Flordelis responde processo por planejar o assassinato do então marido, o pastor Anderson do Carmo. O crime teria sido cometido com a participação de vários filhos do casal e, segundo as investigações, teria motivação financeira. O pastor manteria controle sobre as finanças da família e também exerceria um poder dentro do núcleo familiar que não privilegiaria alguns dos filhos mais próximos da ex-deputada, numa família com 54 filhos.

Flordelis é ré por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio, uso de documento falso e associação criminosa armada. Segundo o pedido do Ministério Público, a liberdade da ex-deputada coloca em risco o andamento das investigações. De acordo com o MP-RJ, Flordelis orientou os demais réus no caso para que o telefone celular da vítima, o pastor Anderson do Carmo, não fosse encontrado. A ex-deputada está proibida de manter contato com os demais acusados pelo crime e por isso será enviada a uma unidade prisional diferente do restante dos acusados.

Anderson do Carmo foi assassinado na madrugada do dia 16 de junho de 2019, no município de Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Segundo a polícia, além de planejar o assassinato, a então deputada federal financiou a compra da arma usada no crime e avisou sobre a chegada do pastor ao local do crime. Flordelis nega as acusações e se declara inocente.

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A cassação foi aprovada por 437 votos a favor e apenas sete contrários. Outros 12 deputados se abstiveram. Para ter o mandato cassado, eram necessários 257 votos. Em junho, o Conselho de Ética já tinha votado pela cassação do mandato.

Flordelis é ré na Justiça e responde por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio, uso de documento falso e associação criminosa armada. Ela nega participação no crime, diz que é vítima de uma injustiça e que ainda não foi julgada.

O relator do processo foi o deputado Alexandre Leite (DEM-SP). Ele defendeu que as provas mostram que a deputada teve participação ativa no planejamento da morte de Anderson do Carmo.

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Em entrevista à revista Veja, a viúva do capitão Adriano Nóbrega disse que o marido foi procurado por milicianos da milícia Gardênia Azul para planejarem o assassinato da vereadora Marielle Franco. Ainda segundo a viúva, Nóbrega teria se recusado a participar do crime.

O mandado de prisão foi cumprido com base na condenação do investigado em outro assassinato, em outubro de 2018. Junto com Almir Rogério também foi preso um outro homem, suspeito de um assassinato no Rio de Janeiro, em junho deste ano – possível motivo da fuga para o estado da Paraíba.

Investigações não avançaram

A vereadora Marielle Franco (PSol/RJ) foi assassinada a tiros na noite de 14 de março de 2018, juntamente com o motorista do veículo que a conduzia, Anderson Pedro Gomes. A principal linha de investigação aponta para uma execução planejada por milícias atuantes no município do Rio de Janeiro. Após três anos do crime, entretanto, o crime ainda não foi solucionado.

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