Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o ministro da Economia falou das reformas aprovadas nos dois primeiros anos de governo, e disse que o Brasil vai “surpreender o mundo”
por Sara Goldschmidt em 24/05/21 15:59
“No primeiro ano, surpreendemos com a reforma da Previdência. No segundo ano (com a pandemia), eu falei: Nós vamos surpreender o mundo, e o Brasil vai voltar em ‘V’”. A declaração é do ministro da Economia Paulo Guedes, em entrevista publicada pelo jornal Folha de S. Paulo na manhã desta segunda-feira (24). Guedes está otimista, falou com entusiasmo sobre as reformas aprovadas nos dois primeiros anos do governo de Jair Bolsonaro, quer acelerar as privatizações e aposta no retorno do crescimento econômico.
Com as eleições de 2022 no radar, o ministro afirma que os próximos passos serão de teste, e torce para que o governo não caia no discurso de que adiar reformas garante voto. “Eu acho o contrário”, disse ele. As reformas administrativa e tributária estão entre as prioridades de Guedes. “A opinião pública brasileira está madura. Quer a reforma administrativa, como queria a reforma da Previdência, como quer a reforma tributária. Se você parar isso para tentar ganhar uma eleição, vai perder mais voto do que ganhar”, complementou.
Durante a entrevista, quando perguntado sobre a estratégia do governo de tentar associar as reformas à medidas consideradas positivas olhando 2022, Paulo Guedes foi enfático: “Nós jogamos na defesa nos primeiros três anos, controlando despesas. Agora vem a eleição? Nós vamos para o ataque. Vai ter Bolsa Família melhorado, BIP (Bônus de Inclusão Produtiva), o BIQ (Bônus de Incentivo à Qualificação), vai ter uma porção de coisa boa para vocês baterem palma.”
Mas antes mesmo das eleições, o governo federal tem uma terceira onda de covid-19 para se preocupar, e uma desigualdade social que se aprofundou durante a pandemia. Se a vacina demorou para chegar – e o ministro negou que tenha faltado dinheiro para antecipar a compra – e o socorro a trabalhadores informais e a empresas acabou em 31 de dezembro de 2020 – porque, segundo Guedes, a segunda onda não estava no radar -, o governo tem agora a oportunidade de se organizar e dar uma reposta mais imediata à população.
“O timing de tudo que acontece em Brasília quem dá é a política. Por que o auxílio emergencial só foi renovado depois que a eleição da Câmara foi resolvida? É a política. É culpa dos políticos? Não, ninguém tem culpa. É assim.”, explicou o ministro. Não era bem essa resposta que a gente queria…
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