As novas doses serão recebidas pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e pela representante da OMS no Brasil, Socorro Gross. Ontem, um outro voo já havia entregado 220 mil doses do imunizante. Ao todo, o Brasil tem direito a mais de 10 milhões de doses que serão distribuídas pela Covax Facility, iniciativa que é coordenada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

As remessas chegam em um momento em que ao menos nove capitais tiveram que paralisar a vacinação pela falta de imunizantes: Aracaju, Campo Grande, Goiânia, Macapá, Maceió, Natal, Porto Alegre, Porto Velho e Recife. Todas as doses serão distribuídas ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), mas ainda não tiveram os destinos divulgados.

Segundo balanço do Ministério da Saúde, considerando essa nova remessa, foram disponibilizados, por meio de fabricação no país ou importação, 17,1 milhões de doses em um intervalo de seis dias, contando a partir do dia 28 de abril. 

No dia 29, o Brasil recebeu 1 milhão de doses da Pfizer. Já no dia 30 foram entregues 6,5 milhões de doses da Oxford/AstraZeneca, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Além de 420 mil da Coronavac, parceria entre o Instituto Butantan e a farmacêutica chinesa Sinovac.

De acordo com o consórcio de veículos de imprensa, o número de pessoas vacinadas no Brasil com ao menos uma dose contra a covid-19 chegou a 31.812.086 no sábado (1). A marca equivale a 15,02% da população total.

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A primeira pessoa a ser vacinada foi o presidente ganês, Nana Akufo-Addo, de 76 anos. Addo recebeu a dose primária da vacina de Oxford/AstraZeneca, produzida pelo Instituto Serum, da Índia.

Com cerca de 30 milhões de habitantes, Gana registra mais de 84 mil casos confirmados e 607 mortes, de acordo com dados divulgados pela Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos.  

Covax

A Covax é uma coalizão de 165 países, desenvolvida para impulsionar a produção e distribuição de imunizantes contra o coronavírus. A meta é fornecer vacinas, ainda em 2021, a 20% da população de 200 nações, classificadas entre subdesenvolvidas e emergentes, evitando, assim, a monopolização pelos países mais ricos.

A aliança firmou parceria com o Instituto Serum para receber 1,1 bilhão de doses das vacinas Oxford/AstraZeneca e da Novavax. O convênio conduzido pela OMS assinou acordos para obter 2 bilhões de doses nesse ano, com a opção de acrescer mais um bilhão de imunizantes ao pedido inicial.

O Brasil faz parte do consórcio e deve receber 10,6 milhões de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca já no primeiro semestre – entre 2,6 milhões e 3,7 milhões até março e entre 6,9 milhões e 8 milhões até junho, segundo a Covax.

O Ministério da Saúde afirmou em outubro que contribuição do Brasil na aliança global da OMS previa o recebimento de 42 milhões de doses de vacinas, o suficiente para proteger 10% da população com duas doses.

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