Nome do atual secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital foi cotado após desistência de Adriano Pires, que se manifestou por meio de carta na noite da segunda-feira (4).
por Redação em 05/04/22 11:29
Caio Mario Paes de Andrade é empreendedor de tecnologia da informação e do mercado imobiliário. Ele pode ser o próximo indicado à presidência da Petrobras. Foto: Ministério da Economia
O secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Caio Mario Paes de Andrade, é cotado para assumir o cargo de presidente da Petrobras. O economista Adriano Pires era o nome indicado anteriormente, mas comunicou sua desistência na noite da segunda (4), em carta ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.
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Paes de Andrade é alinhado ao ministro da Economia, Paulo Guedes, mas não tem experiência no setor de óleo e gás – o que não é considerado um impeditivo. O seu nome já havia sido ventilado para o cargo e ele até já foi entrevistado por Albuquerque.
A desistência de Adriano Pires já era esperada, pois tanto o Comitê Interno da Petrobras quanto o Ministério Público Federal (MPF) questionavam a existência de conflito de interesses na indicação dele no comando da estatal.
No documento em que anunciou a decisão, Pires agradeceu a indicação de seu nome, mas afirmou que seu desligamento do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) iria demorar mais do que o esperado e por isso ele não conseguiria conciliar seu trabalho de consultor com a presidência da Petrobras. Adriano Pires, que é especialista em óleo e gás, fundou a empresa há mais de 20 anos. Ele iria deixá-la sob o comando de seu filho, Pedro Rodrigues Pires, que hoje é sócio-diretor do empreendimento.
O MPF também defendeu a apuração de uma possível ingerência indevida do governo na empresa. Pires foi indicado ao cargo pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), mas foi o ministro Bento Albuquerque quem aconselhou Bolsonaro a indicar o economista.
Bento Albuquerque respondeu à carta de Adriano Pires na própria segunda. Declarou que compreendia a decisão do economista e que a indicação se baseou na sólida formação acadêmica e profissional do fundador do CBIE.
Já o presidente Bolsonaro teria ficado irritado com os contratempos para que Adriano Pires assumisse o cargo. Ele atribuiu a supostos “inimigos” que estão na Petrobras os obstáculos criados para Pires não chegar à presidência.
Com a desistência do economista, o governo tem menos de 10 dias para indicar um novo nome para a presidência da estatal. E também para indicar alguém à presidência do Conselho de Administração da Petrobras, cargo que até domingo estava nas mãos de Rodolfo Landim, presidente do Flamengo.
Joaquim Silva e Luna, que foi demitido pelo presidente Jair Bolsonaro, permanece no cargo até que o novo nome seja aprovado pelo Conselho de Administração da Petrobras.
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