Ganha a eleição o candidato que tiver a maioria do colégio eleitoral, grupo de pessoas indicadas para nomear o presidente e vice-presidente
por Sofia Pilagallo em 05/11/24 13:01
Eleitor americano vota pelo correio em Sonoma, na Califórnia, nas eleições legislativas de 2022 | Foto: Wikimdia Commons
Nos Estados Unidos, o candidato que vence no voto popular nem sempre é o que leva a eleição. Isso porque, diferentemente do Brasil, o sistema eleitoral dos EUA funciona por votação indireta. O eleitor americano vota, mas ganha o pleito o candidato que tiver a maioria do colégio eleitoral.
O “colégio eleitoral” consiste em um grupo de pessoas, os chamados “delegados”, indicadas para nomear o presidente e o vice-presidente. Cada estado tem um número de delegados proporcional ao tamanho de sua população.
Ao todo, o colégio eleitoral é formado por 538 delegados. Um candidato precisa do apoio de ao menos 270 delegados para ser eleito, o que se traduz em metade dos 538 (ou 269) mais um.
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Ao votar, os eleitores ordenam aos delegados que votem no candidato que escolheram. Em alguns estados, não há uma obrigatoriedade expressa nesse sentido, mas, na prática, esses delegados sempre votam no candidato que ganhou mais votos em seu estado.
Se um delegado votar contra a escolha presidencial de seu estado, é considerado “infiel”. Até hoje, nenhum resultado foi alterado por eleitores “infiéis”.
No sistema eleitoral americano, pode ocorrer de um candidato ter a maioria do voto popular nacionalmente, mas não ganhar a eleição. Isso já aconteceu cinco vezes desde que o sistema foi implantado, em 1787.
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A mais recente eleição em que isso aconteceu foi a de 2016, quando o republicano Donald Trump disputou a presidência com a democrata Hilary Clinton. Hilary ganhou no voto popular, com 65.844.610 votos, mas só obteve 232 votos no Colégio Eleitoral. Trump, por sua vez, conquistou 62.979.366 votos populares e 306 votos dos delegados dos estados.
Há estados em que os eleitores são tradicionalmente republicanos, como Mississipi, Alabama, Kansas e Idaho. De outro lado, há estados tradicionalmente democratas, a exemplo de Oregon, Michigan e Massachussets.
Existem ainda os chamados “swing states”, ou “estados-pêndulo”, que não têm um lado muito bem definido, a exemplo da Flórida. A Flórida é considerada um estado-chave para as eleições americanas, uma vez que é o terceiro mais populoso do país.
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