Bolsonaro pretende uma agenda positiva, mas é o único líder do G-20 que não se vacinou contra a Covid-19. Primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, aconselhou o presidente brasileiro a tomar a vacina Oxford/AstraZeneca
por Hermínio Bernardo em 20/09/21 20:13
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) será o primeiro líder mundial a discursar na Assembleia Geral das Nações Unidas nesta terça-feira (21). Como tradição, o representante brasileiro será o primeiro a discursar logo depois da abertura da sessão, que é feita pelo secretário-geral da ONU, António Guterres.
O evento acontece de forma híbrida, com discursos presenciais e virtuais. Bolsonaro decidiu participar presencialmente da reunião em Nova York, nos Estados Unidos. Cada delegação só poderá contar com quatro integrantes na reunião, contando o presidente ou primeiro-ministro de cada país.
Tentando uma agenda positiva em Nova York, Bolsonaro deve tentar mostrar que o país está preocupado com o meio ambiente e com a vacinação da população. Entretanto, a expectativa em relação à sua participação não começou tão bem. O presidente brasileiro é o único líder do G-20 que não se vacinou contra o Covid-19 e por conta desta condição não pode entrar nos restaurantes da cidade, que exigem comprovante de vacinação.
Neste domingo (19), Bolsonaro e parte de sua comitiva comeram pizza na calçada de uma pizzaria que atende as pessoas no balcão – uma forma de driblar a exigência de vacinação. Uma fotografia postada pelo ministro do Turismo, Gilson Machado, em seu Instagram, registra a ocasião. Ao chegar à cidade, o presidente brasileiro entrou pelos fundos do hotel em que está hospedado, para desviar de um protesto que acontecia em frente ao local.
Um integrante da delegação brasileira que viajou para organizar a viagem do presidente Jair Bolsonaro aos Estados Unidos testou positivo para a Covid-19 no último sábado. A informação foi revelada pela CNN Brasil. O brasileiro seria um diplomata que tomou apenas a primeira dose da vacina e que teve contato com pelo menos 30 pessoas, entre integrantes da delegação brasileira representantes de outros países. O Itamaraty estaria rastreando os lugares onde o brasileiro passou para informar às pessoas que entraram em contato ele.
O presidente Jair Bolsonaro se reuniu com o primeiro-ministro britânico Boris Johnson. No encontro, Johnson recomendou que Bolsonaro tomasse a vacina Oxford/AstraZeneca, que foi desenvolvida na Inglaterra e está disponível no Brasil.
“É uma ótima vacina. Obrigado, pessoal. Tomem vacinas da AstraZeneca!”, disse Johnson. Na sequência, ele diz que já tomou duas doses e Bolsonaro responde: “ainda não”.
O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, criticou o presidente Bolsonaro por ele não ter se vacinado.
“Com os protocolos em vigor, precisamos enviar uma mensagem a todos os líderes mundiais, principalmente Bolsonaro, do Brasil, que se você pretende vir aqui, você precisa estar vacinado. Se você não quer se vacinar, nem precisa vir”, declarou de Blasio
O prefeito de Nova York queria exigir a vacinação dos líderes mundiais que fossem à cidade para participar da assembleia. A ONU não fez a exigência, alegando que ainda não há uma distribuição igualitária das doses contra a Covid-19.
Bolsonaro é o único líder das principais economias do mundo que não tomou vacina e diz isso abertamente.
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