Arquivos crise sanitária - Canal MyNews – Jornalismo Independente https://canalmynews.com.br/tag/crise-sanitaria/ Nosso papel como veículo de jornalismo é ampliar o debate, dar contexto e informação de qualidade para você tomar sempre a melhor decisão. MyNews, jornalismo independente. Tue, 08 Mar 2022 15:11:03 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.2 Bolsonaro: o presidente performático https://canalmynews.com.br/voce-colunista/bolsonaro-presidente-performatico/ Mon, 20 Sep 2021 23:53:46 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/bolsonaro-presidente-performatico/ Bolsonaro interpreta no palco do “cercadinho” o herói revolucionário antissistema, lutador contra as forças do mal. Porém, quando as cortinas se fecham, está ele arrochando com o centrão e fazendo exatamente o que condena em cena

O post Bolsonaro: o presidente performático apareceu primeiro em Canal MyNews – Jornalismo Independente.

]]>
Em recente declaração contra as investidas desvairadas, a julgar antidemocráticas, do presidente da República à Suprema Corte, o ministro Gilmar Mendes afirmou que “a fabricação artificial de crises institucionais infrutíferas afasta o país do enfrentamento dos problemas reais. A crise sanitária da pandemia, a inflação galopante e a paralisação das reformas necessárias devem integrar a agenda política”. Nesse sentido, discordo da interpretação síntese que o ministro Gilmar Mendes tentou emitir sobre o governo Bolsonaro e neste texto direi as razões.

Do ponto de vista da ordem institucional, qual a declaração do ministro Gilmar Mendes se refere? As crises geradas pelo Governo são, de fato, infrutíferas. Porém, Bolsonaro não se importa com a responsabilidade estatal, justamente por ser um desorganizador das instâncias institucionais. A única coisa que o interessa é a manutenção vazia de seu próprio poder autocentrado. Além das mentiras utilizadas como modus operandi de gestão, o presidente também se vale da agenda processual de crises para a sua arrojada estratégia eleitoreira-governamental e que quase sempre antecede algum evento antidemocrático.

Apesar de muitos analistas políticos não se aterem ao “poder da performance” no processo decisório nacional, pretendo mostrar brevemente como todas essas condições reunidas acionam a base odiosa radicalizada e ordenam o sentimento deliberado da persistente revolta antissistêmica, o combustível agitador do movimento bolsonarista que o elegeu, contribui para a manutenção do seu governo e ainda poderão produzir efeitos práticos devastadores à política brasileira. Trarei três exemplos a seguir.

Em ocasião de “motociata” promovida pelos bolsonaristas, o presidente mais uma vez distorceu informações, dizendo que pessoas vacinadas não transmitem mais o vírus e também afirmou, com recurso do impreciso, que houve supernotificação nos casos de Covid-19 no país, invocando as informações trazidas no relatório do TCU. No entanto, o relator do processo, o Ministro Benjamin Zymler, desmentiu o presidente veementemente, alegando que não há evidências de supernotificações de dados neste relatório.

A última grande mentira do presidente Bolsonaro, além da carta de moderação democrática redigida pelo Michel Temer logo após os atos de 7 de Setembro e que nada mais é do que parte da manobra “morde e assopra” para melhor gerir a “técnica do caos” que o próprio fomenta, foi a famigerada polêmica criada em torno das urnas eletrônicas, um mecanismo já usado no país há 25 anos e, conforme os TSE e peritos da PF, sem nenhum caso de fraude documentada. O mesmo sistema operante nas sete eleições anteriores de deputado e na única presidencial a que Bolsonaro concorreu e saiu vitorioso. Em live recente realizada em seu Instagram, Bolsonaro não conseguiu comprovar as fraudes e irregularidades nas urnas e tudo não passou de uma grandiosa artimanha conspiratória.

Para ilustrar alguns dos recentes exemplos das mentiras, manipulações, imprecisões, omissões, deturpações e contradições emitidas pelo presidente e membros do seu governo, como uma espécie de “tecnologia da desinformação”, voltemos ao emblemático caso de um suposto livro didático atribuído ao MEC e que seria distribuído nas escolas públicas para “doutrinar” crianças a serem gays (sic), sendo exibido em horário nobre durante entrevista de Jair Bolsonaro ao Jornal Nacional. Meses após, o TSE confirmou que o “Kit Gay” nunca existiu e pediu a suspensão de links de sites com referência à expressão.

O material do “Kit Gay” foi um dos carros-chefes para propulsão do aparecimento nacional de Bolsonaro dos confins empoeirados da Câmara de Deputados, nos quais atuava há 28 anos. Para Bolsonaro tornar-se conhecido no país, sua tropa usou de rato de laboratório o deputado federal Jean Wyllys, conhecido pela defesa aos Direitos Humanos, o transformando numa espécie de bode expiatório da contramoral e maus costumes.

Esses pequenos exemplos foram elencados para ilustrar uma premissa importante do estilo Bolsonaro de governar: a utilização da mentira como uma tática. Esses incursos mentirosos insuflam sua base fanática e mantêm um teto de popularidade nas pesquisas quinzenais que estão sendo feitas há mais de um ano para as eleições (contém sarcasmo). No entanto, essa estratégia, que não necessariamente precisa ser exclusiva a técnicas de mentiras e conspirações, afinal não estamos falando de um elemento de medida a boas e más práticas, mas sim uma forma-ritual de atingir objetivos, fazem parte de uma metodologia muito importante usada desde quando política é considerada a arte dos interesses: a performance.

Recentemente, em artigo intitulado “Batalhadores do Brasil…”, publicado pela Revista Piauí, Miguel Lago assume um diagnóstico preciso sobre das causas e consequências discursivas que calcificaram a vitória bolsonarista nas urnas. Tendo este como referência e se passarmos a considerar apenas os momentos recentes da história pós-redemocratização, podemos visualizar que o governo Bolsonaro não é um governo, mas sim uma eterna campanha eleitoral. Após a sua vitória em 2018, não reduziu o tom e sempre se utiliza das mentiras, agressividade, retóricas repetitivas e “palanqueiras”.

Sendo assim, Bolsonaro não governa, mas faz campanha para garantir poder puro e seco. Qual agenda orçamentária e fiscal Bolsonaro defende? Já mostrou que não é contra o sistema, à medida que negocia cargos no centrão, recentemente entregando a Casa Civil ao Senador Ciro Nogueira, líder primaz do espectro fisiológico do Congresso Nacional. Também não assume uma agenda neoliberal escancarada, conforme a definida urgência das reformas políticas pós-golpe de 2016, vide os sucessivos freios e desprestígios nas direções orçamentárias e fiscais que ministro Paulo Guedes vem sofrendo. Então, sem governar para ricos ou para pobres e valendo-se da mentira como tática política para as massas, o que resta a Bolsonaro senão uma pecha performática?

A ruptura dos valores democráticos não aconteceu durante essas crises promovidas pelo governo, mas a partir da admissibilidade do registro da candidatura de Bolsonaro, um pré-candidato presidencial com declarações golpistas explícitas e defesa a regimes ditatoriais. O establishment e parte considerável da mídia, desesperados pela saída do PT, elevaram Bolsonaro ao patamar de candidato comum. Com sua vitória nas urnas, sua base entendeu que os sentimentos que o elegeram precisavam manter-se em escalada, pois é o único elemento que sustentara moralmente sua “governança”. Então, as crises criadas e intensificadas através de declarações autoritárias, ataques à impressa, gestos sanitariamente irresponsáveis e, lógico, os grandes eventos antidemocráticos, evidenciam a lógica do “poder do fim em si mesmo” bolsonarista de ser.

O último grande caso performático de Bolsonaro foi quando direcionou ofensiva ao Judiciário, enviando ao Senado o escandaloso e descabido pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes. Sem apresentar nenhuma evidência legal e com frases de efeitos panfletárias requintadas de argumentos jurídicos, o pedido foi rejeitado por Rodrigo Pacheco. Contudo, Bolsonaro não perdeu. Encerrou divinamente mais um ato da peça tragicômica do seu governo-campanha, mantendo sua audiência agitada e com mais ousadia e confiança para as manifestações do 7 de Setembro que se aproximara.

Nesta manifestação do 7 de Setembro, Bolsonaro colocou em cartaz mais um ato de seu processo performático golpista e antidemocrático. Sob a defesa da suposta “liberdade”, as pautas entre os fanáticos giravam em torno do impeachment dos ministros do STF, do voto impresso e auditável, mesmo tendo pauta superada, e alta politização da saúde na defesa do tratamento precoce, renomeado agora de tratamento imediato. Defesas totalmente inconcebíveis à ordem racional, democrática e de saúde pública são encampadas pelos bolsonaristas, além de serem totalmente incoerentes e ambíguas, já que utilizam da própria permissibilidade constitucional da liberdade de expressão para reivindicar sistematicamente pautas que vão contra essas mesmas liberdades. Ou seja, qual o sentido de “liberdade” para os bolsonaristas?

A ideia de liberdade só faz sentido para o raciocínio perceptivo e emocionalmente raivoso que calibra esses movimentos. Se fôssemos buscar explicação lógica, esses movimentos trazem uma coesão social para a desordem a partir da hipervaloração estética. São as cores, os gestos, as palavras de ordem dessincronizadas com a realidade pela recorrência a mentiras ou pós-verdades (fake news) e a negação do que é científico que montam essa estrutura de percepção tão importante ao bolsonarismo.

O grande carnaval antidemocrático não “flopou”, como reproduzem alguns setores da esquerda, apesar de que em Brasília apenas 5% do público estimado compareceu. O que deve também ser observado são as outras capitais brasileiras e a cena espacial enquadrada numa boa visão panorâmica registrada: a foto. O produto principal desses atos antidemocráticos é a foto como moeda de negociações golpistas e chantagens. A foto publicada no perfil do Instagram de Bolsonaro mostra a Avenida Paulista panoramicamente lotada de pontos verdes e amarelos.

Sendo assim, equivoca-se quem pensa que o saldo das manifestações deva ser medido numericamente, se foram mesmo 125 mil pessoas na Paulista, mais ou menos que isso: a percepção e o impacto visual é o que interessa. O movimento bolsonarista cria uma inversão da lógica material, com base em manipulações de ângulos e descontextualizações. É a mentira em seu estado plástico e estético. É a tática. A performance é a única dimensão para entender as agendas bolsonaristas em seus aspectos verbais e, sobretudo, não verbais. Inclusive quando ele, convenientemente, recua à linha moderada de maneira súbita e perigosa.

Bolsonaro nunca saiu de campanha. O governo é uma campanha sistemática e processual composta por eventos extraordinários públicos e privados, endossados por estímulos a crises constantes. Não subestimemos o bolsonarismo, suas técnicas e o poder da simbologia estética e emocional na política. Na combinação entre fanatismo e decisão, não é a cabeça que opera as mentes dos bolsonaristas ou do eleitor comum contaminado por esse espírito, mas as divinizações, o misticismo, o “fazer crer” que conduzem as dádivas emocionais e orientam a ação nas urnas de uma parcela significativa da população. Evidência de ideologias fascistas, alguns dizem.

Em termos pragmáticos, a estratégia rebuscadíssima bolsonarista é manter-se em campanha e, portanto, negociando com o fisiologismo no backstage e insuflando suas bases no palco até o derradeiro processo eleitoral, em outubro de 2022, onde serão, em minha opinião, retomadas outras agendas conspiratórias, das quais muitas delas o elegeram, como o antipetismo, por exemplo. O bolsonarismo quer um representante no processo eleitoral e, mesmo ganhando ou perdendo nas urnas, necessita de seu público cativo para a “esculhambação institucional”. Este pode ser um golpe de Estado com tanques e militares ou, caso não tenha articulação, organização e capilaridade para tal, um metagolpe, ou seja, algum efeito variante antissistêmico de total deterioração pública até hoje desconhecida no país. É imprevisível.

O desfecho não existe para esta performance. Um dia o teatro acaba, mas a gravidade é que não sabemos quando e nem como. Por isso, convoquemos a responsabilidade do fim deste espetáculo para os contrarregras das instituições: aqueles técnicos que operam a engenharia do Estado-Teatro Brasil. Os líderes institucionais precisam dar um fim, de uma vez por todas, neste antiprojeto de nação com a mão pesada do Estado. Deste modo, estejamos atentos à plástica da política, pois “a fabricação artificial de crises institucionais infrutíferas”, apesar de serem ficcionais, produzem, sim, frutos perigosos, mas a vigência dos direitos e da cidadania. E, esse fruto, como a maçã do Éden, uma vez mastigado, pode gerar consequências permanentes à ordem democrática e civilizatória.


Quem é Vinícius Zacarias?

Vinícius Zacarias é doutorando em Antropologia (CEAO/UFBA) e especialista em gestão pública. Pesquisa, escreve e atua nas áreas de cultura e política.

* As opiniões das colunas são de responsabilidade do autor e não refletem necessariamente a visão do Canal MyNews


O post Bolsonaro: o presidente performático apareceu primeiro em Canal MyNews – Jornalismo Independente.

]]>
Covid-19: recorde de mortes em São Paulo e situação geral do país https://canalmynews.com.br/mais/covid-19-recorde-de-mortes-em-sao-paulo-e-situacao-geral-do-pais/ Tue, 23 Mar 2021 19:22:40 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/covid-19-recorde-de-mortes-em-sao-paulo-e-situacao-geral-do-pais/ Seis estados estão em situação crítica por falta de oxigênio

O post Covid-19: recorde de mortes em São Paulo e situação geral do país apareceu primeiro em Canal MyNews – Jornalismo Independente.

]]>
Os números da covid-19 seguem acelerados negativamente. De acordo com o consórcio dos veículos de imprensa, já são mais de 12 milhões de casos confirmados e 295.685 mortes desde que a pandemia começou, há um ano.

Nas últimas 24 horas foram contabilizados 55.177 novos casos da doença e 1.570 mortes no país. A média móvel diária dos últimos sete dias foi de 75.163 novos casos. Esta é a primeira vez que a média ficou acima da marca dos 75 mil casos.

SP suspende cultos religiosos, campeonatos esportivos e determina fase emergencial da quarentena.
SP suspende cultos religiosos, campeonatos esportivos e determina fase emergencial da quarentena. Foto: GovSP.

São Paulo

No estado de São Paulo foram registrados 1.021 novos óbitos provocados pelo coronavírus nesta terça-feira (23). Foi o recorde em 24 horas desde o início da pandemia. O número equivale a três mortes a cada quatro minutos. 

São Paulo registra atualmente 68.623 óbitos causados pelo vírus. Os dados foram publicados no site da Secretaria da Saúde nesta manhã. O total de pacientes internados com a doença subiu 113% no estado em apenas um mês.

Falta de oxigênio no Brasil

O Ministério da Saúde informou que há seis estados em situação crítica devido à falta de oxigênio. Acre, Rondônia, Mato Grosso, Amapá, Ceará e Rio Grande do Norte integram a lista.

Outros estados seguem em estado de atenção: Pará, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

O post Covid-19: recorde de mortes em São Paulo e situação geral do país apareceu primeiro em Canal MyNews – Jornalismo Independente.

]]>
“Todos os sistemas de saúde colapsaram”, diz representante dos secretários de saúde https://canalmynews.com.br/mais/todos-os-sistemas-de-saude-colapsaram-diz-representante-dos-secretarios-de-saude/ Wed, 17 Mar 2021 14:40:29 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/todos-os-sistemas-de-saude-colapsaram-diz-representante-dos-secretarios-de-saude/ Segundo Carlos Lula, o país viverá ainda cinco ou seis semanas de ‘muita dificuldade’ e baterá os 3 mil mortos por dia

O post “Todos os sistemas de saúde colapsaram”, diz representante dos secretários de saúde apareceu primeiro em Canal MyNews – Jornalismo Independente.

]]>
Pressionados pelo coronavírus, 25 estados já estão com mais de 80% dos leitos ocupados. A informação é do presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Carlos Lula. Em entrevista ao Café do MyNews, Carlos Lula prevê ainda cinco ou seis semanas de muita dificuldade, com o país caminhando para bater a marca de três mil mortes diárias. Nas últimas 24 horas, foram 2.841 mortes por covid-19, segundo o consórcio da imprensa.

Paciente de covid-19 sendo transferido para o Hospital de Campanha de Santarém devido à falta de leitos.
Paciente de covid-19 sendo transferido para o Hospital de Campanha de Santarém devido à falta de leitos. Foto: Pedro Guerreiro (Ag. Pará).

De acordo com Carlos Lula, que é secretário de Saúde do Maranhão, todos os sistemas de saúde já colapsaram. Muitos estados já estão com filas de espera por leitos e não há mais para onde mandar os pacientes. Até São Paulo, que tem uma estrutura mais robusta, está perto do limite.

Com isso, explica, o número de mortos aumentará em função daqueles que sequer conseguirão tratamento. “Com esse cenário, além das pessoas que estão internadas, que uma parte vai falecer, a gente não tem como recuperar todo mundo, a gente vai ter as pessoas que vão começar a falecer agora por não ter um leito”, projeta.

E segundo ele, o Brasil só deve conseguir vacinar 70% da população no final de 2021. “Esse primeiro me parece que vai ser um semestre de extrema frustração”, avalia. Ele acredita na aceleração da vacinação só a partir de junho, quando os Estados Unidos devem concluir a imunização da sua população e, assim, haverá mais doses disponíveis no mercado mundial.

O secretário lamenta a demora em procurar os laboratórios. O consórcio dos governadores está em negociação com o Fundo Soberano Russo para adquirir a Sputnik V, vacina que ainda não tem pedido de registro na Anvisa. Segundo Carlos Lula, foi a única que afirmou ter doses disponíveis. “Hoje quando a gente vai tentar comprar, a gente está lá atrás na fila”.

Ele critica também a condução do presidente Jair Bolsonaro. De acordo com pesquisa divulgada pelo Instituto Datafolha, 56% dos brasileiros avaliam como ruim ou péssima a gestão de Bolsonaro no combate ao coronavírus. Para Carlos, a postura negacionista do presidente dificulta a adoção de medidas restritivas nos estados. “Eu tenho um problema social e aí eu ganho um problema político. Só dá para fazer isolamento, que é difícil, eu diria até impopular porque mexe com a vida das pessoas, se eu tiver toda a classe política unida em um sentido só. E eu tive o país dividido até agora.”

Mas ele tem boas expectativas com a mudança no Ministério da Saúde, com a saída de Eduardo Pazuello para a entrada de Marcelo Queiroga. De acordo com Carlos, Queiroga é uma pessoa dócil, que tenta chegar a um meio termo, mas que terá um desafio em função da postura de Bolsonaro. Segundo ele, a defesa da ciência, de Marcelo Queiroga, deve se encontrar “logo ali” com a política.

Íntegra da entrevista com Carlos Lula no ‘Café do MyNews’ desta quarta-feira – 17/03.

O post “Todos os sistemas de saúde colapsaram”, diz representante dos secretários de saúde apareceu primeiro em Canal MyNews – Jornalismo Independente.

]]>
Polícia Federal abre inquérito contra Pazuello por crise no Amazonas https://canalmynews.com.br/politica/policia-federal-abre-inquerito-contra-pazuello-por-crise-no-amazonas/ Sat, 30 Jan 2021 22:08:59 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/policia-federal-abre-inquerito-contra-pazuello-por-crise-no-amazonas/ Procuradoria da República cita possível omissão do ministro e pediu investigação ao STF. Pazuello terá de prestar depoimento

O post Polícia Federal abre inquérito contra Pazuello por crise no Amazonas apareceu primeiro em Canal MyNews – Jornalismo Independente.

]]>
A Polícia Federal abriu um inquérito para apurar a conduta do ministro da saúde, Eduardo Pazuello. A medida foi uma determinação do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, devido à crise causada pela pandemia de covid-19 no Amazonas.

Eduardo Pazuello, ministro da Saúde
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.
(Foto: Erasmo Salomão/MS)

Há duas semanas, o sistema de saúde entrou em colapso em Manaus com a falta de oxigênio hospitalar, o que causou a morte de pacientes. O governo do Amazonas passou a transferir pacientes para outros Estados.

O inquérito foi pedido pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, depois de uma ação do partido Cidadania e de informações prestadas pelo ministro.

A PGR apontou indícios de atraso no envio de cilindros de oxigênio. A Procuradoria afirma que o Ministério da Saúde recebeu informações sobre um possível colapso do sistema de saúde de Manaus em dezembro. Porém, só enviou representantes em janeiro.

A ação também questiona o fato de a pasta ter informado a distribuição de 120 mil unidades de hidroxicloroquina como medicamento para tratamento da Covid-19 no dia 14 de janeiro, às vésperas do colapso por falta de oxigênio. O remédio não possui eficácia comprovada contra o vírus, mas o próprio ministro e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já realizaram uma série de menções defendendo seu uso.

Lewandowski determinou que Pazuello terá a prerrogativa de marcar dia, horário e local para ser ouvido em depoimento pela Polícia Federal.

O post Polícia Federal abre inquérito contra Pazuello por crise no Amazonas apareceu primeiro em Canal MyNews – Jornalismo Independente.

]]>
‘Tem fila de paciente esperando para ser internado’, diz prefeito de Porto Velho https://canalmynews.com.br/mais/tem-fila-de-paciente-esperando-para-ser-internado-diz-prefeito-de-porto-velho/ Sun, 24 Jan 2021 22:07:53 +0000 http://localhost/wpcanal/sem-categoria/tem-fila-de-paciente-esperando-para-ser-internado-diz-prefeito-de-porto-velho/ Hildon Chaves (PSDB) diz que cidade está em colapso e espera por transferência de pacientes

O post ‘Tem fila de paciente esperando para ser internado’, diz prefeito de Porto Velho apareceu primeiro em Canal MyNews – Jornalismo Independente.

]]>
A crise sanitária que levou Manaus a um colapso já afeta também outras cidades brasileiras. O caso mais recente é o de Porto Velho (RO), onde o próprio prefeito, Hildon Chaves (PSDB), assim classifica a situação local.

A capital de Rondônia registra atualmente 100% da ocupação em leitos de UTI e se vê tomando um caminho semelhante ao de Manaus: a necessidade de transferência de pacientes de Covid-19 que estejam em estado moderado para serem tratados em outras cidades brasileiras.

Ao MyNews Entrevista, Chaves disse, no entanto, que até o momento não foram transferidos pacientes de Porto Velho para outras localidades. Há uma expectativa de que ao menos 40 sejam levados nos próximos dias.

“Tem fila de paciente esperando para ser internado”, resume o prefeito de Porto Velho.

Transferência de pacientes

O governador de Rondônia, Marcos Rocha (PSL), por sua vez, disse neste domingo (24) estar em tratativas com o governo federal para transferir de pacientes para outras regiões do país na tentativa de abrir vagas em UTIs para casos mais graves de Covid-19. Tal medida tem sido adotada em relação ao Amazonas, que enviou pacientes internados com gravidade moderada para serem atendidos em outros estados.

Para que a situação dramática de Manaus não se repita em Porto Velho, o prefeito aposta na contratação de novos leitos hospitalares e de médicos, além da transferência dos pacientes menos graves de Covid-19 e de novas medidas de distanciamento social.

“Como esses leitos do estado estão lotados, estamos com uma dificuldade muito grande de dar vazão no fluxo. O estado não nos abre vagas, ficamos com o paciente mais do que as 24 horas recomendadas em unidades de pronto atendimento. E ficamos muito próximos de não conseguir receber o paciente para atendimento inicial por conta dessa situação”.

Hildon Chaves, prefeito de Porto Velho

Perda de ‘timing’

Segundo Chaves, a piora nos casos de Covid-19 em cidades no interior de Rondônia tem levado a essa sobrecarga no sistema de saúde da capital. E vê problemas na gestão estadual da pandemia.

“Acho que o governo [de Rondônia] perdeu o timing, isso deveria ter sido feito no começo de dezembro”, aponta Chaves.

O prefeito afirmou ainda que há um entendimento com os municípios deixou a cargo da gestão estadual a edição de decretos de restrição de mobilidade e distanciamento social. Embora tenham sido estabelecidas medidas duras há poucos dias pelo governo, o prefeito nota que há resistência da população em cumpri-las.

“O fato é que depois das festas de fim de ano estava tudo aberto, inclusive boates, e a conta está chegando agora”, completa Chaves.

De acordo com dados da Secretaria de Saúde de Rondônia (SESAU), o estado já registrou 116.133 casos de Covid-19, com 2.097 mortes.

Pacientes de Manaus são transferidos para Brasília em aviões da FAB
Pacientes de Manaus são transferidos para Brasília em aviões da FAB.
(Foto: Divulgação/FAB)

O post ‘Tem fila de paciente esperando para ser internado’, diz prefeito de Porto Velho apareceu primeiro em Canal MyNews – Jornalismo Independente.

]]>