Quem são as vítimas do acidente de avião com Marília Mendonça

O avião que caiu ontem à tarde em Caratinga, Minas Gerais, levava a cantora Marília Mendonça, de 26 anos, duas pessoas de sua equipe, além do piloto e do copiloto da aeronave.

Além de Marília Mendonça, também estava no avião que caiu o produtor geral da cantora, Henrique Ribeiro, de 32 anos, conhecido como Henrique Bahia. Ele era natural de Salvador (BA) e morava em Goiânia há 10 anos. Henrique havia trabalhado como produtor do cantor Cristiano Araújo – que morreu num acidente de carro em 2015. Segundo pessoas próximas, além da relação profissional, Henrique e Marília Mendonça eram amigos.

No avião também viajava o tio e assessor da artista, Abicieli Silveira Dias Filho, o piloto do avião, Geraldo Martins de Medeiros, 56 anos, – natural de Floriano, no Sul do Piauí, que morava em Brasília e deixa esposa e três filhos. O copiloto Tarciso Pessoa Viana, 37 anos, também morreu no acidente. Ele morava em Samambaia, no entorno de Brasília (DF), e deixa dois filhos, de 5 e 22 anos, e esposa grávida.

Os corpos da cantora, do produtor e do tio dela foram liberados pelo Instituto Médico Legal (IML) na manhã deste sábado. Os velórios de Marília Mendonça e de Abicieli acontecerão na Goiana Arena, onde são esperadas cerca de 100 mil pessoas para a despedida da cantora e de sua equipe. O produtor Henrique Bahia será sepultado em Salvador (BA), no cemitério Jardim da Saudade. Ele deixa um filho de 6 anos.

Os corpos do piloto e copiloto estão seguindo para Brasília (DF). Os sepultamentos devem acontecer no domingo (7).

Avião estava em situação regular e Cemig confirma colisão com cabo de transmissão

Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o bimotor Beech Aircraft, da PEC Táxi Aéreo, tinha autorização de voo e estava em situação regular, com autorização para fazer táxi aéreo. Este modelo de aeronave tem capacidade para seis passageiros. A queda aconteceu a 2 quilômetros da pista de pouso, numa cachoeira.

A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) confirmou ainda na sexta (5) que o avião em que viajava a cantora Marília Mendonça e mais quatro pessoas atingiu um cabo de uma torre de distribuição de energia da companhia. A Cemig negou que a torre de transmissão esteja em local irregular e que está fora da zona de proteção do Aeródromo de Caratinga (MG).

O delegado regional da Polícia Civil de Minas Gerais, Ivan Lopes Sales, informou em entrevista coletiva que as investigações já começaram e que a polícia dará apoio à equipe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) – que seguiu do Rio de Janeiro (RJ) para Caratinga (MG).

Sales acrescentou que o resgate das vítimas foi dificultado pelo difícil acesso ao local e pela aeronave estar próxima a uma corredeira, com risco de escorregar. Foi preciso amarrar o avião a cordas para realizar o resgate dos corpos.

“Há destroços de uma antena e isso sugere que a aeronave tenha colidido antes do local de pouso. Quando a gente chegou, assim que foi possível ter acesso à aeronave, o Samu diagnosticou os três óbitos dos passageiros. Os pilotos não tinha como saber [naquele momento] porque eles estavam presos nas ferragens”, explicou o delegado.

Segundo relatos de pessoas que estavam no local, o avião teria colidido nos fios de alta tensão antes de cair e teria perdido um motor. A Aeronáutica não estima um tempo determinado para a conclusão das investigações, já que o trabalho demanda várias etapas e análises.

Segundo o Cenipa, “o objetivo das investigações realizadas pelo Cenipa é prevenir que novos acidentes com características semelhantes ocorram. A conclusão das investigações terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade de cada ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os fatores contribuintes”.

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