Arquivos Bolsa Família - Canal MyNews – Jornalismo Independente https://canalmynews.com.br/tag/bolsa-familia/ Nosso papel como veículo de jornalismo é ampliar o debate, dar contexto e informação de qualidade para você tomar sempre a melhor decisão. MyNews, jornalismo independente. Wed, 02 Oct 2024 14:45:37 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 As apostas e o Bolsa Família: uma análise econômica e social https://canalmynews.com.br/politica/as-apostas-e-o-bolsa-familia-uma-analise-economica-e-social/ Wed, 02 Oct 2024 14:25:45 +0000 https://localhost:8000/?p=47255 Dados do Banco Central mostram que beneficiários do programa de transferência de renda direcionaram cerca de R$ 3 bilhões para as bets em um mês

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Há tempos, os brasileiros estão convivendo – em seu cotidiano – com apostas realizadas online, as chamadas bets. A fórmula destas casas de aposta é simples e já conhecida: ganhos fáceis e rápidos. Milhares de pessoas estão, assim, direcionando seus recursos financeiros aos jogos e, especialmente nos últimos dias, foi trazido à tona que muitos dos beneficiários do Programa Bolsa Família (PBF) também estão apostando e, não raro, se endividando.

O Programa Bolsa Família, instituído em 2003,  é uma ação governamental proposta a dar suporte financeiro às famílias em casos de pobreza e de pobreza extrema em nosso país. Trata-se de um programa de transferência de renda, com condicionalidades (na saúde, acompanhamento do calendário vacinal para menores de 7 anos; na educação, frequência escolar de, no mínimo, 85% para crianças e adolescentes). Atualmente, a quantidade de famílias favorecidas pelo PBF varia de ano para ano, hoje cerca de 21 milhões de famílias recebem esse auxílio, segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social Família e Combate à Fome.

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O principal objetivo do programa é reduzir a disparidade socioeconômica e proporcionar uma renda mínima para a parcela da população  mais vulnerável. O valor médio recebido – que varia conforme as políticas governamentais – está em torno de R$ 680,00, ou seja, menos de meio salário-mínimo. Destaque-se, ainda, que parte substancial do benefício é direcionado para a população preta ou parda (79%) e para a região Nordeste, com cerca de 45%. E, desta forma, o valor total repassado pelo Governo Federal é de 14 bilhões de reais.

Desde  sua gênese, o Bolsa Família é alvo de críticas que, na maioria da vezes, não se sustentam por transitarem do senso comum na direção do puro preconceito. Obviamente, toda política pública pode e deve ser avaliada, apresentando o quão eficaz é e quais as portas de entrada e saída para a população beneficiada.

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O impacto psicológico e social em uma população com poucas possibilidades de ascensão social é expressivo e multifacetado e, por isso, essa falta de possibilidade e luta pela sobrevivência criam um ciclo de desalento e estresse recorrente. Os dependentes do PBF se deparam com consideráveis barreiras estruturais e caem na chamada armadilha da pobreza, situação de difícil superação em função dos poucos recursos financeiros disponíveis no bojo familiar.

A mídia – televisão, jornais e sites – informaram que, a partir de dados do Banco Central, beneficiários do Bolsa Família direcionaram cerca de R$ 3 bilhões para as bets em um mês. Isso significa, percentualmente, que algo em torno de 21% da renda do PBF foi transferida para os sites de apostas.

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Tal fato reclama, essencialmente, um olhar crítico para a o quadro em tela. O problema, aqui, é geral, pois atinge todos os brasileiros e não apenas os mais vulneráveis financeiramente. Segundo pesquisa Datafolha divulgada em janeiro, quase um terço dos brasileiros (30%) de 16 a 24 anos afirmaram que já apostaram e, não menos importante, o percentual dos jovens é o dobro da média de 15% para todo o país.

Este cenário reclama, portanto, uma profunda reflexão acerca dos jogos, os vícios atinentes a eles e a dependência psicológica gerada, mormente, nos mais jovens e nos mais pobres e vulneráveis. Reagindo aos dados disponíveis, o Governo já estuda monitorar e proibir o uso do cartão do PBF para apostas e deputados apresentam projetos de lei para enquadrar as apostas. A política assume seu papel e se mobiliza. Cabe, no Brasil, uma aposta – essa sim fundamental – que é a valorização da educação, da preparação para o mundo do trabalho e da educação financeira.

Entenda o que são as bets e o impacto de sua regulamentação no Brasil | Governo prepara pacote:

***Edgar Cândido é economista, pesquisador e professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie***

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Governo cria GT para evitar uso do Bolsa Família com apostas online https://canalmynews.com.br/noticias/governo-cria-gt-para-evitar-uso-do-bolsa-familia-com-bets/ Fri, 27 Sep 2024 19:01:53 +0000 https://localhost:8000/?p=47105 Nota técnica do Banco Central mostrou que beneficiários do auxílio transferiram R$ 3 bilhões via Pix para empresas de 'bet' em agosto

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O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) anunciou nesta sexta-feira (27) a criação de um Grupo de Trabalho para analisar o uso de recursos do cartão Bolsa Família com apostas online (bets).

O grupo vai funcionar em parceria com a Rede Federal de Fiscalização do Bolsa Família e Cadastro Único com objetivo de apresentar uma proposta, até o dia 2 de outubro, de restrição ao desvirtuamento do propósito do programa. Ministério da Fazenda, Ministério da Saúde e Casa Civil também vão trabalhar na ação de forma integrada.

Em nota, o MDS reiterou que os programas sociais de transferências de renda foram criados para garantir a segurança alimentar e atender às necessidades básicas das famílias, das pessoas em situação de vulnerabilidade.

“A prioridade sempre será combater a fome e promover a dignidade para quem mais precisa”, destacou o ministério. “O foco do MDS permanece firme em garantir que o Bolsa Família continue sendo um instrumento eficaz de combate à pobreza e à insegurança alimentar.”

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Banco Central

Nota técnica elaborada pelo Banco Central (BC) e divulgada na última terça-feira (24) mostrou que os beneficiários do Bolsa Família gastaram R$ 3 bilhões em bets (empresas de apostas eletrônicas) via Pix em agosto.

O levantamento foi feito a pedido do senador Omar Aziz (PSD-AM), que pretende pedir à Procuradoria-Geral da República (PGR) ações judiciais para retirar do ar as páginas das casas de apostas na internet até que elas sejam regulamentadas pelo governo federal.

Segundo a análise técnica do BC, cerca de 5 milhões de beneficiários de um total aproximado de 20 milhões fizeram apostas via Pix. O gasto médio ficou em R$ 100. Dos 5 milhões de apostadores, 70% são chefes de família e enviaram, apenas em agosto, R$ 2 bilhões às bets (67% do total de R$ 3 bilhões).

O relatório inclui tanto as apostas em eventos esportivos como jogos em cassinos virtuais.

Segurança alimentar

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, se manifestou sobre o levantamento do Banco Central na quarta-feira (25). Ele lembrou que os programas sociais de transferência de renda foram criados para garantir a segurança alimentar e atender às necessidades básicas das famílias em situação de vulnerabilidade.

“A prioridade sempre será combater a fome e promover a dignidade para quem mais precisa”, destacou o ministro, em nota.

“Nosso foco permanece firme: garantir que o Bolsa Família continue sendo um instrumento eficaz de combate à pobreza e à insegurança alimentar. Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para que esse objetivo se mantenha.”

Assista abaixo ao Não É Bem Assim desta semana:

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Caixa antecipa Bolsa Família a atingidos por eventos climáticos https://canalmynews.com.br/noticias/caixa-antecipa-bolsa-familia-a-atingidos-por-eventos-climaticos/ Tue, 17 Sep 2024 17:09:34 +0000 https://localhost:8000/?p=46735 Pagamentos serão feitos a famílias do RS afetadas pelas chuvas, a todas as famílias do AM e a moradores de alguns municípios de SP, AC e RR, devido à seca e às queimadas

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A Caixa vai antecipa, nesta terça-feira (17), o pagamento do Bolsa Família aos beneficiários que residem em regiões que passaram por eventos climáticos extremos como chuvas, estiagem e queimadas. Nesse caso, o pagamento será para todos os beneficiários no primeiro dia do calendário, independentemente do final do NIS. Ao todo, serão pagos 20,7 milhões de benefícios.

Também começou hoje o pagamento do Bolsa Família do mês de setembro aos beneficiários com o NIS final 1. Para as pessoas que não residem nas regiões beneficiadas, o calendário deste mês será concluído normalmente, no dia 30.

As antecipações serão feitas para o estado do Rio Grande do Sul, em razão das chuvas que atingiram a região, para todas as famílias do estado do Amazonas e para alguns municípios de São Paulo, Acre e Roraima, afetados pela estiagem e as recentes queimadas.

No estado de São Paulo as cidades contempladas com o benefício são Amparo, Monte Alegre do Sul, Bananal, São Luís do Paraitinga, Águas da Prata, Alumínio, Dourado, Piracicaba, Bebedouro, Boa Esperança do Sul, Brodowski, Ibitinga, Itápolis, Luís Antônio, Monte Azul Paulista, Morro Agudo, Nova Granada, Pedregulho, Pitangueiras, Poloni e Pontal.

Também entram nessa condição Ribeirão Preto, Santo Antônio da Alegria, São José do Rio Preto, São Simão, Sertãozinho, Tabatinga, Ubarana, Urupês, Valentim Gentil, Pirapora do Bom Jesus, Bernardino de Campos, Coronel Macedo, Iacanga, Itirapina, Jaú, Lucélia, Pompeia, Presidente Epitácio, Rosana, Sabino, Salmourão, Santo Antônio do Aracanga, Taquarituba, Torrinha.

O que está sendo feito sobre a calamidade climática no país e a performance do governo nesse cenário:

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Alckmin anuncia R$ 741 milhões para cidades do RS afetadas por ciclone https://canalmynews.com.br/brasil/alckmin-anuncia-r-741-milhoes-para-cidades-do-rs-afetadas-por-ciclone/ Mon, 11 Sep 2023 11:57:11 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=39492 Governo federal irá liberar o saque do FGTS, no valor de até R$ 6.220, para as pessoas atingidas diretamente pelas chuvas – os recursos já estão incluídos no montante recebido pelos ministérios

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O presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, anunciou no início da tarde deste domingo (10) que o governo federal irá disponibilizar R$ 741 milhões em ajuda ao estado do Rio Grande do Sul, atingido por fortes chuvas e enchentes desde a última segunda-feira (4) após a passagem de um ciclone extratropical. Alckmin fez o anúncio em Lajeado (RS), na Universidade do Vale do Taquari (Univates), onde se reuniu com prefeitos locais, ministros e o governador Eduardo Leite.

Os recursos serão distribuídos da seguinte forma: R$ 26 milhões para o Ministério da Defesa, para o uso de helicópteros e demais maquinários na região nas buscas e reconstrução; R$ 80 milhões para Ministério da Saúde, que montou um hospital de campanha em Roca Sales (RS) e reconstrução de unidades de saúde destruídas, além da atuação das equipes da Força Nacional de Saúde na região.

O Ministério dos Transportes terá R$ 116 milhões para reconstruir um trecho da BR 116, no km 96, na região do Rio das Antas; o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social e Ministério do Desenvolvimento Agrário aplicará R$ 125 milhões no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).

Por meio do Ministério das Cidades, R$ 195 milhões serão usados para a construção de moradias. Já o Ministério da Integração Nacional receberá R$ 185 milhões para ajuda humanitária e reconstrução de ruas, estradas, limpeza e pavimentação dos municípios. O Ministério da Previdência Social também receberá recursos, ainda sem detalhamento.

Saque do FGTS
O governo federal, conforme Alckmin, irá liberar o saque do FGTS, no valor de até R$ 6.220, para as pessoas atingidas diretamente pelas chuvas – os recursos já estão incluídos no montante recebido pelos ministérios.

Bolsa Família
Será antecipado também os repasses do Bolsa Família para os afetados, que ocorrerá no próximo dia 18, e do Benefício de Prestação Continuada, no dia 25. As prefeituras ainda deverão receber R$ 800 por habitante atingido. Para os interessados, também será liberado o valor de um salário mínimo pelo BPC – o valor deverá ser pago em até 36 meses sem correção.

O governo federal adiou do pagamento de tributos federais.

A previsão é que o número de municípios com reconhecimento do estado de calamidade pública na região deverá aumentar de 79 para 88, a partir de decreto que será publicado na manhã desta segunda-feira (11).

O presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, e uma comitiva de ministros foram ao Rio Grande do Sul neste domingo (10), e percorreram a região do Vale do Taquari, a mais afetada pelas chuvas e inundações.

O governo do Rio Grande do Sul atualizou, na manhã deste domingo (10), para 43 a quantidade de pessoas mortas em decorrência das chuvas e inundações que atingem o estado desde a última segunda-feira (4). O número de desaparecidos chega a 46.

A maioria das mortes ocorreu em Muçum (16), seguido de Roca Sales (dez), Cruzeiro do Sul (cinco), Lajeado (três), Estrela (dois), Ibiraiaras (dois) e em Encantado, Imigrante, Mato Castelhano, Passo Fundo e Santa Tereza, uma morte em cada município.

No cidade de Muçum, está também a maioria dos desaparecidos (30), seguido de Lajeado (oito) e Arroio do Meio (oito).

Segundo o governo estadual, 3.130 pessoas foram resgatadas; 224 estão feridas; 3.798 estão desabrigadas; e 11.642, desalojadqs. No total, 150.341 pessoas foram afetadas pelas chuvas e inundações em 88 municípios.

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Câmara aprova urgência para projeto do arcabouço fiscal https://canalmynews.com.br/politica/camara-aprova-urgencia-para-projeto-do-arcabouco-fiscal/ Thu, 18 May 2023 04:58:40 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=37764 No total, 367 deputados votaram a favor e 102, contra

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A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (17) o regime de urgência para o projeto de lei complementar que fixa novas regras fiscais para gastos da União, que irá substituir o atual teto de gastos. No total, 367 deputados votaram a favor e 102, contra.

Com a decisão de hoje, ficam dispensadas formalidades e prazos regimentais, como interstícios, permitindo andamento mais rápido do projeto na Casa. Desta forma, a previsão é que o projeto seja votado em plenário já na semana que vem.

A proposta do arcabouço fiscal foi enviada em abril pelo governo federal ao Congresso Nacional. O relator do projeto, deputado Cláudio Cajado (PP-BA), apresentou o relatório nessa terça-feira (16) e incluiu gatilhos para obrigar o corte e a contenção de gastos no caso de descumprimento da meta fiscal.

Chamado de Regime Fiscal Sustentável pelo relator, o projeto prevê que, no caso de descumprimento das metas, haverá contingenciamento (bloqueio) de despesas discricionárias. O texto de Cajado estabelece a adoção, no ano seguinte ao descumprimento, de medidas automáticas de controle de despesas obrigatórias, como a não concessão de aumento real de despesas obrigatórias e a suspensão de criação de novos cargos públicos e da concessão de benefícios acima da inflação.

Caso o descumprimento aconteça pelo segundo ano consecutivo, novas proibições serão acrescentadas às existentes, como o aumento de salários no funcionalismo público, admissão ou contratação de pessoal e realização de concurso público (nos últimos dois pontos, a exceção é para reposição de cargos vagos).

Segundo Cajado, estará fora dos gatilhos o reajuste real do salário mínimo, com aumento acima da inflação. Inicialmente, havia previsão de também retirar o Bolsa Família do limite de gastos. O deputado explicou que o benefício também estará sujeito às normas gerais para que seja reajustado acima da inflação.

O líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), disse que, com a aprovação da urgência, haverá uma rodada de negociações com as bancadas até a próxima semana, quando o texto deve ser votado em plenário.

Mais cedo, em audiência pública na Câmara dos Deputados, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o novo arcabouço fiscal está sendo construído de forma a “despolarizar” o país e que tem conversado com parlamentares da base governista e da oposição em busca de apoio ao projeto.

*Com informações da Agência Câmara

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CGU identifica R$ 3,8 bilhões de pagamento indevido do Auxílio Brasil https://canalmynews.com.br/economia/cgu-identifica-r-38-bilhoes-de-pagamento-indevido-do-auxilio-brasil/ Tue, 16 May 2023 10:40:00 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=37701 Programa vigorou durante governo de Jair Bolsonaro

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A Controladoria-Geral da União (CGU) publicou nesta segunda-feira (15) o relatório de auditoria que avaliou o Programa Auxílio Brasil, que vigorou entre 2021 e 2022, em substituição ao Bolsa Família, durante o governo de Jair Bolsonaro. De acordo com a apuração do órgão, o cruzamento de diferentes bases de dados aponta que 468 mil famílias fora do perfil de renda do programa receberam o benefício, entre janeiro e outubro de 2022, com pagamentos de mais de R$ 218 milhões por mês, totalizando cerca de R$ 2,18 bilhões no período avaliado.

“Dentre as famílias que tiveram rendimentos identificados pela equipe de auditoria nessas outras bases de dados governamentais, cerca de 75% possuíam membros que receberam benefícios na folha de pagamentos do INSS, enquanto cerca de 17% das famílias possuíam rendimentos registrados em GFIP [informações previdenciárias] no mês anterior à folha de pagamentos do PAB [Programa Auxílio Brasil] analisada”, diz o órgão.

Em outra análise, a CGU estima que falhas de controle no acompanhamento mensal de pagamentos, que deveria incluir procedimentos de atualização de informações sobre situação cadastral, pode ter gerado o pagamento indevido do Auxílio Brasil a cerca de 367 mil famílias, em média, por mês, no período de janeiro a outubro de 2022. A possibilidade de pagamento indevido é da ordem de R$ 171 milhões por mês, o que totaliza, no período, R$ 1,71 bilhão.

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“Em relação a esse controle mensal da gestão dos benefícios, é necessário deixar claro que a verificação da renda familiar per capita feita pelo MDS [Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome] considera apenas os rendimentos informados, de forma autodeclaratória pelos próprios beneficiários, no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). Diante da fragilidade das informações relacionadas a este Cadastro, os auditores da Controladoria avançaram na análise e avaliaram a renda familiar per capita das famílias do PAB a partir de outras fontes de informação, além do CadÚnico, com o objetivo de complementar a análise do controle mensal e verificar, de forma mais ampla, a eventual existência de famílias fora do perfil de renda do PAB”, explica a CGU.

Desde o início do ano, o programa social voltou a se chamar Bolsa Família. O valor mínimo de R$ 600 foi garantido após a aprovação da Emenda Constitucional da Transição, que permitiu a utilização de até R$ 145 bilhões fora do teto de gastos neste ano, dos quais R$ 70 bilhões estão destinados a custear o benefício. Além disso, foi instituído um pagamento do adicional de R$ 150, que começou a vigorar em março, após pente-fino no CadÚnico, a fim de eliminar fraudes. Em junho, começará o pagamento do adicional de R$ 50 por gestante, por criança de 7 a 12 anos e por adolescente de 12 a 18 anos.

Apesar das falhas identificadas, a CGU informou que a auditoria mostrou que o processo de migração das famílias do Auxílio Brasil para o Bolsa Família “ocorreu de forma adequada e sem indicativo de que tenham ocorrido prejuízos aos beneficiários ou ao erário”.

Com base na auditoria, a CGU indicou ao MDS, pasta responsável pelo programa de transferência de renda, a adoção de providências que constam de nove recomendações, incluindo a necessidade de reavaliação da situação das famílias que ingressaram no programa e que possuíam indicativo de impedimento ou de inelegibilidade.

A CGU também recomendou o estabelecimento de procedimentos que utilizem informações atualizadas de base de dados, além do CadÚnico, para aferição da renda das famílias candidatas ao programa, de forma a evitar que aquelas não enquadradas nos limites de renda sejam habilitadas ao recebimento do benefício.

Para receber o Bolsa Família, a principal regra é ter a renda mensal por pessoa de até R$ 218. A adoção das recomendações será monitorada pelo órgão de controle ao longo dos próximos meses.

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Ministro afirma que Bolsa Família vai pagar, em média, R$ 260 por pessoa https://canalmynews.com.br/economia/ministro-afirma-que-bolsa-familia-vai-pagar-em-media-r-260-por-pessoa/ Fri, 03 Mar 2023 14:13:12 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=36214 O pagamento do benefício terá início no dia 20 de março

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Lançado nesta quinta-feira (2), o novo Bolsa Família irá pagar, em média, R$ 260 por pessoa. É o que informou o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, em entrevista ao programa A Voz do Brasil, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

“Vamos ter uma média de R$ 260 por pessoa, com mínimo de R$ 143. Lá atrás, era de R$ 30 por pessoa”, explicou o ministro. “O nosso objetivo é interromper uma história de pobreza e o Bolsa Família sendo essa grande âncora”, completou.

O Bolsa Família é voltado para famílias em situação de vulnerabilidade econômica e social. Para serem habilitadas, elas precisam atender critérios de elegibilidade, como apresentar renda per capita classificada como situação de pobreza ou de extrema pobreza, ter os dados atualizados no Cadastro Único e não ter informações divergentes entre as declaradas no cadastro e em outras bases de dados federais.

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Mais de 1,5 milhão de beneficiários serão excluídos do Bolsa Família

Para receber o benefício, as famílias precisam cumprir as seguintes contrapartidas: acompanhamento do pré-natal para gestantes, manutenção das crianças e adolescentes na escola e atualização da caderneta de vacinação com todos os imunizantes previstos no Programa Nacional de Vacinação do Ministério da Saúde. Terão acesso ao programa todas as famílias com renda de até R$ 218 por pessoa.

O pagamento do benefício terá início no dia 20 de março.

Renda própria
Além da transferência de renda, o governo vai promover condições para que as famílias consigam obter uma renda própria, por meio de parcerias para geração de empregos com carteira assinada ou capacitação para empreender. De acordo com o ministro, a meta inicial é que 1 milhão de pessoas deixem o programa por terem conquistado renda para arcar com as despesas essenciais.

“O presidente [Lula] quis que incluíssemos, junto com a Medida Provisória [que recriou o programa de transferência de renda], a missão da inclusão socioeconômica, a oportunidade do emprego e do empreendedorismo para esse público do Cadastro Único, do Bolsa Família. A gente vai dar as mãos com muita gente do Brasil, setor público e privado”, disse.

Regra de proteção
O programa também terá uma regra de proteção para os casos em que algum integrante da família consiga um emprego, por exemplo. Neste caso, a renda da família pode aumentar até meio salário mínimo per capita sem que ela seja retirada de imediato do programa. Além dessa, há uma regra de retorno garantido, que estabelece que as famílias que se desligarem voluntariamente do programa ou perderem renda e precisarem voltar ao Bolsa Família terão prioridade de retorno.

“Não precisa mais ter medo de assinar a carteira por causa do Bolsa Família. Está no Bolsa Família, conseguiu trabalho com uma renda maior e que não preenche os requisitos, vai ganhar o salário. Lá na frente, ficou desempregado, preencheu os requisitos, volta de novo para o Bolsa Família. É um caminho seguro”, afirmou Wellington Dias.

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Mais de 1,5 milhão de beneficiários serão excluídos do Bolsa Família https://canalmynews.com.br/economia/mais-de-15-milhao-de-beneficiarios-serao-excluidos-do-bolsa-familia/ Sat, 25 Feb 2023 00:49:26 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=36125 Ministro também anunciou a inclusão de mais 700 mil famílias no programa

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Mais de 1,5 milhão de beneficiários que recebem o Bolsa Família irregularmente serão excluídos do programa social em março, anunciou nesta sexta (24) o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Wellington Dias. Segundo o ministro, mais 700 mil famílias com direito ao benefício serão incluídas no programa.

De acordo com o ministro, os beneficiários que deixarão de receber o Bolsa Família têm renda acima do limite legal para o programa. Do total de 1,5 milhão de pessoas, informou o ministro, existem cerca de 400 mil cadastros unipessoais (famílias de apenas um membro).

Ao mesmo tempo em que exclui beneficiários em situação irregular, o ministério incluirá cerca de 700 mil famílias em março. De acordo com o ministro essas pessoas cumprem os requisitos para receberem o Bolsa Família, mas não conseguiam ser alcançadas, o que exigiu do governo a busca ativa dos participantes.

“Com a busca ativa e a rede do Sistema Único de Assistência Social, que é muito preparada e muito competente, nós temos condições agora de trazer também para o recebimento quem tem o direito e estava na fila, estava fora”, destacou o ministro em nota enviada pela pasta.

Revisão
Outra ferramenta para reduzir os pagamentos indevidos de benefícios, ressaltou o ministro, são os pedidos voluntários de exclusão do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). Segundo o ministro, até a manhã de hoje, 2.265 pessoas com cadastro unipessoal pediram para ser retiradas do programa. A funcionalidade está disponível no aplicativo do CadÚnico.

Até o fim deste ano, o governo revisará o cadastro de 5 milhões de famílias que se declaram unipessoais e recebem o Bolsa Família. De março a dezembro, as pessoas serão chamadas para a revisão, sem necessidade de irem às unidades de atendimento da assistência social. O governo também fará uma campanha de utilidade pública para esclarecer a população sobre as regras e os critérios de acesso aos programas e às políticas sociais.

Ferramenta de identificação das famílias brasileiras de baixa renda, o CadÚnico é administrado pelo Sistema Único de Assistência Social. A partir da inscrição na ferramenta, a população vulnerável pode acessar programas como Tarifa Social de Energia Elétrica, Minha Casa Minha Vida e Benefício de Prestação Continuada (BPC), entre outros.

Com a retirada de parte dos beneficiários em situação irregular, o governo deve começar a pagar em março o adicional de R$ 150 do Bolsa Família para as famílias com crianças de até 6 anos. A Emenda Constitucional da Transição, aprovada no fim do ano passado, assegurou recursos para o benefício complementar.

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Bolsa Família: há indícios que 2,5 milhões recebem de forma irregular https://canalmynews.com.br/economia/bolsa-familia-ha-indicios-que-25-milhoes-recebem-de-forma-irregular/ Fri, 10 Feb 2023 12:54:59 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=35861 Wellington Dias afirmou que revisão dos cadastros está em andamento

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O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, disse nesta quinta-feira (9) que há indícios de que 2,5 milhões estão recebendo o Bolsa Família de forma irregular. Segundo o ministro, os cadastros do programa estão em revisão.

“Acreditamos que mais ou menos 2,5 milhões dos que recebem têm grandes indícios de irregularidades”, disse, durante visita a uma unidade do Cozinha Solidária, projeto do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) desenvolvido em Sol Nascente, região de Ceilândia, no Distrito Federal.

De acordo com o ministro, há pessoas com renda elevada, de aproximadamente nove salários mínimos, que recebem o benefício, destinado a famílias de baixa renda.

Além da revisão dos cadastros, Wellington Dias disse que o governo irá desenvolver programas para que as famílias consigam melhorar a renda, sem necessitar do Bolsa Família. O programa de transferência de renda atende 21, 9 milhões de famílias.

Consignado
Uma portaria do ministério foi publicada hoje com novas regras para empréstimo consignado no âmbito do Programa Auxílio Brasil, que voltará a se chamar Bolsa Família.

O texto fixa em 5% o limite para desconto no benefício pago a famílias beneficiárias do Bolsa Família ou de outros programas federais. Além disso, o número de prestações não poderá exceder seis parcelas sucessivas e a taxa de juros não poderá ser superior a 2,5%.

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Beneficiários começam a receber Bolsa Família de R$ 600 nesta quarta https://canalmynews.com.br/economia/beneficiarios-comecam-a-receber-bolsa-familia-de-r-600-nesta-quarta/ Wed, 18 Jan 2023 11:35:24 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=35455 O benefício é pago pela Caixa Econômica Federal

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A Caixa Econômica Federal começa a pagar nesta quarta-feira (18) a parcela de janeiro do Bolsa Família com valor mínimo de R$ 600. Recebem hoje os beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 1.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, neste mês o programa de transferência de renda do Governo Federal alcançará 21,9 milhões de famílias, com um gasto de R$ 13,38 bilhões. O valor médio recebido por família equivale a R$ 614,21.

A partir deste mês, o programa social, que estava com o nome de Auxílio Brasil no governo anterior, volta a ser chamado de Bolsa Família. O valor mínimo de R$ 600 foi garantido após a aprovação da Emenda Constitucional da Transição, que permitiu o gasto de até R$ 145 bilhões fora do teto de gastos neste ano, dos quais R$ 70 bilhões estão destinados a custear o benefício.

Em publicação nas redes sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva escreveu que a manutenção da parcela mínima segue o compromisso estabelecido entre o novo governo e o Congresso Nacional. “Começaremos o pagamento de R$ 600 para famílias beneficiárias. Compromisso firmado durante a campanha e que conseguimos graças a PEC que aprovamos ainda na transição, já que o valor não tinha sido previsto no orçamento pelo governo anterior”, postou o presidente.

O pagamento do adicional de R$ 150 para famílias com crianças de até 6 anos ainda não começou. Na semana passada, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, afirmou que o valor extra só começará a ser pago em março, após o governo fazer um pente-fino no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), para eliminar fraudes.

No modelo tradicional do Bolsa Família, o pagamento ocorre nos últimos dez dias úteis de cada mês. O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas no aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.

Auxílio Gás
Neste mês não haverá o pagamento do Auxílio Gás, que beneficia famílias cadastradas no CadÚnico. Como o benefício só é pago a cada dois meses, o pagamento voltará em fevereiro.

Só pode receber o Auxílio Gás quem está incluído no CadÚnico e tenha pelo menos um membro da família que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A lei que criou o programa definiu que a mulher responsável pela família terá preferência de receber o benefício, assim como mulheres vítimas de violência doméstica.

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Gilmar Mendes decide que recursos para Bolsa Família podem ficar fora do teto de gastos https://canalmynews.com.br/politica/gilmar-mendes-decide-que-recursos-para-bolsa-familia-podem-ficar-fora-do-teto-de-gastos/ Mon, 19 Dec 2022 13:43:06 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=34963 Decisão atende a um pedido do partido Rede Sustentabilidade

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Por decisão do ministro Gilmar Mendes do Supremo Tribunal Federal (STF), os recursos destinados ao pagamento de programas sociais de combate à pobreza e à extrema pobreza, como o Bolsa Família, poderão ficar fora do limite do teto de gastos. A decisão, tomada na noite desse domingo (19) atende a um pedido do partido Rede Sustentabilidade.

“Reputo juridicamente possível que eventual dispêndio adicional de recursos com o objetivo de custear as despesas referentes à manutenção, no exercício de 2023, do programa Auxílio Brasil (ou eventual programa social que o suceda) pode ser viabilizado pela via da abertura de crédito extraordinário, devendo ser ressaltado que tais despesas não se incluem na base de cálculo e nos limites estabelecidos no teto constitucional de gastos”, diz um trecho da decisão de Mendes.

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No entendimento de Gilmar Mendes, o teto de gastos não pode ser “concebido como um fim em si mesmo” e não permitir que os recursos para “direitos fundamentais preconizados pela Constituição” não sejam liberados. “Nesse contexto, urge a necessidade de desenvolvermos semelhantes mecanismos no âmbito da responsabilidade social, facilitando a elaboração, implementação, consolidação e expansão de políticas públicas sociais por parte de todos os Entes Federativos”, argumenta o ministro.

Outro ponto destacado por Gilmar Mendes é que a própria lei do teto já continha instrumentos capazes de permitir a abertura de espaços fiscal para cumprir ‘responsabilidades sociais’ do Estado.

Congresso
A decisão foi tomada em meio a dificuldades do governo eleito para aprovar a chamada PEC da Transição na Câmara dos Deputados. Além da verba para o pagamento do auxílio, o texto já aprovado pelos senadores, também pretende recompor o orçamento de diferentes ministérios, fora do teto de gastos. A expectativa é que os deputados votem o texto ainda esta semana no plenário da Casa.

A proposta aprovada no Senado estabelece que o novo governo terá 145 bilhões de reais para além do teto: 70 bilhões serão para custear o benefício social de 600 reais com um adicional de 150 reais por criança de até seis anos. A proposta também abre espaço fiscal para outros 23 bilhões de reais em investimentos pelo prazo de dois anos e não por quatro anos, como queria equipe de transição.

Na Câmara, parlamentares defendem que o texto tenha validade de um ano. Outra alteração que está em discussão é um valor ainda menor do que o aprovado no Senado, que reduziu o valor de teto de R$ 175 para R$ 145 bilhões.

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Senado: Relator do Orçamento apresenta PEC da Transição https://canalmynews.com.br/politica/senado-relator-do-orcamento-apresenta-pec-da-transicao/ Tue, 29 Nov 2022 14:26:57 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=34742 Proposta precisa de 27 assinaturas para tramitar na Casa

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O senador Marcelo Castro (MDB-PI) apresentou na noite de segunda-feira (28) o texto final da PEC da Transição, a proposta de emenda à Constituição que exclui do teto de gastos as despesas do Poder Executivo com o programa Bolsa Família. A matéria precisa de 27 assinaturas para ser numerada e começar a tramitar no Senado. Até as 9h15 desta terça-feira (29), a proposição contava com o apoio de 18 parlamentares.

A PEC da Transição permite gastos de R$ 198 bilhões fora do teto em 2023. Desse total, R$ 175 bilhões serão usados para pagar um benefício de R$ 600 para o Bolsa Família a partir de janeiro, além de R$ 150 por criança de até 6 anos de idade.

Os R$ 23 bilhões restantes, obtidos por meio do excesso de arrecadação em tributos, devem ser usados exclusivamente em investimentos. De acordo com o texto, a receita extra do ano pode ser usada para incrementar investimentos fora do teto.

Marcelo Castro é relator-geral do Orçamento de 2023. Para que as regras possam valer a partir de janeiro, a PEC da Transição precisaria ser aprovada no Senado e na Câmara dos Deputados antes do projeto de lei orçamentária anual (PLN 32/2022), que deve ser votado pelo Congresso Nacional até 16 de dezembro.

Como exclui do teto de gastos todas as despesas do Poder Executivo com o Bolsa Família, a expectativa é de que a PEC da Transição abra um espaço de até R$ 105 bilhões na proposta orçamentária de 2023. O dinheiro seria usado para recompor as dotações de ações consideradas subfinanciados no PLN 32/2022. É o caso do Farmácia Popular e do reajuste do salário mínimo.

“Tendo em vista o pouco tempo que temos para aprovarmos a PEC e por ela ser absolutamente indispensável para a governabilidade do país no próximo ano, vamos fazer os ajustes necessários para a aprovação, durante a tramitação da proposta. O texto apresentado excepcionaliza do teto de gastos o valor necessário para dar continuidade ao pagamento dos R$ 600 do Bolsa Família, mais R$ 150 por criança de até seis anos de idade. E, ainda, recompõe o Orçamento de 2023, que está deficitário em diversas áreas imprescindíveis para o funcionamento do Brasil. Esperamos aprovar a PEC, nas duas Casas [Senado e Câmara], o mais rápido possível, para que possamos começar a trabalhar no relatório do Orçamento de 2023”, destacou Marcelo Castro.

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A PEC de Transição também deixa fora do teto receitas próprias de universidades, obtidas por meio de convênios e doações, por exemplo. De acordo com a proposta, o mesmo acontece com projetos socioambientais ou relativos às mudanças climáticas custeadas por doações.

Tramitação
Depois de obter as 27 assinaturas exigidas pelo Regimento Interno, a PEC da Transição segue para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Um senador será designado para relatar a matéria, que será incialmente votada no colegiado.

Depois de analisada pela CCJ, a PEC segue para o Plenário do Senado, onde precisa ser submetida a dois turnos de votação. Para ser considerado aprovado, o texto depende do aval de três quintos da composição da Casa, um total de 49 votos favoráveis em cada etapa de votação.

Sustentabilidade social
Outra proposta de emenda à Constituição que aguarda a obtenção de assinaturas para começar a tramitar é sugerida pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). Chamada de PEC da Sustentabilidade Social, a matéria permite uma expansão de R$ 80 bilhões no limite das despesas primárias do Poder Executivo para 2023.

O valor seria incorporado definitivamente ao teto de gastos calculado para os anos seguintes, o que permitiria a manutenção do benefício de R$ 600 para o programa Bolsa Família. Até o início da manhã desta terça-feira, a proposta contava com o apoio de 11 parlamentares.

Fonte: Agência Senado

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Alckmin entrega ao Senado sugestão de texto da PEC da Transição https://canalmynews.com.br/sem-categoria/alckmin-entrega-ao-senado-sugestao-de-texto-da-pec-da-transicao/ Thu, 17 Nov 2022 15:20:40 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=34660 Proposta prevê valores destinados ao Bolsa Família fora do teto de gastos, sem referência a limite de prazo

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O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, entregou ao Senado, no início da noite desta quarta-feira (16), a sugestão de texto da PEC da Transição. Pela proposta, os valores a serem pagos pelo Auxílio Brasil, que deve voltar a se chamar Bolsa Família, ficarão fora do teto de gastos, sem referência a limite de prazo. A estimativa da equipe de transição é de um valor de R$ 175 bilhões. O relator-geral do Orçamento 2023, senador Marcelo Castro (MDB-PI), o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Davi Alcolumbre (União-AP), senadores e representantes do governo de transição participaram do encontro.

Segundo Alckmin, os estudos apontam que as famílias mais necessitadas são as que têm crianças pequenas. Daí a importância da PEC. Conforme informou, a questão do prazo, de quanto tempo essa despesa ficará fora do teto, será objeto de discussão entre senadores e deputados. Ele ainda negou que a PEC seja algum tipo de “cheque em branco”.

— É o cuidado com o social, para combater a fome, atender as crianças e erradicar a pobreza — declarou.

A chamada PEC da Transição é uma alternativa que vem sendo discutida por integrantes do governo eleito e por representantes do Congresso Nacional para viabilizar o pagamento de despesas que não estão previstas no Orçamento de 2023 (PLN 32/2022). Entre elas, o aumento no valor do Bolsa Família, de R$ 400 para R$ 600. Com a PEC, o aumento do auxílio não seria contado dentro do teto de gastos. Assim, o governo teria a garantia dos recursos sem desrespeitar as regras constitucionais.

Sugestão
Davi Alcolumbre informou que Alckmin também teria uma reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, ainda na noite desta quarta, para entregar uma cópia da minuta da PEC.

Davi disse que a sugestão do texto da PEC pretende resolver pendências do orçamento para o ano que vem. Segundo Davi, há por parte do governo atual e do eleito a vontade comum de proteger as famílias pobres. Ele negou qualquer tentativa de “golpe” dentro da CCJ para aprovar apressadamente a proposta — que ainda não existe formalmente — e ressaltou que o texto apresentado pelo governo eleito é apenas uma sugestão. A proposta, acrescentou Davi, ainda será trabalhada pelos parlamentares. Segundo o senador, haverá uma construção política, com a participação das lideranças do Senado e da Câmara.

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— A intenção dos senadores é construir um texto em conjunto com a Câmara dos Deputados, um texto que seja plausível. Que o Congresso tenha o compromisso, não com o governo A ou B, mas com o povo brasileiro — afirmou Davi.

Na mesma linha, o senador Marcelo Castro registrou que o texto entregue por Geraldo Alckmin é uma minuta e que o Senado ainda vai buscar um “entendimento e uma concertação sobre o texto ideal”. Ele informou que só depois de o texto conseguir o consenso possível é que serão recolhidas as assinaturas. O senador ainda disse que ele será o primeiro signatário da PEC.

De acordo com Marcelo Castro, a minuta da PEC tem três pontos. O primeiro é o pagamento do Auxílio Brasil (Bolsa Família), estimado em R$ 175 bilhões, sem um prazo para figurar fora do teto de gastos. O segundo ponto trata da possibilidade do excesso de arrecadação — que seria destinado a investimentos no montante de até R$ 23 bilhões e que também ficaria fora do teto. O terceiro ponto deixa fora do teto as receitas próprias para universidades. Geraldo Alckmin explicou na sequência que, no caso da arrecadação extra, se houver, 40% deverão ser alocados para investimentos e 60% para pagamento da dívida. Mas enfatizou que os recursos para investimentos não poderão ultrapassar o limite de R$ 23 bilhões.

Marcelo Castro disse que “não queria fazer terrorismo”, mas advertiu que, se a PEC não for aprovada, “não será possível fechar o Orçamento”. Segundo ele, o Orçamento tem “muitos furos”, como o esvaziamento de programas como o Farmácia Popular, que beneficia principalmente a população mais pobre. O senador explicou que, com a retirada do valor da PEC da Transição do teto de gastos, haveria um espaço para direcionar recursos para outras áreas prioritárias.

— Para abrir espaço para esses investimentos, há a necessidade da PEC. Um horizonte possível é que queremos aprovar essa PEC antes do fim do mês de novembro — afirmou o senador.

Votação
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, já havia dito que os senadores deverão votar a PEC da Transição na última semana de novembro. Segundo o presidente, a ideia é fazer uma reunião de líderes e acertar um cronograma de votação. Ele também disse que não há uma definição sobre a relatoria da matéria, mas apontou que será alguém capacitado e familiarizado com o tema.

Pacheco, que está participando da 27ª Conferência do clima da Organização das Nações Unidas (COP 27), no Egito, voltou a defender a responsabilidade fiscal e ponderou que a retirada do Auxílio Brasil do teto de gastos vai significar pouco mais de R$ 100 bilhões para outras áreas, como saúde, educação e meio ambiente.

— Isso significa uma abertura de espaço fiscal. E é muito importante que o governo de transição apresente qual a proposta de uso desse espaço. Feito isso, considero que seja possível apreciar a PEC na CCJ e no Plenário do Senado na última semana de novembro — afirmou Pacheco, em entrevista à Rádio Senado.

Prazo
O presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), deputado Celso Sabino (União-PA), fez um alerta sobre o prazo de apreciação da PEC da Transição. Ele lembrou que são menos de 30 dias para concluir a tramitação da matéria nas duas Casas.

— Não temos tempo a perder, pois o relatório final do Orçamento tem votação marcada para o dia 16 de dezembro no Plenário do Congresso Nacional, e após essa data nada poderá ser incluído na LOA 2023 — disse.

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Bolsonaro empareda Congresso com Auxílio Brasil de R$ 400 https://canalmynews.com.br/juliana-braga/bolsonaro-empareda-congresso-auxilio-brasil-r-400/ Thu, 21 Oct 2021 23:43:07 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/bolsonaro-empareda-congresso-auxilio-brasil-r-400/ Ministro da Cidadania anunciou valor mínimo de R$ 400 para o Auxílio Brasil, mas não explicou de onde sairão aos recursos; caberá ao Congresso impor o freio

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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em franca campanha por sua reeleição, devolveu uma dose do veneno do próprio Congresso Nacional ao anunciar o novo Auxílio Brasil de R$ 400, sem dizer de onde sairiam os recursos. Com a manobra, jogou no colo dos parlamentares a responsabilidade por encontrar a solução para essa equação, ou então justificar um reajuste menor. É um cálculo no qual ele só ganha: compartilha o desgaste por furar o teto, fatura eleitoralmente caso o valor seja aprovado e, caso não seja, a culpa não seria dele.

Congresso Nacional deverá arcar com o ônus de reduzir o valor do Auxílio Brasil, ou de desrespeitar o teto de gastos/Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Ao emparedar o Congresso com os R$ 400, Bolsonaro se vale da mesma estratégia que o Congresso utilizou em 2020, quando triplicou o valor proposto para o Auxílio Emergencial. A proposta do benefício de R$ 200 foi enviada pelo Executivo, com o objetivo de minimizar perdas dos trabalhadores em função do isolamento social ocasionado pela pandemia do novo coronavírus. Em 30 de maio de 2020 o Senado aprovou a proposta, mas a R$ 600 – valor já inflado na Câmara dos Deputados.

Apesar da contrariedade da equipe econômica, o presidente não bancou o custo político do veto e, não só manteve os R$ 600, como prorrogou os pagamentos por mais de um ano. Como os pagamentos são feitos pela Caixa Econômica Federal, o aumento acabou se revertendo em ganhos políticos também para Bolsonaro.

Agora, com o Auxílio Brasil, a ala política do governo insiste em manter um ganho bem acima da inflação em relação ao Bolsa Família. O relator da medida provisória que cria o novo programa, Marcelo Aro (PP-MG), disse nesta quinta-feira (21) em entrevista ao Café do MyNews que é necessário priorizar despesas e que o governo precisa apresentar o caminho para abrir espaço para o gasto.

Acordo fechado para ampliar teto de gastos e possibilitar Auxílio Brasil derrubou a Bolsa

Um acordo fechado na manhã desta quinta entre a equipe econômica e o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), relator da PEC dos Precatórios, derrubou a Bolsa de Valores em 4% e fez o dólar encostar próximo de R$ 6.  Hoje, o teto de gastos é corrigido pelo IPCA acumulado nos últimos 12 meses, até junho do ano anterior ao exercício fiscal.

Pelo texto, esse reajuste seria feito considerando o ano fechado, de janeiro a dezembro. Só essa mudança abriria um espaço de R$ 40 bilhões no teto de gastos. Somando a isso as alterações ao pagamento de precatórios, que limitaria em R$ 40 bilhões o cumprimento de compromissos adquiridos por decisões judiciais, esse espaço extra pode chegar a R$ 83 bilhões.

Nesta quinta-feira, Bolsonaro negou que a manobra represente uma quebra da regra do teto. “Temos aproximadamente 16 milhões de pessoas do Bolsa Família. O tíquete médio do Bolsa Família é de cerca de R$ 192. Se o médio é R$ 192, tem muita gente ganhando R$ 40, R$ 50. Nós decidimos passar todos para, no mínimo, R$ 400. Isso tudo com responsabilidade. Ninguém está furando o teto não”, afirmou o presidente, em evento no Ceará.

Acompanhe o Café do MyNews, de segunda a sexta, a partir das 8h30, no Canal MyNews, com apresentação de Juliana Braga

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Com reajuste, Bolsonaro encaminha MP do Bolsa Família ao Congresso https://canalmynews.com.br/politica/com-reajuste-bolsonaro-encaminha-mp-do-bolsa-familia-ao-congresso/ Tue, 19 Oct 2021 20:04:18 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/com-reajuste-bolsonaro-encaminha-mp-do-bolsa-familia-ao-congresso/ Denominada Auxílio Brasil, medida ainda não possui valor definido. Presidente sinaliza que reajuste deve ser de ao menos 50%

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O presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) encaminhou na tarde desta segunda-feira (9) ao dirigente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), a Medida Provisória (MP) do novo Bolsa Família, denominado Auxílio Brasil – a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que providencia o parcelamento de parte das dívidas da União, que será analisada pelos congressistas em conjunto com a medida, deve ser enviada ainda no dia de hoje.

Presidente Jair Bolsonaro entrega MP do Bolsa Família ao líder da Câmara, Arthur Lira
Presidente Jair Bolsonaro entrega MP do Bolsa Família ao líder da Câmara, Arthur Lira. Foto: Marcos Corrêa (PR)

Acompanhado dos ministros Ciro Nogueira (Casa Civil), Flávia Arruda (Secretaria de Governo), João Roma (Cidadania), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria Geral) e Augusto Heleno (GSI), o chefe do Executivo fez questão de ir a pé do Palácio do Planalto até o Congresso Nacional para entregar pessoalmente o documento.

Os textos do projeto e da PEC ainda não foram publicados no Diário Oficial da União, nem apresentados publicamente pelo Executivo. No caminho para a Câmara, Bolsonaro afirmou à imprensa que o Auxílio Brasil deve ter um reajuste de no mínimo 50%: “Um pouquinho mais”, disse.

No início das discussões sobre a pauta, o presidente defendia o valor de R$ 400 mensais para o benefício, mas a equipe econômica chefiada por Paulo Guedes já informava sobre a impossibilidade de se atingir a cifra, apresentando, então, uma perspectiva de R$ 300 – atualmente, o subsídio paga entre R$ 150 e R$ 375, variando de acordo com a constituição familiar. O aumento do ticket médio está atrelado à votação da PEC dos Precatórios, que possivelmente abrirá espaço no orçamento.

Em pronunciamento no Congresso, Bolsonaro assegurou que “a medida visa dar transparência e responsabilidade aos gastos, aí incluído o viés social do nosso governo. Sabemos que pandemia trouxe inflação para alimentos no mundo todo, então não podemos deixar desassistidos os mais vulneráveis”.

Referindo-se a Lira, Bolsonaro disse ainda que há, “cada vez mais”, um trabalho “harmonioso e produtivo entre Executivo e Legislativo”. Já Guedes, durante sua fala, deu enfoque à necessidade de modificar as diretrizes que ditam os pagamentos das dívidas públicas: “Uma matéria de 30 anos atrás passa por cima de vários governos e, de repente, após uma acumulação, desaba sobre um governo em um ano. Isso inviabilizaria não só os programas sociais, mas o próprio funcionamento da Esplanada [dos Ministérios]”.

PEC dos Precatórios

Caracterizando a PEC dos Precatórios como um fator decisivo “para o futuro do Brasil”, o ministro da Economia afirmou ainda que a proposta “dá previsibilidade aos gastos” e, consequentemente, permite a reformulação das políticas sociais.

Dentre outras matérias, a PEC possibilita a criação de um fundo com recursos obtidos por intermédio da venda de estatais e imóveis da União. Os valores arrecadados ficariam fora do teto de gastos e seriam aproveitados para abater a dívida pública (60%), pagar precatórios (20%) e benefícios sociais (20%) – precatórios são dívidas decorrentes de sentenças judiciais.

Com a proposta de parcelamento, a PEC deve abrir espaço de cerca de R$ 40 bilhões no Orçamento de 2022.

Em sua fala, Arthur Lira sinalizou que dará prioridade aos dois textos em questão: “A Câmara vai se dedicar a fazer o melhor, dentro do possível economicamente. A MP e a PEC dos Precatórios também terão de ser analisadas antes do envio da proposta do orçamento para ter previsibilidade e perenidade nas ações do poder Executivo em 2022”.

  • Entrega da MP do Auxílio Brasil. Foto: Marcos Corrêa (PR)

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Aliados apostam em Ciro Nogueira para reverter rejeição de Bolsonaro no Nordeste https://canalmynews.com.br/politica/aliados-apostam-em-ciro-nogueira-para-reverter-rejeicao-de-bolsonaro-no-nordeste/ Thu, 05 Aug 2021 14:11:54 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/aliados-apostam-em-ciro-nogueira-para-reverter-rejeicao-de-bolsonaro-no-nordeste/ Pesquisa da Genial Quaest mostra que rejeição ao presidente na região chega a 56%, bem acima dos 44% da média nacional

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O senador Ciro Nogueira (PP-PI) assumiu nesta quarta-feira (4) o comando da Casa Civil com uma lista extensa de tarefas a cumprir. Em seu discurso de posse, destacou que a política às vezes provoca “trepidações” e se colocou como um “amortecedor” para o presidente Jair Bolsonaro. Integrantes do Planalto, no entanto, que já viram outros ministros assumirem com missão parecida, sem sucesso, têm expectativas mais eleitoreiras para Nogueira. Esperam que ele consiga reverter a forte rejeição do presidente no Nordeste.

Senador Ciro Nogueira, novo comandante da Casa Civil, ao lado do presidente Jair Bolsonaro
Senador Ciro Nogueira, novo comandante da Casa Civil, ao lado do presidente Jair Bolsonaro. Foto: Isac Nóbrega (PR)

Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta, mostra que a rejeição a Bolsonaro na região chegou a 56% em agosto, sete pontos percentuais a mais do que em julho. É um cenário ruim e que continua piorando. A rejeição média nacional é de 44%.

Ciro vem do Piauí e fez questão de destacar sua origem durante a cerimônia de posse no Palácio do Planalto. Disse que a escolha do nome dele para a Casa Civil homenageia todos os nordestinos: “Podemos dizer que vossa excelência trouxe para o coração do seu governo um nordestino, para compartilhar com ele uma parte significativa das importantes decisões que o senhor tem de tomar. O Nordeste está no núcleo do poder, presidente, por sua decisão”, disse dirigindo-se a Bolsonaro.

Auxiliares do presidente apostam em Nogueira para costurar uma agenda capaz de reverter o cenário desfavorável. Como ministro da Casa Civil, será responsável por articular as ações de todos os ministérios.

A principal aposta é a reformulação do Bolsa Família, capitaneada por outro nordestino, o ministro da Cidadania, João Roma. Técnicos da pasta preveem o envio da medida provisória ainda esta semana. O novo programa deve se chamar “Auxílio Brasil”, de modo a associá-lo ao auxílio emergencial, pago na gestão Bolsonaro. A ideia é desvincular o programa de transferência de renda do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A aposta em Ciro Nogueira para reverter a rejeição presidencial foi um dos temas abordados no programa ‘Café do MyNews‘ desta quinta-feira (5).

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Bolsonaro estuda usar valor do abono do PIS/Pasep para incrementar Bolsa Família https://canalmynews.com.br/economia/bolsonaro-estuda-usar-valor-do-abono-do-pis-pasep-para-incrementar-bolsa-familia/ Thu, 17 Jun 2021 15:30:41 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/bolsonaro-estuda-usar-valor-do-abono-do-pis-pasep-para-incrementar-bolsa-familia/ O abono salarial, que equivale a um salário mínimo e é pago aos trabalhadores de carteira assinada, pode ser extinto

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Para conseguir aumentar a quantia média do Bolsa Família para R$ 300,00, o presidente Jair Bolsonaro avalia utilizar as verbas de pagamento do abono salarial do PIS/Pasep. A reformulação do programa social é uma das promessas do presidente e de sua equipe econômica, que buscam encaixar as mudanças nas regras orçamentárias. 

Ministro da Economia Paulo Guedes afirma que governo deve apresentar novidades relacionadas aos programas sociais nos próximos dias.
Ministro da Economia Paulo Guedes afirma que governo deve apresentar novidades relacionadas aos programas sociais nos próximos dias. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom (Agência Brasil).

O abono equivale a um salário mínimo e é distribuído anualmente aos trabalhadores de carteira assinada que recebem até dois salários mínimos por mês.

Desde que Bolsonaro anunciou nesta terça-feira (15) a elevação para R$ 300,00 do Bolsa Família, tem se falado de corte de gastos e realocação de recursos. Na avaliação da chefe de Economia da Rico Investimentos, Rachel Sá, a prorrogação do auxílio emergencial permite que “sobre” dinheiro para essas mudanças. Isso porque o orçamento de ações voltadas ao combate à covid-19, como o que financia o auxílio emergencial, não atende às regras do teto e o auxílio tem substituído o Bolsa Família em 10 milhões de casas. Ou seja, a renda que têm sido paga a essas famílias é financiada por fora do teto, enquanto a verba do Bolsa Família fica, por enquanto, reservada. 

Mas Rachel alerta que, para aumentar permanentemente o Bolsa Família, será realmente necessário um encaixe no teto de gastos, especialmente para atender mais pessoas e diminuir a fila de espera por este recurso. Com a elevação do valor, fica ainda mais caro aumentar a cobertura de beneficiários. E, por isso, é necessário tirar de outros suportes, como do abono salarial. 

Após declaração de Bolsonaro, o ministro da Economia Paulo Guedes afirmou nesta quinta-feira (17), no 1º Fórum da Cadeia Nacional de Abastecimento, que o ministro da Cidadania, João Roma, está desenvolvendo novos programas sociais e que equipe interministerial voltada para o tema será criada.

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Senador apresenta proposta para prorrogar auxílio emergencial https://canalmynews.com.br/economia/senador-apresenta-proposta-para-prorrogar-auxilio-emergencial/ Mon, 14 Dec 2020 23:18:08 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/senador-apresenta-proposta-para-prorrogar-auxilio-emergencial/ Benefício seria estendido por mais três parcelas de R$ 300, a serem pagas até março de 2021

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O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), protocolou nesta segunda-feira (14) um projeto para prorrogar o auxílio emergencial por mais três meses, até o fim de março de 2021. Essa proposta também estende o estado de calamidade pública pelo mesmo período. A previsão é que o benefício termine neste mês de dezembro.

A justificativa para a criação do que o senador chamou de “auxílio emergencial residual” é a falta de vacinas contra a COVID-19 e de um plano concreto de vacinação no momento em que aumenta o número de casos da doença em todo o Brasil. Além da desistência do governo de criar um novo programa social, mais amplo que o Bolsa Família, que chegou a ser chamado de Renda Cidadã.

Alessandro Vieira foi o relator do projeto que instituiu o benefício durante a pandemia. Mais cedo ele falou no Twitter sobre a proposta de estender o auxílio:  

O professor Lauro Gonzalez, coordenador do Centro de Estudos de Microfinanças e Inclusão Financeira da FGV, não tem dúvida de que o auxílio deve ser estendido, apesar do peso que pode significar nas contas públicas.

O economista considera que os efeitos da pandemia não passaram, é possível que o país tenha que retornar às medidas de isolamento, o desemprego está crescendo e, com o fim do auxílio, um contingente muito grande de pessoas vai ficar sem renda.

Imagem do Aplicativo Auxílio Emergencial, do governo federal.
Imagem do Aplicativo Auxílio Emergencial, do governo federal.
(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Além disso, Gonzalez considera que a retomada econômica vai ser lenta e que o auxílio pode contribuir para a aceleração.

“É preciso recorrer a um cardápio variado de fontes de financiamento, cardápio esse que o governo dispõe. E eu acredito que o esforço adotado pode contribuir para uma queda menor do PIB. Isso é uma coisa importante. Se por um lado há um gasto e um débito decorrente do pagamento do auxílio, de outro ele é capaz de preservar a economia e a capacidade de retomada em um contexto pós-pandemia”, explica o economista.

Gonzalez também acredita que o governo vai ter oportunidades de fazer o ajuste fiscal ao longo de 2021 e 2022, “mas precisa esclarecer qual vai ser a política fiscal, qual estratégia vai ser adotada para ajustar as contas”.

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