Arquivos crescimento econômico - Canal MyNews – Jornalismo Independente https://canalmynews.com.br/tag/crescimento-economico/ Nosso papel como veículo de jornalismo é ampliar o debate, dar contexto e informação de qualidade para você tomar sempre a melhor decisão. MyNews, jornalismo independente. Tue, 17 Sep 2024 19:24:18 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 Brasil cresce em meio a juros altos e desafia a lógica econômica. Como? https://canalmynews.com.br/outras-vozes/brasil-cresce-em-meio-a-juros-altos-e-desafia-a-logica-economica-como/ Tue, 17 Sep 2024 19:24:18 +0000 https://localhost:8000/?p=46757 Fenômeno pode ser explicado por diversos fatores, entre eles o peso das exportações de commodities e o papel do setor agrícola e mineral

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A notícia intitulada “Impressiona o Brasil crescer com juros tão altos”, publicada no Estadão com a fala do economista global Robert Sockin, do Citigroup, levanta questões cruciais sobre a resiliência da economia brasileira frente a um cenário de política monetária apertada, com taxas de juros que se mantêm elevadas. No entanto, o Brasil continua a registrar crescimento, um fato que desafia o convencionalismo econômico. Isso pode ser explicado por diversas teorias econômicas, incluindo aquelas que exploram a interseção entre política monetária, expectativas de mercado e fatores estruturais da economia.

O economista John Maynard Keynes (sempre ele!) propôs que, em situações em que a demanda agregada é baixa, o aumento dos juros tende a desestimular o investimento e o consumo. No caso do Brasil, porém, o efeito não tem sido tão claro.

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Um dos fatores que pode estar contribuindo para esse cenário paradoxal é o peso das exportações de commodities e o papel do setor agrícola e mineral, que continuam a impulsionar a economia brasileira, como argumenta Celso Furtado em estudos sobre o desenvolvimento econômico de base exportadora. O Brasil, ao manter uma balança comercial robusta e continuar exportando para mercados como a China, encontra na demanda externa um amortecedor contra os efeitos de juros altos.

A resiliência da economia brasileira pode estar associada também a uma estrutura financeira relativamente sólida. Nela, os bancos se mantêm capitalizados e o sistema bancário, como um todo, está preparado para lidar com choques de política monetária, algo que autores como Hyman Minsky estudaram em relação à estabilidade financeira. Mesmo com altos níveis de juros, o mercado financeiro brasileiro tem demonstrado adaptabilidade, utilizando instrumentos como o crédito subsidiado para segmentos estratégicos e programas de auxílio para pequenos empreendedores, que mantém o ciclo de negócios ativo.

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Há ainda uma explicação complementar, embasada a partir das ideias do economista Joseph Schumpeter. Segundo ele, mesmo em momentos de recessão ou desaceleração, economias que conseguem fomentar a inovação e a mudança tecnológica podem manter um ritmo de crescimento. No Brasil, há sinais de que setores como o de tecnologia da informação, fintechs e energias renováveis continuam a avançar, independentemente das dificuldades impostas pela política monetária.

Por fim, vale destacar que a trajetória de crescimento do Brasil com juros altos também revela limitações no curto prazo. De acordo com Milton Friedman, os efeitos plenos de uma política monetária podem levar tempo para se materializar.

Embora a economia esteja crescendo agora, as expectativas para 2025, como mencionado por Robert Sockin, apontam para uma possível desaceleração. Isso destaca a necessidade de ajustes nas políticas fiscais e monetárias para garantir um crescimento sustentável a longo prazo, sem que o país sofra os efeitos adversos de uma inflação persistente ou de uma retração severa do consumo e do investimento privado.

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Deserto de ideias https://canalmynews.com.br/colunistas-convidados/deserto-de-ideias/ Wed, 07 Feb 2024 04:26:14 +0000 https://localhost:8000/?p=42299 A polarização no Brasil não é entre esquerda e direita, mas sim entre progressistas de diversas matizes e trogloditas

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A discussão sobre o crescimento econômico é realmente complicada. Engana-se quem acha que o problema é um debate polarizado entre esquerda e direita. A polarização no Brasil não é entre esquerda e direita, mas sim entre progressistas de diversas matizes e trogloditas. É um deserto de ideias.
Deveria ocorrer uma aliança dos lúcidos (de tendências diversas) versus os neandertais. Estes, na infinitude da sua respectiva pequenez, se agrupam por instinto. Já os lúcidos , apesar de lúcidos, as vezes ficam presos as suas respectivas matilhas.
O embate no Brasil de hoje não é simplesmente entre comunistas (se é que ainda existem nos termos definidos no século XIX) e liberais; o embate hoje é progressistas (de diversos matizes) e os trogloditas.
Há 90 anos uma elite esclarecida criou a USP, agora o objetivo desse grupo que estamos chamando de neandertais é destruir a USP.
Crescimento econômico tem a ver com produtividade e esta com a educação.
E como a educação é tratada pelos neandertais? Como mercadoria para obtenção de lucro e não como direito para a construção da cidadania e, por conseguinte, como melhora do padrão de vida com o crescimento econômico.
Entre comunistas e liberais são poucos que demonstram lucidez. O resto é um deserto de ideias.

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“Sou comunista, mas não sou doido” https://canalmynews.com.br/mara-luquet/sou-comunista-mas-nao-sou-doido/ Mon, 05 Feb 2024 18:44:00 +0000 https://localhost:8000/?p=42252 Se trocarmos comunista por liberal a frase dita por Gilberto Maringoni, professor da Universidade Federal do ABC e um político do PSOL, poderia ser de André Lara Resende, um liberal, ex-banqueiro, que também não é doido. Em comum, além de pilotarem aviões e planadores, os dois trazem ideias novas para destravar o crescimento brasileiro: as décadas perdidas

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Os dogmas à esquerda e à direita têm impedido um debate sério sobre este que é o maior problema do país: as décadas perdidas de crescimento econômico. “Sou comunista, mas não sou doido”, diz Maringoni. “Sou liberal, mas sem o Estado não há como ter um programa inteligente e ambicioso de crescimento”, diz Lara Resende. Os dois não são doidos, mas os dois são exceções nos seus respectivos espectros políticos. 

Lara Resende e Maringoni não se deixam empolgar com notícias como a subida do Brasil no ranking de maiores economias ou aprovação de arcabouço fiscal, só para citar dois exemplos que são alvos de festejos. Por não serem doidos sabem que estamos cada vez mais distante de conseguir resgatar o orçamento público brasileiro sequestrado ao longo das últimas décadas pelo corporativismo, seja ele de sindicatos (de patrões e de empregados), do judiciário, do funcionalismo e de emendas parlamentares de políticos.

O debate brasileiro para esta questão importantíssima que é o bom uso do meu, do seu, do nosso dinheirinho tão duramente conquistado com o suor do nosso trabalho, o dinheiro público, aquele que chega no caixa do governo por meio dos impostos, não avança e o dinheiro para políticas públicas e investimento se esvai numa velocidade assustadora.

Faltam ideias. Há muitas notícias que têm o papel de animar, mas pouca coisa prática que alimente um crescimento sustentável que nos tire da pobreza. A subida no ranking das maiores economias, por exemplo. O Brasil, vimos recentemente, saiu da 11ª economia para a 9ª economia mundial e deve chegar a 8ª posição até 2026, segundo projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Mas o que isto significa de fato? O Brasil continua a ter uma baixa inserção internacional.  Somos a 25ª economia em importação de produtos e a 26ª em exportação de produtos, apesar do nosso tamanho. Apenas 1,5% de todas as startups são no Brasil. “A exportação que significa 40% do PIB brasileiro é representada apenas por um grupo de cinco a seis produtos. Existe uma oportunidade enorme de avançar nesses indicadores”, diz Cláudio Garcia, professor da New York University e titular da coluna Conexão Global aqui no MyNews (veja aqui mais informações sobre a inserção brasileira no mundo )

São muitas oportunidades. Mas onde está o planejamento? O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, esforça-se para entregar ao mercado financeiro as métricas de rigor fiscal que fazem a bolsa, os juros e o câmbio, subir e descer conforme seus avanços ou retrocessos. Para tentar juntar esse objetivo liberal ao perfil de esquerda do governo que quer, e precisa, gastar, envia-se ao Congresso medidas para aumentar a arrecadação e fazer esta conta fechar. Para conquistar a boa vontade dos deputados e senadores, mesmo os de oposição, o governo abre a carteira das emendas parlamentares. 

Assim, o dinheiro público irriga projetos que dão votos, mas não são catalisadores de crescimento. 

Uma reforma política, portanto, seria necessária para por fim à orgia com recursos públicos, mas parece utópica, não se discute. “Afinal a proposta teria que ser aprovada pelos mesmos deputados e senadores que se beneficiam com as atuais regras. Veja coluna Conversas dom Cid aqui 

O professor Raul Velloso, reconhecido estudioso em contas públicas, tem alertado para a falência em sucessivos governos de promover o desenvolvimento brasileiro de longo prazo. A média anual do crescimento do PIB brasileiro de 2014 a 2022 segundo estudo de Velloso, foi negativa em 0,6%. Se aumentarmos o período de analise podemos enxergar nos gráficos os chamados voos da galinha brasileira (veja a entrevista na íntegra aqui )

Velloso é enfático, sem investimento em infraestrutura não há como crescer. Os investimentos públicos no setor desabaram nas últimas décadas. E o investimento do setor privado no mesmo período mantém-se estagnado ao redor de 1% do PIB. 

“Devemos ter um trimestre ainda com o impulso do crescimento do ano passado, mas a partir daí, sem investimentos de monta é possível que tenhamos uma desaceleração. O governo conta com uma chuva de PPIs para alavancar a economia e algum efeito que os precatórios possam ter. Tenho dúvidas”, diz Maringoni.

Em suma, uma proposta de políticas públicas para a próxima década, cujo objetivo é a formulação de uma estratégia de retomada do crescimento, sustentável e socialmente inclusiva, deve partir da constatação de que as políticas públicas são responsabilidade do Estado. Sem governo e Estado competentes não há como formular e implementar políticas públicas.  Como diz estudo coordenado por Lara Resende no Cebri (veja a íntegra aqui

“O Brasil precisa de um Estado inteligente com programas ambiciosos de crescimento poderia estar crescendo de 7 a 8% ao ano” , diz Lara Resende. “ A repetição de dogmas e falta de ideias da esquerda e da direita é uma vergonha”, acrescenta.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Brasil vai crescer mais que os pessimistas estão prevendo, diz Lula https://canalmynews.com.br/politica/politica-brasil-vai-crescer-mais-que-os-pessimistas-estao-prevendo-diz-lula/ Fri, 07 Apr 2023 21:14:01 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=36872 Presidente retomou agendas públicas esta semana após se tratar de pneumonia

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Brasília (DF), 03/04/2023 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros fazem reunião de balanço de 100 dias de governo, no Palácio do Planalto.

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta segunda-feira (3), que não concorda com as “avaliações negativas” que preveem crescimento do país em menos de 1%. “Vamos ver o que vai acontecer quando a chamada economia micro, pequena e média começar a acontecer nos rincões desse país. Vamos ver o que vai acontecer quando as pessoas começarem a produzir mais, a comprar mais, a vender mais. Vamos perceber que a economia vai dar um salto importante”, disse.

A previsão do mercado financeiro para o crescimento da economia brasileira neste ano é de 0,9%, segundo o boletim Focus de hoje. O Ministério da Fazenda projeta o Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país) em 1,6%.

Há também as previsões do Banco Central, que é de 1,2%, de acordo com o Relatório de Inflação divulgado semana passada, e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que prevê um PIB de 1,4% neste ano.

Lula comandou hoje a terceira reunião ampliada com ministros, desta vez da área produtiva e institucional, no Palácio do Planalto. Ele retomou as agendas públicas após o afastamento para tratar de uma pneumonia.

No mês passado, o presidente já reuniu ministros da área de infraestrutura, para discutir o novo plano de investimentos do governo federal, em substituição ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e ministros da área social. O objetivo dessas reuniões é que cada pasta apresente um balanço e a projeção do que será anunciado no marco de 100 dias de governo, na semana que vem, além dos planos para 2023 e os próximos anos.

Para Lula, o Brasil crescerá mais do que “os pessimistas estão prevendo”, desde que o governo também acredite nesse crescimento e faça os investimentos necessários.

“Vai acontecer mais coisa no Brasil do que as pessoas estão esperando e vai depender muito da disposição do governo. Vai depender muito da disposição e do discurso do pessoal da área econômica, da área produtiva, porque se ficarmos apenas lamentando aquilo que a gente acha que não vai acontecer, ninguém vai investir em cavalo que não corre. Se você está em uma corrida de cavalos dizendo que seu cavalo é pangaré, que seu cavalo está com gripe, que está cansado, ninguém vai fazer nenhuma aposta”, argumentou o presidente.

Presentes na reunião, Lula citou os ministros da Agricultura, Carlos Fávaro, e da Fazenda, Fernando Haddad. “Se olhar para a cara do ministro Fávaro, que voltou da China com um grupo de empresários, vocês vão perceber que é 150% de otimismo. Se olhar para a cara do Haddad depois do marco regulatório que ele fez, olha a cara dele de felicidade, significa que estamos acreditando que vai passar a nossa tão sonhada nova política tributária nesse país”, exemplificou o presidente sobre o otimismo da equipe com seus projetos.

Para ele, a “obsessão” do governo é fazer investimentos e impulsionar a geração de empregos. “Temos que ter como obsessão fazer esse país voltar a crescer. Porque o país crescendo, vai gerar emprego, vai gerar salário, vai gerar aumento de consumo do povo, a roda gigante da economia volta a funcionar e todo mundo vai voltar a ser otimista nesse país”, disse.

100 dias
Na próxima segunda-feira (10), o governo completa 100 dias de atividades e, segundo Lula, haverá uma reunião com todos os ministros para apresentar o plano de trabalho para os próximos períodos.

Segundo ele, a nova gestão conseguiu recuperar quase todas as políticas sociais que haviam sido “desmontadas” pelo governo anterior. “Parece que falta o Água para Todos ou Luz para Todos, esse programa que é o último programa social que vamos lançar”, disse.

 

Assista a análise de Ricardo Kotscho no Almoço do MyNews:

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É proibido pedir esmola nos trens e nas estações https://canalmynews.com.br/voce-colunista/e-proibido-pedir-esmola-nos-trens-e-nas-estacoes/ Thu, 07 Jul 2022 17:12:10 +0000 https://canalmynews.com.br/?p=31225 Se há um crescimento econômico, talvez realmente haja, por que isso não se reflete em nada para a população?

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Na semana passada assisti, eventualmente, a um vídeo em que Paulo Guedes, o ministro da economia, dizia que o Brasil estava à frente dos Estados Unidos na política monetária e que Joe Biden, presidente dos EUA, estava seguindo a trilha do presidente Jair Bolsonaro. Neste mesmo discurso ainda, Guedes afirmava uma previsão de crescimento de 1,7% no PIB do Brasil e dizia que o país está rumo a um crescimento. Como não sou economista, talvez eu esteja muito longe de bem saber os parâmetros do ministro para entender como se prevê este tal do crescimento. Porém, como venho acompanhando e analisando a população, digo que a realidade da maioria do povo é bem diferente do que diz o ministro.

O título que escolhi para esta reflexão é um anúncio que sempre ouço no metrô de São Paulo e há muito venho pensando quanto é válido este anúncio que se repete a cada 5 minutos tanto nos trens quanto nas estações de metrô, pois sempre vejo alguém pedir esmola ou fazer comércio ambulante apesar desta proibição. Mas não é somente isso. Quão válida é essa proibição em uma sociedade em que contamos com um número significante de desemprego e de insegurança alimentar. Só na cidade de São Paulo o número da população em situação de rua deve estar acima de 32 mil. O último censo da população em situação de rua feito pela Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) da Prefeitura de São Paulo revelou que no final de 2021 havia 31.884 pessoas em situação de rua.

Estas pessoas, de alguma forma, conseguem acessar o metrô, o trem e o ônibus para pedir esmola ou vender produtos pequenos (como fone de ouvido etc.) para poder pelo menos ter uma refeição ou levar algo para que os filhos – também em situação de rua – possam comer. Eles têm acesso a estes meios de transporte como mero direito civil deles, mas lhes é negado o direito mais básico de viver dignamente pelo menos vendendo algum produto que facilite ao menos a compra de um lanche que será provavelmente a única refeição do dia.

Recentemente estive em um shopping com alguns amigos e vi que agora as pessoas pedem alguma ajuda financeira por lá também. Ou seja, o pedido de esmolas já não é mais limitado ao metrô e trem. Está acontecendo em vários lugares e está cada vez mais rotinizado no nosso dia a dia, em qualquer lugar da cidade, ver alguém em situação de vulnerabilidade sem o que comer.

Diante desta situação, pergunto-me onde é que cabe a fala supracitada do ministro. Se há um crescimento econômico, talvez realmente haja, por que isso não se reflete em nada para a população? As situações que citei são apenas casos que vejo na cidade de São Paulo. Deve haver vários outros piores em outras cidades brasileiras. Onde será que o dinheiro público está indo ao invés de ajudar o brasileiro a ter o que comer no seu dia a dia? Ou será que o crescimento previsto pelo ministro é limitado apenas à sua bolha ideológica?

Vendo um dos últimos exemplos de escândalo que ocorreram, parece que, sim, o governo atual sabe bem para onde direcionar a verba pública: as instituições, prefeituras e lugares bem definidos pelos aliados de Jair Bolsonaro onde eles conseguem “rachar” uma parte destas verbas ou recebem outros privilégios em troca disso, como supostamente bíblias ou barras de ouro com direito ao pressentimento caso haja operação da Polícia Federal.

Pois é, meus amigos e minhas amigas. É proibido pedir esmolas nos trens e nas estações, mas é totalmente permitido morrer de fome e de frio por não ter abrigo e condição para comprar um pão sequer.

 

*Atilla Kuş – Cientista da religião, mestre e doutorando em Ciência da Religião pela PUC-SP. Membro do Centro de Estudos das Religiões Alternativas e de Origem Oriental no Brasil-CERAL da PUC-SP. 

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PIB brasileiro cresce 1,2% e retorna ao patamar pré-pandemia https://canalmynews.com.br/economia/pib-brasileiro-cresce-12-e-retorna-ao-patamar-pre-pandemia/ Tue, 01 Jun 2021 17:52:32 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/pib-brasileiro-cresce-12-e-retorna-ao-patamar-pre-pandemia/ Dados divulgados pelo IBGE mostram que o primeiro trimestre do ano superou em 1% o mesmo período de 2020. Importação e agropecuária foram os principais setores responsáveis pela alta

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O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 1,2% no primeiro trimestre de 2021, em comparação direta com o último trimestre do ano passado. Os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta segunda-feira (1º) mostram que, depois dos recuos no primeiro (-2,2%) e no segundo (-9,2%) trimestres de 2020, a economia doméstica do Brasil está se recuperando, atestando o terceiro resultado favorável consecutivo.  

Alta no PIB do primeiro trimestre de 2021 é fomentada pela retomada econômica
Alta no PIB do primeiro trimestre de 2021 é fomentada pela retomada econômica. Foto: Roberto Parizotti.

O número apresentado demonstra que o PIB retornou ao patamar verificado no quarto trimestre de 2019, período pré-pandemia – em relação aos três primeiros meses de 2020, a economia cresceu 1% no início desse ano. No acumulado dos últimos 12 meses, no entanto, a soma ainda resulta em uma queda de 3,8% quando a referência é o período anterior.

Em 2020, freada pela pandemia, a reunião de todos os bens e serviços finais produzidos em território nacional registrou um tombo de 4,1% em comparação com o ano anterior, o maior recuo anual da série iniciada em 1996, fator que interrompeu uma sequência de três anos de crescimento.

Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 2,048 bilhões no primeiro trimestre deste ano. A expansão econômica foi conduzida, principalmente, pelos resultados positivos na importação (11,6%), agropecuária (5,7%), investimentos (4,6%), exportação (3,7%), na indústria (0,7%) e nos serviços (0,4%).

Nos serviços, que contribuem com 73% de todo o Produto Interno, o avanço foi salientado, especificamente, pelos setores de transporte, armazenagem e correio (3,6%), intermediação financeira e seguros (1,7%), informação e comunicação (1,4%), comércio (1,2%) e atividades imobiliárias (1%) – outros serviços ficaram estáveis (0,1%).

As variações negativas vieram da área de administração, saúde e educação pública (-0,6%), além do consumo familiar (-0,1%) e consumo do governo (-0,8%).

Mercado otimista

A expectativa do mercado financeiro, compreendida pelo Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (31) pelo Banco Central, é de que o PIB brasileiro finalize o ano de 2021 com um crescimento de 3,96%.

A projeção está acima da expectativa governamental, que projeta uma alta de 3,5%, conforme indicado pelo Boletim Macrofiscal da SPE (Secretaria de Política Econômica), do Ministério da Economia.

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