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]]>Para reverter esse cenário, como propõe o ministro Fernando Haddad (que tem sido cobrado pelo presidente Lula), é necessário adotar medidas consistentes de responsabilidade fiscal e promover reformas que inspirem confiança nas agências de rating. Já começamos com um belo desafio visto que responsabilidade fiscal parece sem um palavrão aqui no Brasil.
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Fato é que nosso país entrou em uma espiral de desconfiança financeira após 2015 por uma combinação de fatores, incluindo a crise política do governo Dilma Rousseff, o aumento expressivo do déficit fiscal e a recessão econômica. O sociólogo Carlos Melo analisa esse período como um “colapso da governança fiscal”, em que a incapacidade de controlar os gastos públicos gerou um quadro de incerteza econômica. Combinado à instabilidade política, o Brasil se tornou um risco elevado para os investidores internacionais, que exigiam garantias de que o país poderia voltar a crescer de forma sustentável.
A partir de 2016, com o impeachment de Dilma e a adoção de medidas de austeridade, houve uma tentativa de recuperar o equilíbrio fiscal, mas os desafios estruturais persistiram. O economista Marcos Lisboa argumenta que, embora o governo de Michel Temer tenha implementado medidas importantes, como o teto de gastos, o crescimento econômico foi fraco e insuficiente para restaurar a confiança plena no Brasil. Além disso, a instabilidade política continuou a ser um empecilho, com frequentes crises entre o Executivo e o Legislativo e uma sensação de paralisia no avanço de reformas necessárias.
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Entre 2019 e 2022, o governo Bolsonaro enfrentou novos obstáculos na tentativa de atrair investimentos internacionais, agravados pela pandemia da Covid-19. O aumento da dívida pública, combinado com a falta de coordenação política e o crescente populismo fiscal, enfraqueceu a posição do Brasil perante as agências de rating. Segundo Paul Krugman, políticas que priorizam estímulos econômicos de curto prazo em detrimento da responsabilidade fiscal de longo prazo podem ter efeitos adversos, como o aumento da inflação e a redução da confiança dos investidores, como foi observado durante o período.
Hoje, o esforço de Fernando Haddad para retomar o grau de investimento passa pela implementação de uma política econômica mais previsível e a reestruturação da dívida pública, de olho na importância de estabilizar as finanças públicas para garantir uma recuperação sustentável. A retomada do grau de investimento traria uma série de benefícios, incluindo a redução do custo da dívida e maior atração de capital estrangeiro, o que seria essencial para o crescimento econômico a longo prazo.
Para que o Brasil consiga recuperar sua credibilidade internacional, será necessário um compromisso político robusto com as reformas econômicas, como a reforma tributária e a reforma administrativa, além de políticas de longo prazo que controlem o déficit fiscal e estimulem a produtividade. Ao recuperar o grau de investimento, o país poderá não apenas reduzir os custos financeiros, mas também promover uma retomada econômica sustentada, com base em princípios de responsabilidade e transparência fiscal, que são a base para uma política econômica bem-sucedida, segundo o economista José Roberto Afonso. Será que o Brasil consegue?
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]]>Por exemplo, fazer planos com alguém que se ama implica confiança para comprar, vender, investir. “Confiança é a segurança baseada em nossas esperanças”, segundo o dicionário de sinônimos de Antenor Nascentes. Então, a esperança no futuro com o ser amado está baseada na confiança mútua.
O tema confiança em economia movimentou minha timeline no Twitter na semana passada. “Há anos ou décadas não percebemos que, no mundo atual, a confiança virou um fator de produção”, tuitou o senador Cristovam Buarque. Flávio Reis respondeu: “Confiança é a base do tecido social! Sua ausência deixa o tecido esgarçado, frágil, susceptível às rupturas”.
No entanto, no (des)governo de Bolsonaro, falta confiança até mesmo entre os seus apoiadores. Por isso, ainda que tenha 51% de aprovação entre os empresários, o presidente não consegue fazê-los investir no País.
Creio que nem mesmo o alto endividamento público interno, de per si, seria capaz de afastar de tal forma os investidores. O problema é, sim, falta de confiança. Confiança na gestão pública federal que não consegue lidar com os desafios brasileiros.
Por outro lado, há muitas oportunidades associadas a governos estaduais que estão sendo aproveitadas por investidores atentos. São projetos de infraestrutura, de tecnologia e assim por diante. Para mostrar tudo isto, criamos a série “Olhar para o Futuro”, aqui mesmo, no site do Mynews.
Seria bom o que Governo Federal se inspirasse nos exemplos que serão mostrados.
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]]>Resultados de indicadores do primeiro mês de 2021 mostram que o ano começou com queda na confiança do consumidor e em quatro setores da economia que são monitorados pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da FGV.
O documento com a síntese das sondagens mostra que as expectativas pioraram pelo quarto mês consecutivo. Segundo a FGV, “a novidade foi a queda mais expressiva dos indicadores que medem a percepção com a situação atual pelas empresas, um sinal de desaceleração do nível de atividade”.
Em janeiro, o Índice de Confiança Empresarial (ICE) caiu 2,2 pontos em relação a dezembro, para 93 pontos. As expectativas do consumidor também recuaram. A queda foi de 2,7 pontos no mês, começando o ano em 75,8 pontos – menor nível desde junho do ano passado.
Na Indústria, depois de oito altas consecutivas, o índice que mede a temperatura do setor recuou em janeiro para 111,3 pontos. O setor é o único que não está abaixo dos 100 pontos, o patamar que é considerado “neutro” — abaixo disso, a percepção é de baixa confiança.
O setor de Serviços, o mais atingido pela pandemia, continua apresentando os piores resultados em relação à confiança do empresariado. O Índice de Confiança de Serviços (ICS) da FGV recuou 0,7 ponto em janeiro para 85,5 pontos.
Em entrevista ao Dinheiro Na Conta, o CEO da Grant Thornton Brasil, Daniel Maranhão, lembra que a confiança dos empresários é importante para dar o tom sobre o crescimento da economia. Segundo ele, manter a confiança elevada dos empresários é manter “uma perspectiva de crescimento.
“O otimismo vai trazer a confiança para os empresários e a confiança se traduz em expectativa para aumentar as vendas, aumentar a contratação de pessoas. E tudo isso acaba gerando novos investimentos na roda da economia do país”, avalia Maranhão.
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]]>O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), feito pela Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), começou o ano de 2021 em queda. O recuo foi de 2,2% em janeiro e o índice passou para os 105,8 pontos. Na comparação anual, a variação negativa foi de 16,4%.
Essa foi a segunda queda mensal consecutiva. Apesar do início de ano em queda, a CNC ressalta que o índice continua acima dos 100 pontos, portanto permanece no patamar de otimismo. Mas porque o início de ano com mais desconfiança do empresariado do comércio?
O economista da CNC Antonio Everton afirmou, em nota, que o contexto desfavorável na economia levou ao desempenho de queda no indicador de dezembro para janeiro. Entre os fatores de incerteza, ele destacou o aumento do dólar, o endividamento de empresas, o reajuste dos preços de aluguel e a cautela do consumidor.
“A predominância das percepções adversas também pode ter relação com a necessidade de se fazer investimentos em tecnologia e logística para avançar no e-commerce”, afirma
Em entrevista ao Dinheiro Na Conta da última terça-feira (19), Arnaldo Curvello, sócio-diretor da Galapagos WM, falou sobre o ambiente de cautela também no mercado financeiro. Para ele, a principal política para retomada econômica deveria ser o controle da pandemia e os atrasos do Brasil nesse tema acendem o alerta de preocupação.
“A melhor melhor maneira de retomar a economia é ter uma política de combate à Covid-19. E o único plano existente é a partir da vacinação. Mas infelizmente o Brasil não se preparou para isso”, explica.
Segundo ele, essa falta de preparo para controlar a pandemia se refletiu na desvalorização do real frente ao dólar durante o ano de 2020. O real foi uma das moedas que mais se desvalorizou em relação aos pares emergentes.
Para Curvello, a notícia sobre início da vacinação traz certo otimismo, mas as preocupações sobre o processo de imunização no país ainda causa desconfianças. “Do ponto de vista econômico, a notícia faz com que a gente desvie a rota do precipício que a gente estava indo”.
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