Para Marcos Magalhães, presidente vem fazendo críticas ao mercado porque está desconfortável com a falta de apoio
por Sofia Pilagallo em 05/07/24 14:50
Empresário Pedro Paulo Magalhães participa do Não é bem assim de quinta-feira (4) | Foto: Reprodução/MyNews
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “faz discurso de rico contra pobre, que é a coisa mais básica do populismo”, afirmou o empresário Pedro Paulo Magalhães ao Não é bem assim, programa do Canal MyNews, exibido na quinta-feira (4). Para ele, Lula vem fazendo recorrentes críticas ao mercado financeiro porque está desconfortável com a falta de apoio que vem enfrentando, sobretudo pela política fiscal de seu governo. Ele acredita que tais críticas são “inconsequentes” e têm como único objetivo melhorar o desempenho apresentado nas pesquisas.
“O discurso que Lula faz é de rico contra pobre. Aquela coisa: ‘Vou cortar gasto, mas não vou cortar do pobre’. Essa é a coisa mais básica do populismo”, diz.
“Ele também critica a todo momento o Banco Central. Diz que está errado, que não pode ser autônomo, mas não tem nenhum projeto para acabar com a autonomia da instituição. São falas inconsequentes que não têm nenhum objetivo a não ser fazer barulho para ter manchete”, acrescenta.
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As críticas de Lula ao Banco Central (BC) tiveram impacto imediato sobre o mercado financeiro nesta semana. Isso se refletiu com a alta do dólar, que passou para R$ 5,65, o maior índice desde janeiro de 2022, e depois caiu ligeiramente para R$ 5,48. O encarecimento da moeda é um fator que apresenta grande influência sobre os investimentos, o que, por sua vez, também afeta o poder de consumo.
Segundo o político Márcio Fortes, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) durante o governo de José Sarney, em um cenário de investidores insatisfeitos, há o temor de que “eles não respondam à sua responsabilidade de financiar o desenvolvimento do país”, o que desestimula a economia e eventualmente interfere no bolso dos brasileiros. A alta do dólar também encare os produtos importados e os insumos usados, o que pressiona os preços e eleva a inflação.
“A inflação que é gerada com o dólar é rápida. Não é para depois de 2026, é para já. Se ela começar a passar de 3,9% para 4, 5, 6, começa a atrapalhar o dia a dia de quem vai ao supermercado. E aí é desgoverno, e ponto”, avalia.
Assista abaixo ao Não é bem assim exibido na quinta-feira (4):
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