urgente e de interesse público, e, com base nesse entendimento, decidam convocar uma sessão da Assembleia, que se encontra de recesso até dia 1o de fevereiro, e, apenas assim o Conselho poderá se reunir.

Atualmente 115 mil pessoas demandam a cassação imediata de Fernando Cury em um abaixo-assinado organizado pelo meu mandato, e, para se defender, o deputado já contratou Milton Abrucio Junior, diretor geral da CDN Comunicação e especialista em gestão de crises, que trabalhou como como gerente de crises da Odebrecht.

Apesar disso, até agora nem o presidente da Assembleia, Cauê Macris, e nem o governador João Doria, se expressaram publicamente a respeito do caso ou entraram em contato comigo para prestar solidariedade, como já o fizeram outras deputadas e deputados, bem como dezenas de lideranças políticas, entidades e organizações da sociedade civil.

Porém, eu realmente espero que Macris se comprometa em apoiar a convocação extraordinária da Alesp, dado que isso é um dever cívico e moral da maior casa legislativa do Brasil. A Assembleia Legislativa de São Paulo não deve medir esforços para tanto e dar o exemplo de como devem ser conduzidos os casos de violência de gênero no país.

Um caso televisionado e explícito como o que sofri faz parte da cultura machista e de violação dos direitos das mulheres no país todo, e deve ser combatido com seriedade e urgência em respeito a todas as brasileiras. Por esse motivo, acredito que contarei com o apoio dos colegas e das colegas da casa, afinal os direitos das mulheres não possuem viés ideológico, são universais.


Quem é Isa Penna

Isa Penna, 29, é advogada formada pela PUC-SP e deputada estadual pelo PSOL-SP

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Cidadania afasta Fernando Cury, deputado que assediou Isa Penna em sessão na Alesp https://canalmynews.com.br/politica/cidadania-afasta-fernando-cury-deputado-que-assediou-isa-penna-em-sessao-na-alesp/ Fri, 18 Dec 2020 22:07:08 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/cidadania-afasta-fernando-cury-deputado-que-assediou-isa-penna-em-sessao-na-alesp/ Advogada criminalista ressalta que ato configura crime de importunação sexual, previsto no Código Penal

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O Cidadania decidiu nesta sexta-feira (18) afastar o deputado estadual Fernando Cury do partido. A punição veio após o parlamentar assediar sexualmente a colega Isa Penna (PSOL) durante sessão na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), na última quarta-feira (16).

Imagens da Alesp mostram que Cury abraçou Isa por trás e colocou a mão em seu seio direito. A deputada tentou afastá-lo e ele insistiu no contato mais uma vez.

Momento em que Fernando Cury assedia Isa Penna no plenário da Alesp
Momento em que Fernando Cury assedia Isa Penna no plenário da Alesp.
(Foto: Reprodução)

O deputado chegou a se pronunciar no próprio plenário, pedindo desculpas pelo ato, mas que acredita não ter feito nada de errado. “Mas se ela acha que o que eu fiz foi uma importunação, foi um assédio ou qualquer outra coisa assim, mais uma vez peço desculpas. Não quis nunca, em nenhum momento, constrangê-la”.

A parlamentar registrou boletim de ocorrência contra Cury e também abriu uma representação no Conselho de Ética da Alesp. Por meio das redes sociais, Isa comentou a punição inicial aplicada ao deputado e disse que o afastamento simplesmente não é o bastante.

“Eu me sinto pequena toda mulher que passa por isso e não tem consequência. A gente se sente pequena, subjugada, e ao mesmo tempo em que eu tenho já um couro grosso no sentido de que não é a primeira vez nem a décima que eu passo por uma situação como essa”, afirmou Isa durante coletiva de imprensa concedida mais cedo, nesta sexta.

Ainda na coletiva, Isa agradeceu o apoio de colegas de diferentes partidos e criticou o silêncio do presidente da Casa, Cauê Macris (PSDB), do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), sobre o caso.

A deputada estadual Isa Penna (PSOL-SP)
A deputada estadual Isa Penna (PSOL-SP), durante discurso na Alesp.
(Foto: Carol Jacob/Alesp)

Por meio das redes sociais, o deputado estadual Daniel José (Novo) expressou apoio à parlamentar e pediu punição ao autor do assédio.

Crime de importunação sexual

O assédio sofrido por Isa foi um dos assuntos abordados no Almoço do MyNews desta sexta-feira (18). “As imagens não deixam dúvidas de que houve ali um ato de cunho libidinoso sem a anuência da deputada, portanto configura crime de importunação sexual”, resume a advogada criminalista Patrícia Vanzolini, que participou do programa. O delito está previsto no Artigo 215A do Código Penal.

Vanzolini acrescenta ainda que a situação na Alesp precisa ser analisada dentro de um contexto, o que torna o ato mais grave. “Não era um amigo dela, eles mal se conheciam, estavam em um ambiente de trabalho. Olhando o entorno, dá para ver que é uma conduta totalmente inadequada, abusiva, invasiva, humilhante e vexatória, e de cunho sexual”.

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